sábado, 11 de fevereiro de 2012

VOCÊ SABE DIFERENCIAR AMOR DE PAIXÃO?

"...as paixões da vossa carne fazem guerra contra a alma"
Pedro, apóstolo de Jesus, em sua primeira carta

"O amor é..."
Paulo, apóstolo de Jesus, no conhecidíssimo hino ao amor em I Coríntios 13

Essa é uma das confusões mais comuns acerca de um assunto dos mais importantes.

Como confundimos amor com paixão e paixão com amor!

Todos os dias, talvez durante anos, décadas e quem sabe até séculos no entendimento de alguma história que aconteceu e nos foi narrada como sendo uma história de amor quando na verdade era apenas paixão, bem como também ouvimos verdadeiras histórias de amor e as confundimos com paixões carnais produzidas pelo nosso próprio coração. Quanto engano a respeito desse assunto!

Quantos de nós ouvem ou dizem: "Eu te amo" sem amar verdadeiramente e sem discernir que sente no máximo uma paixão por certa pessoa.

A confusão é comum, mas a Palavra nos ensina a fazer a diferença, que é tão sutil, mas ao mesmo tempo tão óbvia ao entendimento daquele que recebeu luz dos céus para compreender as revelações de Deus acerca do assunto.

Não me estenderei muito, nem tentarei fazer muitas elucubrações a respeito, porque a própria Escritura como Palavra de Deus fala sozinha e não precisa de ajuda minha ou de qualquer que seja o homem. Portanto, farei apenas o seguinte: transcreverei as palavras de Paulo aos Coríntios em parte, com algumas ênfases e acrescentarei o paradoxo óbvio delas que nos ensinam tudo o que a paixão é em contradição a essência do amor. Aí vai essa construção simples, mas que nos ajuda a entender essa diferença importantíssima para nossas vidas:

"O amor é paciente, mas a paixão impaciente, apressada, acelerada, nervosa;
O amor é benigno, mas a paixão maligna mesmo que se apresente com disfarçes de bondade;
O amor não é invejoso, mas a paixão arde em ciúmes e desejo de posse e controle sobre o outro;
O amor não se ensoberbece, mas a paixão anda altiva, arrogante, presunçosa, jactante, de nariz empinado;
O amor não se conduz inconvenientemente, mas a paixão é a mãe dos exageros e das propagandas;
O amor não busca seus próprios interesses, mas a paixão ama apenas para usar e satisfazer-se de;
O amor não se ressente do mal, mas a paixão é cheia de re-sentimentos, amarguras, rancores, vitimizações;
O amor não ri da injustiça, mas a paixão é indiferente para com ela;
O amor se fundamenta em verdade, mas a paixão em ilusões e fantasias do que não é;
O amor é eterno, mas a paixão morre".


Você é um ser controlado pelas paixões ou pelo amor?

Refletindo sobre minha existência até aqui constatei, para minha salvação, que até aqui tenho sido um homem de paixões e não um ser do amor. Infelizmente essa é a verdade sobre mim até hoje e agora. Percebi várias paixões que se manifestaram de variadas formas e maneiras ao curso desses 28 anos de minha curta vida nessa terra. Pouco amor, muita paixão. É difícil enxergar essa realidade e admití-la, mas foi preciso para mim.

A paixão se encaixa dentro do ser do homem natural e do carnal. Você conhece aquelas três diferenças de seres humanos que a Palavra de Deus nos ensina? São o natural, o carnal e o espiritual.

O natural é o humano conforme chegou ao mundo, sem nenhuma intervenção divina revelando-lhe algo espiritual que se lhe faça enxergar-se como Deus o vê; o carnal é aquele indivíduo que já recebeu revelações divinas da Palavra e do Espírito, mas ainda é infantil, menino na vida e na fé; o espiritual, porém, é o maduro, aquele que se tornou adulto em Cristo e por isso não pensa mais como menino. O homem espiritual é o homem que abraçou profundamente o caminho sobremodo excelente do amor.

A maioria dos homens na terra está no grupo dos naturais e carnais e só a minoria pode ser classificada entre os espirituais. E a diferença crucial entre os dois primeiros grupos e o terceiro é justamente essa sobre a qual estamos refletindo aqui: amor e paixão. Os dois primeiros grupos são os de seres que estão totalmente ou parcialmente entregues ás paixões desse mundo que, segundo Pedro, devem ser abandonadas pois trazem perturbação, fazem guerra contra nossa alma. O último grupo é aquele no qual se encontram homens que vivem em outro mundo: o mundo do amor. Habitam a terra do ódio, mas vivem interiormente no planeta do amor.

Será que queremos ser mesmo seres do amor?
Ou desejamos continuar a existir como entes guiados pelas nossas paixões que nos perturbam sempre?

Thiago.

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