terça-feira, 3 de dezembro de 2013

QUAL O FUNDAMENTO DE SUA EXISTÊNCIA?

"Aquele, pois, que ouve essas minhas palavras e as pratica é semelhante a um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha...e quando a tempestade veio - chuva caindo, rios transbordando, ventos fortes soprando - ela permaneceu em pé, porque seu fundamento era resistente"
Jesus, a seus discípulos

Estou recomeçando a construir minha vida.
Sim, há dois anos eu estou nessa caminhada de reconstrução.
A desconstrução da minha velha habitação, começou há alguns anos atrás, mais ou menos sete.
Então, em Dezembro de 2011, concretizei duas decisões que tornaram externas as realidades que interiormente já estavam instaladas em mim.

Hoje compreendo que minha antiga habitação, isto é, minha antiga vida - pois Jesus usa o símbolo "casa" para representar nossa existência terrena - era uma habitação construída sobre frágeis fundamentos.

Minha antiga casa era erigida sobre areia.
Sim, a areia das paixões que pululam em nossa carne e que explodem na mocidade.
Portanto, eu creio que quando Jesus fala sobre a areia como fundamento frágil para se alicerçar uma construção material, podemos também dizer que as paixões do nosso ser são um fundamento fraco para erguer nossa existência terrena.

Sim, a areia são as paixões!
Variadas paixões!
Inconstantes paixões!
Paixões que têm por característica muito notável o egoísmo, a vaidade, a preguiça, um sentimento de superioridade de alguém que só quer ser servido, mas não tem disposição nenhuma para servir e dar a sua vida em favor dos outros.
As paixões são sanguessugas que só querem receber.
Pedem, pedem, pedem e pedem, mas não têm disposição para dar.
Por esse e outros motivos, elas são, conforme ensinou Jesus, fundamentos fracos que não suportam os apertos e dificuldades da realidade da existência humana na terra.

Entretanto, existe também o outro fundamento.
O alicerce sólido.
Creio que esse alicerce sólido é o amor.
Sim, o amor, que é diametralmente oposto á paixão, mas que é muito confundido com ela, principalmente pelos mais emotivos e românticos.

O amor é o único alicerce sólido sobre o qual um homem pode construir sua existência!

Ele sim, suporta as imensas e terríveis tempestades e dificuldades de nossa vidas inconstantes.

O amor ouve e pratica.
A paixão ouve, fala, mas nada faz.

Qual tem sido o fundamento essencial de nossa caminhada aqui?

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PRESENÇA OU DINHEIRO: QUAL É MAIS VALIOSO?

"Concedeu-lhes o que pediram, mas a alma lhes definhou...."
Está escrito em algum lugar dos salmos

Esses dias atrás, pensando no motivo que me trouxe para essa cidade há um ano e meio atrás e também no motivo que me faz permanecer nela, não por falta de opção, pois eu tenho uma opção melhor e mais confortável que seria voltar para minha terra natal onde eu teria toda a minha família junto de mim, melhores oportunidades de trabalho e salário, enfim, muito maior conforto e tranqüilidade.

O que me veio a mente - e muitas vezes me lembro - é que há um ano e meio atrás eu tive que fazer uma escolha muito importante tanto para mim quanto para meu filho. Se eu escolhesse ficar lá na minha terra natal ao lado de minha família, eu o abandonaria, o deixaria sem a presença paterna e o visitaria pouquíssimas vezes devido a distância. Provavelmente lhe mandaria mais dinheiro do que estou dando no momento. Entretanto, eu decidi vir para cá e sofrer um pouco de aperto com o objetivo único de tentar ser pai para ele, estar presente, ser uma referência mínima de homem para ele se apoiar agora nessa primeira infância sua.

Escolhi a presença ao invés do dinheiro!

Não me orgulho de tal escolha, porque eu creio que alguém que confessa o Evangelho de Jesus Cristo deveria fazê-la, já que escolher a outra opção seria muito estranho para alguém que diz ser discípulo de Jesus Cristo. Portanto, fiz o que deveria fazer pensando mais nele do que em mim.

Contudo, percebo que assim como eu fui tentando a tomar outra decisão e escolher outra alternativa, muitas pessoas hoje são e sucumbem, talvez a maioria.Vejo homens e mulheres abandonando seus companheiros ou filhos para se dedicarem a busca pelo dinheiro, ou pela fama, ou pela glória, ou por qualquer outra vaidade que bata a porta de seus corações.

É o curso deste mundo...vaidade de vaidades...

E o amor se esfriando....
E a indiferença aumentando....
A falta de interesse pelos sofrimentos alheiros também...
Assim caminha a humanidade e quando me refiro a humanidade penso em mim e não transfiro minha responsabilidade pois não sou bicho, sou ser humano, e se humanidade caminha para a morte, eu também tenho dado minha parcela de contribuição.

Israel no passado implorou por mais conforto ás custas da presença doce do ALtíssimo.
Deus lhes concedeu prosperidade material, mas sem a riqueza de espírito, a alma deles murchou, definhou, morreu.

Prosperidade material sem riqueza espiritual é pobreza camuflada.
Dias atrás percebi essa pobreza camuflada em uma pessoa que conseguiu depois de tanto tempo e luta comprar um carro zero dos sonhos. Me lembrei de certa frase que alguém disse certa vez: "Tem gente que é tão pobre que só tem dinheiro".

E você já decidiu o que dar aos seus?
Presença e amor ou dinheiro e frieza?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A GRATIDÃO DE SER

"...abandonaste o Deus que te fez...
te olvidaste daquele que te gerou...
esqueceste aquele que te deu o ser"
Deus, contra a ingratidão de seu povo mesquinho

Geralmente, quando temos lampejos de gratidão em nosso coração, nos referimos a uma gratidão superficial e pontual, do tipo: "Obrigado Senhor, pela saúde, pelo trabalho, pela minha família, pelos meus amigos, pelo pão de cada dia, etc...".

Vamos nos lembrando de bençãos e confortos que temos e assim agradecemos a Deus por sabermos que tudo vem da mão dele para nós. Geralmente ficamos muito satisfeitos com essa nossa gratidão pontual e nos achamos assim demasiadamente espirituais por nos lembrarmos de agradecer a Deus por tais graças e misericórdias dele dispensadas a nós. Alguns até imaginam o sorriso de Deus voltado para eles quando fazem tais orações diante do Altíssimo.

Entretanto, baseado nessas palavras de Deus ao seu povo ingrato, o que aprendemos que Ele quer de nós não é uma gratidão superficial que considera apenas as coisas visíveis e materiais. Não basta ser grato apenas pela saúde, pelo trabalho, pela família, pelos amigos, por confortos e livramentos e etc.

É necessário considerar também as essências das coisas.

Deus quer que tenhamos uma gratidão profunda pelo simples fato de existir.

Sim, o simples fato de ser uma criatura sua já é motivo suficientemente grande para nos alegrarmos em Deus.

Foi Ele quem nos criou, nos inventou, nos deu um corpo, uma alma, um espírito, um ser.
Só somos porque Ele nos fez ser.
Só existimos porque Ele nos inventou.
Só aparecemos porque Ele nos deu um corpo.
Só temos a eternidade porque Ele a colocou dentro de nós.

Só sou porque Ele sendo me fez também ser.
Se Ele não me tivesse feito eu não seria.
Ele me trouxe do nada para o tudo da existência cheia de complexidades, prazeres, dores e mistérios.

Graças ao Deus que me fez!
Glórias Áquele que criou todos os seres existentes!
Aleluias ao Criador e Redentor de todos os seus amados filhinhos!

Baseado nas próprias palavras dEle a respeito, eu arrisco dizer que quando um filho seu fica cheio dessa gratidão profunda e emite uma oração sincera cheia de alegria diante do Criador, aí sim, Ele responde essa oração com um sorriso invisível, mas poderoso que alcança o coração de seu pequenino filhote.

"Obrigado, meu Deus, porque sou. E só sou porque me fizeste ser. Me criaste. Me inventaste. Me trouxeste do nada. Me deste um espírito, uma alma, uma mente, um corpo, um ser. Obrigado porque contigo eu apareci e hoje faço parte desse conjunto maravilhoso que é toda tua obra, feitos da tua poderosa mão. Amém!!!!!!"

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A ESSENCIAL DIFERENÇA ENTRE 
DISCURSO E TESTEMUNHO

"Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir sua voz nas praças..."
Isaías, a respeito da natureza da manifestação do Messias

Agora há poucos minutos atrás, pela segunda vez nessa semana, encontrei aqui no centro da cidade, um homem jovem com um megafone na mão e uma bíblia na outra "pregando" o evangelho. Digo "pregando" porque creio que essa não é uma manifestação pura de pregação do Evangelho mesmo visto que, conforme Jesus mesmo manifestou, não é pela propaganda nem pela gritaria que se prega mesmo o Evangelho.

Esse homem parece mais um religioso cheio de formatações ensinadas pelas tradições religiosas humanas, pois, por exemplo, uma dessas formatações ficou bem visível no seu modo de vestir (social, terno, gravata, no meio da rua sem necessidade) e também em sua declaração: "Jesus muda você, muda tudo, seu modo de pensar, de agir, de vestir....". De "vestir"? Será que essa é mesmo uma mudança tão importante e significativa assim?

Esse homem que eu nem conheço pode até ter boa intenção, mas infelizmente não parece ter sabedoria.

Quando Isaías descreveu a manifestação de Jesus ele disse que seria suave para os sentidos.
Suave no sentido de que Jesus não saía por aí gritando, chamando a atenção para si, esgüelando-se, fazendo propaganda de si mesmo ou de sua mensagem. Jesus era calmo, sereno e tranqüilo. Manso. Cheio de domínio próprio e de sabedoria.

Agora, responda-me o seguinte: se Jesus pregou o Evangelho assim será que aqueles que dizem ser seus discípulos precisam ser diferentes dele?

Se ele não gritou, temos que gritar?
Se ele não fez propaganda, temos de fazer?
Se ele não procurou a atenção dos ouvintes, devemos procurar?
Se ele testemunhou com naturalidade o Evangelho, mais em conversas do que em discursos, porque não o imitamos?
Será que uma pessoa que vai a uma praça, ou inventa um evento, ou precisa de um microfone, ou megafone, entendeu mesmo como precisamos testemunhar do Evangelho de maneira significativa?
Será que gritar no meio da rua é temperar o mundo das pessoas ou salgá-lo de modo a ser tornar mais duro do que já é?

Ultimamente, não preocupo em "pregar".
E olha que essa é uma tarefa muito difícil para quem viveu anos pregando, no púlpito, no microfone, nos templos, nas praças, nos salões, em variados lugares...
Tenho feito distinção entre a pregação-discurso e a pregação-testemunho.
Percebo que a primeira é invenção da religião e a segunda sim é uma manifestação pura do Evangelho da Graça de Deus em Cristo Jesus.

A pregação-discurso é só uma teoria.
A pregação-testemunho é carregada de experiência e vida que prova a doutrina ensinada.

Será que somos testemunhas fiéis cheias de vida do Senhor e do Evangelho Eterno?
Ou somos apenas tagarelas discurseiros da religião alienada da realidade humana?

terça-feira, 24 de setembro de 2013

SERÁ QUE A BÍBLIA É MESMO A PALAVRA DE DEUS?

"Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade"
Jesus, orando ao Pai em favor de seus discípulos, quando sua partida deste mundo estava próxima

Fui ensinado desde criança em Escolas Bíblicas Dominicais da Denominação Presbiteriana do Brasil que a Bíblia é a Palavra de Deus. Ensino esse que foi confirmado e reforçado com muita ênfase quando eu cursei o seminário teológico da mesma denominação. Ouvia sempre os professores repetirem: "A Bíblia é a inerrante palavra de Deus".

Por certo tempo, por causa de um espírito crítico pouco apurado, cri nessa teoria.
Entretanto, hoje, não creio mais.
E explico porque não creio.

Eu não creio que o livro chamado bíblia seja todo ele a palavra de Deus visto que de cara já fica óbvio que tal não pode ser verdade porque o livro não contém somente as falas de Deus, mas de muitos outros seres, humanos e angelicais também.

Então, o que é a bíblia?
A Bíblia é um livro religioso histórico que contém sim a palavra de Deus, como já diziam e criam muitos teólogos antigos a respeito do mesmo assunto. Ela é apenas mais um instrumento, mais uma forma que Deus quis usar para se comunicar com os homens através das gerações, entretanto, não é o único nem o maior ou melhor. Limitar a revelação de Deus a um livro é reduzí-la, medíocrizá-la, diminuí-la, empobrecê-la.

Deus é muito grande para ser contido num livro!
Sua revelação também!

Além disso, Deus é suficientemente poderoso e criativo para falar de variadas maneiras conforme a própria Escritura ensina no livro aos Hebreus dizendo: "Tendo Deus outrora falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, hoje, nos fala, de uma forma completa, pelo Filho....".

Preste bem a atenção no que está escrito na Bíblia a respeito da multiforme maneira de Deus se revelar.
Ele diz que a quantidade ("...muitas vezes...") e os modos ("...de muitas maneiras...") são variados e, em seguida, já nos diz que modos e maneiras são alguns desses. Primeiro, se refere aos profetas como mensageiros que receberam mensagens divinas direcionadas aos homens de sua época; em segundo lugar, ele se refere Áquele que foi e é a grande revelação de Deus a humanidade, o Filho, Messias, o Cristo, o Enviado.

Perceba como Deus é grande e sua forma de se comunicar gigantesca e variada!

Você ainda acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus?
Que Deus só fala através do livro?
E a criação?
E os profetas?
E Jesus?
E as outras muitas formas variadas de revelação de Deus aos homens?

Deus fala e fala muito!
Contudo, não apenas na Bíblia, não só no livro, não somente na Escritura.

Voltemos, então, ao título desse texto e vamos responder logo a pergunta.

A Palavra de Deus é a Verdade onde quer que ela se encontre!

Foi essa realidade que Jesus nos ensinou enquanto orava pelos seus discípulos: "...tua palavra é a verdade..."

Portanto, onde há verdade, há palavra de Deus e, obviamente, onde há mentira e hipocrisia não há palavra de Deus. O que importa é o uso que se faz do livro chamado "Bíblia" porque nas mãos e boca de uns pode ser Palavra de Deus, mas nas mãos e boca de outros pode ser palavra do diabo cheia de todo engano dos ensinos dos demônios.

A Palavra de Deus é a verdade soprada pelo Espírito Santo com amor!

Essa Palavra é que precisa ser buscada por nós.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

VOCÊ TEM SABOR?

"Vós sois o tempero do mundo...se o sal perder o poder de temperar só presta para ser descartado"
Paráfrase das palavras de Jesus aos seus discípulos sobre a natureza do discipulado

Dias atrás me lembrei de novo dessas palavras de Jesus porque um fato simples mas marcante me aconteceu. Certo dia de meu momento de escassez sobraram apenas algumas moedas de alguns poucos centavos no meu bolso. Centavos mesmo, tenho quase certeza que não havia nem um real sequer. E nesse mesmo dia surgiu uma necessidade: comprar sal, pois ele havia acabado e eu ainda faria pelo menos mais uma refeição salgada no dia.

Desci ao supermercado para tentar comprar um pacote de sal.
Eu sabia que conseguiria, mas a dúvida era sobre a qualidade do sal que eu traria.
Meus poucos centavos me faziam duvidar se conseguiria comprar a melhor marca.
Não deu, acredito que por falta de mais ou menos 10 centavos.
Então, nessa escassez terrível, precisei comprar um sal de qualidade inferior.

Terrível!
Fraco!
Que dificuldade em salgar!
Era preciso despejar o pó na comida para sentir algum resultado!
Agüentei esse incômodo só até ter dinheiro novamente e comprar um sal de verdade.

Sei que muitos talvez se prenderão a questão da pobreza do acontecido.
Transcenda por favor.
Não escrevo para fornecer a você material para me maldizer e ter pena de mim.
Escrevo para lembrar-nos que as palavras de Jesus fazem sentido mesmo e, de fato e de verdade, o tempero é essencial para o sucesso da comida. E como o sal é o Tempero dos temperos (já fiz a experiência e cheguei a conclusão que qualquer tempero precisa de sal para dar gosto), ele é essencial para dar gosto em qualquer alimento salgado.

Lembrei de gente "sem sal".
Na minha adolescência, quando nós comentávamos sobre a beleza de certa garota, alguns diziam assim: "A fulana é bonita, mas sem sal" se referindo ao fato de que beleza desacompanhada de sabor, de simpatia, de outra qualidades que apimentam uma relação entre um homem e uma mulher é como uma comida sem tempero. Os homens que me lêem vão concordar. Quantas mulheres belíssimas que atraem num primeiro momento depois nos repulsam por causa dessa falta de sabor? Do mesmo modo, quantas outras nem são tão belas mas possuem outras características agradabílissimas que deixam um homem muito bem satisfeito? Eu já ouvi muito homem falar que "...mulher feia dá com mais vontade...." por inúmeros motivos. Esses mesmos faziam comparações e diziam que certa mulher não tão bela agradou-lhes muito mais que certas beldades da cidade.

Voltando ao assunto que nos interessa, que é o discipulado, precisamos, então, para sermos genuínos discípulos de Jesus, nos tornarmos seres saborosos. Não sexualmente saborosos, mas espiritualmente atraentes. Nosso espírito deve atrair as pessoas. Nossa alma e palavras devem provocar aquela sede que o sal provoca na língua de quem o experimenta. Sim, porque o sal, além de dar sabor, também provoca a necessidade de saciamento da sede.

Será que eu e você temos tempero?
Será que provocamos sede espiritual em outras pessoas?
Será que somos seres temperados com qualidade ou almas insípidas?

Tenho percebido que os religiosos são insípidos para o mundo.
A religião é sem graça, sem tempero, sem sal, sem sabor.
Só um verdadeiro discípulo de Jesus pode carregar consigo esse poder avassalador de temperar a vida dos outros com tudo o que há de melhor: alegria, paz, amor, fé, etc.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

APRENDENDO A LIDAR COM CÃES E PORCOS

"Não deis aos cães o que é santo nem aos porcos as vossas pérolas"
Jesus, sobre o cuidado em valorizar o que se tem de valioso

Quando Jesus usou essa figura de linguagem para ensinar um princípio da sabedoria, ele estava simplesmente querendo que nós fôssemos cautelosos no uso daquilo que temos de melhor, de nossos talentos, de nossos segredos, de nossas capacidades, de nosso conhecimento peculiar.

Sim, porque podemos cair no erro de nos auto-desvalorizar diante de pessoas escarnecedoras.
Esse tipo nunca nos valorizará, pelo contrário, sempre se aproveitará de informações a nosso respeito para denegrir nossa imagem, lançar suspeitas sobre nosso caráter e, de forma hipócrita, armar ciladas para nossa queda.

É difícil discerní-las, mas não é impossível.
Precisamos de sabedoria divina para preservarmos aquilo de valioso que Deus nos deu e só entregarmos a pessoas confiáveis que farão bom uso e valorizarão nosso tesouro.

Cuidado!
Não seja muito sincero!
Não seja sincero com todos!
Não divulgue segredos como se fossem informações banais!

Os cães e os porcos têm ouvidos aguçados e curiosos...
São captadores de informações alheias com o objeivo de fazer mal a nós.
Eles não podem saber de nossas verdades mais íntimas!
Eles não podem saber de nossos segredos principalmente vindo de nossa boca!

A natureza deles é mesquinha, medíocre, má, suja, baixa, pobre.
São seres devoradores de tesouros emanados da simplicidade do coração de pequeninos!

Os porcos e os cães não perdoam!
Eles não perdem oportunidade!
Sua natureza os compele a serem aproveitadores terríveis.

Precisamos andar atentos aos seus grunhidos e latidos.
São seres desprezíveis e não podemos ser simplices com eles.
Com esses seres precisamos ser prudentes como as serpentes conforme ensinou Jesus de outra feita.

Precisamos de sabedoria divina para lidar com tais seres.
Deus dá, basta pedir e buscar.
Ele concede, mas precisamos também nos esforçar um pouco para conseguí-la.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

OS RÓTULOS E O REINO DE DEUS

"Será que ele pretende suicidar-se?....enlouqueceu....está fora de si...endemoninhado...samaritano..."
Reações de várias pessoas, principalmente religiosos, a palavras e obras de Jesus

As pessoas se acostumaram a rotular umas as outras.
Vivem emitindo juízos precipitados e ignorantes a respeito uns dos outros.
Com Jesus não foi diferente. Ele recebeu muitos rótulos diferentes ao longo de sua estada aqui nesse planeta. Essas afirmações vinham de pessoas que não o discerniam e por isso tentavam explicar de uma maneira lógica quem ele realmente era. Ás vezes essas pessoas até o discerniam, mas como reconhecer sua pessoa era para elas - principalmente para os religiosos - uma ameaça, então, mesmo sabendo quem ele era, não reconheciam sua natureza para que seus cargos e regalias não fossem colocados em risco, como aconteceu variadas vezes com os religiosos, principalmente aqueles da seita dos fariseus.

Para os simples de coração, Jesus era o Messias, o Redentor, o Profeta, o Salvador, o Filho de Deus, o Enviado, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...mas para as serpentes venenosas, principalmente da religião, ela era louco, surtado, suicida, samaritano, endemoninhado, etc.

Os rótulos são fruto de ignorância ou maldade.
Ignorância quando a pessoa olha para a outra e, por não conseguir explicar, inventa uma explicação conforme seus achismos, sua experiência de vida, aquilo que ela já viu e entendeu e aquilo que sua capacidade mental e espiritual lhe permite identificar. Esse tipo de rotulação ainda carrega consigo uma pureza latente, com pouca maldade.
Já a rotulação motivada por maldade é uma anunciação consciente depreciativa e pejorativa do ser do outro, isto é, a pessoa discerne quem o outro é, mas como aquele outro ser reflete sua própria sujidade, então, ela tenta denigrir sua imagem através de rótulos depreciativos. Esse tipo de rotulação é totalmente corrompida e, no caso de Jesus, vinha dos religiosos, seres conscientes de quem era Jesus, ao contrário do povo mais simples e desinformado que geralmente errava no diagnóstico por falta de conhecimento e informação e não por maldade proposital.

Cuidado com os rótulos!

Cuidado com as rotulações!

Desconfie de diagnósticos emitidos a torto e a direito por aí!

Não acredite em tudo o que ouve.
As pessoas se enganam e também mentem e mentem muito!

Procure enxergar além das aparências.
Procure pela verdade, realidade, aquilo que de fato é.
Só se torna verdadeiro discípulo de Jesus quem transcende a tirania das imagens, aparências, rotulações comportamentais.

 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A MELHOR TERAPIA

"Do suor do teu rosto comerás..."
"Trabalhai enquanto é dia, pois a noite vem...."

Consegui trabalho essa semana depois de quase 5 meses parado.
Estou sentindo de novo gosto pelo trabalho graças a Deus e percebendo que não foi sem motivo que o Criador o inventou como cura para nosso corpo, alma e espírito depois da queda.

Antes de eu me levantar para procurar trabalho com vontade de encontrar - sim, porque existe diferença entre procurar com vontade e procurar sem vontade - algumas pessoas até me disseram que seria bom eu procurar uma terapia psicológica ou psicanalítica. Eu disse a eles: "Prefiro procurar trabalho".

Disse isso porque mesmo reconhecendo a utilidade da ciência para ajudar pessoas como eu ou em estados piores, reconheço também a ciência da vida como resolvedora de muitos problemas que não precisam de terapias, sessões e mais sessões conforme acontece com muitas pessoas de nossa geração, que estão viciadas em terapias. E os profissionais agradecem porque quanto mais se crê na ciência da psicologia ou da psicanálise, mais esse profissionais lucram.

Contudo, percebo que há muitos exageros e em muitos casos procurar trabalho com vontade de encontrar solucionaria o problema de muitas pessoas que talvez estejam há anos fazendo e refazendo terapias.

Esse assunto é sério.
Muito sério.
O trabalho é assunto muito sério na nossa vida e deve ser encarado desse modo.
Não podemos titubear, porque graves conseqüências se instalam quando o abandonamos.
Eu colhi algumas dessas conseqüências e se continuasse naquele estado talvez sofresse muito mais.

Somos seres folgados.
Preguiçosos.
Minha geração, confesso, é uma geração mole cheia de melindres e frescuras.
Nesse sentido nossos pais foram muito mais saudáveis que nós.
Somos uma geração que têm muitas oportunidades nas mãos, mas muitas vezes não as aproveitamos simplesmente por preguiça, ou narcisismo, autoendeusamento, egoísmo, vaidade, etc.

Entretanto, trabalhar é uma lei irrevogável da vida.
Instituída pelo Criador que viu que depois da queda alguma medida séria deveria ser tomada para conter o fluxo de iniqüidade que poderia tomar toda a terra por conta de nossa capacidade para fazer o mal.

Imagine se não houvesse essa lei?
Imagine se não precisássemos trabalhar?
Imagine se tivéssemos todo o tempo livre apenas para "curtir"?
Será que usaríamos esse liberdade para o nosso bem e do próximo?
Dificilmente. Provavelmente a minoria, porque a maioria, sabemos que instituiria um caos terrível que provavelmente culminaria na nossa auto-extinção.

"Obrigado meu Deus porque voltei a atividade. Obrigado pela saúde, pela oportunidade. Amém!"

sábado, 3 de agosto de 2013

A REVELAÇÃO TRANSCENDE A CIÊNCIA

"Ele é aquele que está assentado sobre a redondeza da terra"
Isaías, o profeta, há mais ou menos 2800 anos atrás

A ciência é brinquedo de criança diante da revelação de Deus.

Sim, brinquedo de criança.

Digo isto porque embora seja necessário reconhecer não apenas a existência da ciência bem como sua veracidade e utilidade no mundo, também é necessário reconhecer humildemente seus limites e sua natureza infantil em comparação com a revelação que Deus faz de si mesmo e de toda a criação.

A revelação chegou antes.
A ciência chegou depois.
A ciência só confirma o que a revelação já revelou.
A revelação cai do céu do jeito que Deus quiser, a quem ele quiser, muitas vezes sem esforço.

O que Galileu Galilei descobriu com muito esforço no século XVI e que gerou assombro em muitos e perseguição da religião contra ele, isto é, que a terra é redonda, o profeta Isaías já havia dito há milhares de anos atrás, simplesmente depois de receber em seu espírito informações que o Deus os espíritos dos profetas derrama sobre muitos filhos seus desde sempre e continuará derramando.

Os profetas recebem sem esforço e antecipadamente o que muitos cientistas demoram muito mais tempo para receber e só conseguem com muito suor do rosto.

Por que estou escrevendo sobre esse assunto?

Simplesmente porque percebo que a ciência se tornou em nossos dias um ídolo.
Sim, muitas pessoas idolatram a ciência em geral ou determinados ramos dela.
Uma delas, que vou usar como exemplo, porque convivo sempre com ela, é a psicologia-psicanálise.
Percebo que vivo em uma era "psicologizada" onde muitas pessoas acreditam mais na ciência da psicologia do que na revelação da Palavra de Deus, mesmo que você diga que aquele conceito que ela julga grandioso e que está exposto pela psicologia meu avô já sabia sem nunca ter estudado formalmente.

Existe um altar no coração do homem moderno dedicado a fé na ciência da psicologia!

Convivo diariamente com uma geração psicologizada que tem a pretensão de explicar tudo.
Eles têm a pretensão de nomear e rotular tudo segundo os conceitos infantis da maioria dos ramos psicanalíticos.

Tenho passado por arrogante muitas vezes porque rio de certos conceitos psicológicos que ou são completamente dissociados da realidade da vida ou eu já havia descoberta por meio da revelação da Palavra de Deus ao meu coração. Parei de falar e discutir. Para algumas pessoas a ciência é um deus e não adianta você discutir com pessoas que tenham esse tipo de ídolo alojado no ser.

Você acredita mais na ciência ou na revelação da Palavra?
Você erigiu um altar científico em seu coração?
Você crê mais no que um homem diz ou no que o próprio Deus afirma?

Tal fé minha aqui exposta sei que é muito incômoda para muitos.
Para profissionais da área.
Para pacientes viciados em terapias.
Enfim, para muitas pessoas de nossos dias.

E daí?
Tenho o direito de manifestar minha fé, seja ela qual fôr.

Também o faço com amor, para despertar entendimento em quem ler.
Abra a mente,
Deus te ilumine.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

TRANSCENDENDO FORMAS E ENXERGANDO CONTEÚDOS

"...o seu aspecto era desfigurado...não tinha aparência de beleza nem formosura...e era como um de quem os homens escondem o rosto..."
Isaías, profeta erudito, descrevendo o perfil espiritual do Messias

Ontem conversando com um amigo sobre determinado assunto, ele me disse: "É preciso ter forma...tudo precisa de forma". Entranhei sua afirmação no momento, tive dificuldade de concordar, mas prosseguimos a conversa normalmente e logo outros assuntos foram entrando.

Depois, parei para pensar: "Será que é necessário que tudo tenha forma mesmo? Se tratando de Evangelho e Reino, será que é necessário haver forma? Será que meu amigo está certo?"

Então, voltei-me para as Escrituras, particularmente ao livro do profeta Isaías, capítulo 53, onde é traçado um perfil antecipado do Messias que haveria de pisar esse planeta 800 anos depois aproximadamente. Esse Messias, como sabemos, foi Jesus, acerca do qual não preciso tecer muitos comentários agora exceto dizer que ele foi a encarnação da essência-verdade numa aparência feia, pobre, desfigurada, estranha. Se alguém quiser mais detalhes acerca desse assunto, leia o artigo denominado "O reino de Deus é dos marginais" onde comento um pouco mais esses traços do perfil de Jesus de Nazaré segundo o relato do profeta Isaías.

Agora, depois de ler as Escrituras e nelas meditar, discordo de meu amigo, porque fica claro que Jesus se manifestou como essência e não como aparência e essa manifestação nos ensina a verdade de que no reino de Deus o que importa é essência-conteúdo e não aparência forma. A forma e aparência são valorizadas pelos seres humanos segundo a cultura do órgão ocular físico, mas Deus, o Senhor dos espíritos de todos os seres, enxerga o mundo e a vida de outra forma onde se valoriza as essências e conteúdos e menospreza-se as aparências, visto que ele enxerga a intimidade dos seres, suas mentes, almas, corações, intenções e não apenas seus corpos, roupas ou comportamentos.

Sendo assim, digo com toda a convicção que o Evangelho me dá que não é necessário forma, mas é necessário conteúdo; não é necessário parecer, mas é necessário ser; para Deus ou você é ou não é, porque Ele não se engana com aparências daquilo que nunca foi, mas quer parecer ser nem daquilo que já não é mais, mas quer que os homens acreditem que ainda continua sendo.

O Senhor vê o coração.
O interior.
O centro do ser.
A alma.
O espírito.
As energias produzidas pelo ser, sejam elas negativas ou positivas.

O reino de Deus não vem com visível aparência.
O reino de Deus vem de dentro para dentro e só exala o perfume das energias positivas do ser.
O reino de Deus só pode ser encontrado por quem ultrapassa a tirania do culto a imagem.
O reino de Deus só é achado por quem é sensível para perceber as essências.
O reino de Deus é matéria de conteúdo que transcende formas.

Entretanto, para mentes e almas infantis, ainda é necessário que conteúdos se apresentem em forma de formas, pois estes seres ainda não estão preparados para enxergarem só conteúdos. Na verdade, todos nós precisamos de exercícios contínuos de transcendência para enxergarmos conteúdos além das formas e não sermos enganados pelas aparências.

Portanto, vamos além!

Trancendamos as formas!
As formas das pessoas, sua cor, suas roupas, seus cabelos; as formas dos grupos em seus ajuntamentos; todas as formas de todos os serem e movimentos que cruzarem o nosso caminho para que enxerguemos através das formas percebendo os conteúdos espirituais de todos os seres e coisas.

Só conheceu Jesus quem transcendeu sua aparência.
Só conhece a mim quem me enxerga além e a você do mesmo modo e a qualquer outro ser humanos que se apresente do modo como vier se apresentando a nós.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O REINO DE DEUS É DOS MARGINAIS

"...foi contado entre os transgressores..."
Isaías, o profeta erudito, traçando o perfil do então futuro Messias

Jesus era um marginal!

Sim, isso mesmo que você acabou de ler....

Ele era um marginal porque vivia á margem dos sistemas criados e mantidos pelos homens para controlar as pessoas, principalmente o sistema religioso terrível. Por esse motivo, ele foi tão cassado e perseguido, pois qualquer pessoa que se aventure neste planeta a não tomar a forma dos sistemas humanos haverá também de ser como Ele foi.

O perfil que o profeta traça é incrivelmente revelador e ao mesmo tempo assustador para muita gente.
Podemos enxergar Jesus mesmo que não tenhamos convivido com ele. Na verdade, através desse perfil de Isaías enxergamos muitos detalhes que nem os escritos dos evangelhos segundo os discípulos (Mateus, Marcos, Lucas e João) nos apresentam.

Sim, o profeta traça detalhes importantíssimos da manifestação do Messias.
Me falta tempo para comentar a todos, mas quero comentar pelo menos mais um.
Sua feiúra.

Jesus era feio.
Fisicamente feio.
Beleza não havia nele.
Provavelmente era magro demais, queimado do sol, barbudo, cabeludo, um pouco fedido para os padrões assépticos idiotas ocidentais modernos, um pouco corcunda e vestido de roupas um pouco sujas e amassadas.
Jesus, talvez, parecesse alguns moradores de rua que encontramos hoje em nossas cidades.
Aquela aparência ereta, branca, de olhos azuis e cabelos lisos, provavelmente, é só uma criação dos estúdios de Hollywood. Nada mais do que isso. Apenas invenção marqueteira.

Além disso, o perfil traçado pelo profeta diz que ele tinha semblante sofrido, aflito, cansado, como de um trabalhador braçal de nossos dias que se esfola diariamente para ganhar seu pão. Por esse e outros motivos, ele foi rejeitado, menosprezado, marginalizado. E por esse motivo também qualquer pessoa que decida seguí-lo mesmo, de verdade, andando como Ele andou e não como a Religião diz que Ele andou ou como ela diz que seus seguidores devem andar, também se tornará um marginal.

Você se considera um seguidor de Jesus?

Será que é mesmo?

O que te faz pensar que você é mesmo um discípulo dele?
Anda como Ele andou?
Tem coragem de assumir marginalidades no seu dia a dia?
Tem coragem de andar junto com as minorias?
Tem disposição para ser rejeitado, menosprezado, maltratado?

A maioria das pessoas que se diz ou se enxerga discípulo de Jesus não é.
Muitas outras que não são consideradas são.
A resposta é meio óbvia para quem aceita a verdade.
Basta observar com simplicidade o próprio caminho e o dos outros.

Só é do Evangelho quem é marginal.
O Evangelho só cabe dentro de peitos marginais.
Você tem coragem e disposição para assumir todas essas implicações?

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A HIPOCRISIA É UMA MERDA DAS MAIS FEDIDAS

"E quando orardes...jejuardes....ou deres esmola...não sejais como os hipócritas...."
Jesus, aos seus discípulos

Dias atrás eu estava passando em frente a um pequeno restaurante aqui do centro da cidade onde vez ou outra os donos promovem cultos evangélicos para "pregar" aos que passam pelas ruas. Dessa vez não foi diferente. Estavam eles lá, com o microfone ligado em um amplificador e o dirigente (que parecia também ser dono do estabelecimento) orava fervorosamente. O conteúdo de sua oração era uma tentativa de ensinar Deus a respeito de alguns assuntos. Parece que ele se esqueceu que o Altíssimo não precisa ser ensinado nem lembrado de nada, pois nenhuma informação precisa ser acrescentada Áquele que tudo sabe.

Mas o pior de tudo é o fato de que essa situação parece muito com essas denunciadas por Jesus em suas palavras aos discípulos. Jesus passava pelas ruas e praças e observava religiosos fazendo cultos e orações para os homens e não para Deus, pois o objetivo claro era ser notado pelos que passavam e impressionar quem os via assim tão piedosamente buscando a Deus.

Hipocrisia!

Jesus diz que o anonimato é uma das provas da genuinidade de qualquer dessas práticas espirituais: oração, ofertas, jejum. Quanto mais anônimas elas forem, mais puras serão diante de Deus. Entretanto, qualquer divulgação (a não ser que seja involuntária e por via de terceiros) já tira toda a pureza da prática e Deus a vomita porque é horrível para Deus enxergar um coração hipócrita tentando enganá-lo. Aliás, acredito que não seja "horrível" até porque Deus não se surpreende por nada visto que sabe de tudo e de todos sempre. Bem, não sei o que se passa na cabeça de Deus quando Ele porventura contemple tais situações, mas sei que Jesus condenou a hipocrisia de quem usa tais práticas para se divulgar.

Todo o valor desses exercícios espirituais vão para o esgoto quando o fazemos hipócritamente!

Hipocrisia é uma merda das mais fedidas no reino dos céus!

Deus prefere um palavrão sincero do que uma oração hipócrita!

É melhor dizer "filho da puta" com sinceridade do que "Jesus amado" com hipocrisia.

Será que nossos exercícios espirituais têm sido hipócritas?
Será que oramos, ofertamos, jejuamos ou fazemos qualquer outra atividade apenas para sermos detectados pelos homens?
Será que o fermento do religiosos levedou nosssa massa?

quinta-feira, 4 de julho de 2013

VOCÊ É UM VERDADEIRO DISCÍPULO DE JESUS?

"...o ramo não produz fruto de si mesmo..."
Jesus, usando uma analogia simples para explicar a natureza do genuíno discípulo seu

Relendo algumas palavras de Jesus registradas no Evangelho de João me maravilhei novamente.
Nos capítulos 14 á 17 ele fala profuda e simplesmente sobre a natureza de quem é verdadeiro seguidor seu ou talvez também para aqueles que queiram se candidatar.

O que mais me chamou a atenção nessa releitura foi a analogia da natureza do genuíno discípulo com a natureza de uma planta frutífera, no caso, a videira.

Jesus é muito simples.
Ele diz que ele é a videira.
Seu Pai Celeste é o agricultor.
E seus discípulos são os ramos.
Diz também que o ramo depende da seiva que sai da videira para existir e frutificar.
Para gerar frutos é necessário sugar energia e vida da fonte, que no caso, é a árvore.
Fica claro que o ramo-discípulo depende sempre da vida que flui da árvore-mestre.
Sempre. Dependência cotidiana. Contínua. Constante.
Isso significa que o discípulo precisa ter comunhão constante e íntima com Jesus para produzir frutos genuínos do Evangelho em sua vida. Ele não tem poder para auto-gerar frutos. Sem essa intimidade espiritual com Cristo haverá de se tornar um ramo seco que será queimado no futuro por causa de sua esterilidade e inutilidade. Contudo, se ele matém intimidade com o Filho e frutifica pelo menos um pouco, o Agricultor-Pai o poda, isto é, limpa e o prepara para que no futuro produza mais fruto ainda, frutos maiores, melhores, em quantidade e em qualidade.

Você sabe que frutos são esses?
Se o ramo é o discípulo, o que haverá de ser esses "frutos"?

Fica claro e óbvio nas palavras de Jesus, não apenas no capítulo 15 bem como também nos outros três capítulos, que os frutos são espirituais, virtudes que a pessoa pode possuir no seu ser. Essas virtudes são: paz, amor, alegria, entendimento, unidade, etc. Esses e outros são os frutos que provam a genuinidade de um discípulo do Senhor. Não há nenhum fruto físico, material, palpável, pegável, tocável. Todos são frutos abstratos, entretanto, reais, pois, sabemos que a realidade transcende as fisicalidades e é composta de muitas abstrações, que prefiro chamar de espiritualidade, isto é, realidades que fazem parte dos seres nos seus espíritos e que embora se manifestem e ás vezes se materializem, são, essencialmente, invisíveis.

Essa mensagem de Jesus é linda!
Elucidativa demais!
Clara como a luz do sol na sua força!
Só não entende quem não quer e só não reconhece quem não deseja.

Baseados, então, nessas palavras de Jesus e no real significado delas, será que podemos afirmar com certeza que somos discípulos de Jesus?

Você é um discípulo de Jesus?

Então, prove, pela manifestação natural dos genuínos frutos da natureza de quem segue mesmo o Mestre....

VOCÊ É UM SER PACIENTE?


(Parte 2)

"O lavrador espera com paciência o fruto da terra que foi semeada e cuidada"
Tiago, apóstolo de Jesus

Mais uma vez preciso exercitar minha paciência.
Estou desempregado há uns meses e dias atrás tentei um trabalho voluntário, para me movimentar, ajudar outros, ocupar a mente, o corpo.
Entretanto, pelo menos até agora, nem esse trabalho voluntário consegui.
Ainda não recebi a resposta definitiva a respeito dele.

Mais uma vez me lembrei da palavra que ouvi do Senhor dias atrás sobre a necessidade de se ter paciência na vida toda e, principalmente, em certos períodos mais apertados.

Mais uma vez preciso exercitar a paciência.
Paciência de lavrador, como nos lembrou nosso irmão Tiago.
Sei do que se trata, no que diz respeito a semente, pois eu já lancei.
Entretanto, ela ainda não apareceu nem como planta que dirá como fruto.
Sei que aparecerá e dali para frente haverá um desenrolamento natural de minha caminhada.
Contudo, esperar é tarefa difícil em dias de aceleramento da vida e cultivo da cultura do imediato.

Em nossos dias poucas pessoas têm paciência.
Geralmente, só tem paciência quem é obrigado a ter.
Só paramos quando não há saída; só diminuímos o ritmo quando o risco é grande e real; só esperamos no Senhor quando entramos num estado de impotência real e paralisante.

Somos assim: seres apressados, imediatistas, impacientes, egoístas, porque geralmente corremos em nosso favor, mas poucas vezes em benefício do próximo. Quando temos interesse aceleramos; quando o interesse é do outro freamos, deixamos para amanhã.

A paciência é essencial.
Principalmente em certos períodos específicos de nossas vidas, embora seja em toda ela.
Como já disse anteriormente, no primeiro artigo, e repito agora, paciência é paz-ciente e não paz-ignorante. Isso significa que paciência é uma tranqüilidade consciente da realidade e não uma serenidade ignorante ou desassociada da realidade de nossa vida.

Você consegue ser paciente mais uma vez?
De novo?
Esperar mais um dia? Uma semana? Um mês? Um ano?
Talvez a paciência seja necessária para você experimentar o melhor ao invés de se contentar com o urgente que esteja ao alcance da sua mão agora, mas que não seja tão bom quanto o que está lá na frente, no futuro, em algum lugar te esperando, apenas esperando você esperar.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

VOCÊ É UM SER PACIENTE?

"Meus irmãos, tende como exemplo de paciência os nossos irmãos apóstolos e profetas que viveram antes de nós..."
Epístola de Tiago, apóstolo do Senhor

Nos últimos dias me encontrei muito inquieto e ansioso.
As causas eram duas que prefiro não citar porque também não farão falta ao principal objetivo do escrito desse texto.
São aflições comuns e normais a qualquer ser humano.
Nada absurdo.
Dificuldades que bilhões já passaram e continuam passando no mundo até hoje.

Na minha angústia clamei ao Senhor e ele me respondeu.
Me veio a mente sua palavra e o tema paciência.
Entendi que nesse momento é necessário que eu tenha muita paciência para atravessá-lo.
O momento ao qual me refiro é um tempo que até agora dura aproximadamente 1 ano e 6 meses.
Nas minhas reflexões considerava esse tempo longo até que me lembrei de certos exemplos bíblicos e históricos de homens e mulheres que precisaram esperar muito mais tempo para verem ou não cumpridas as palavras de Deus a seu respeito.

Reli histórias bíblicas.
Três ao todo.

A primeira foi a de José que precisou esperar 13 anos para ver cumprida a promessa de Deus específica para ele, a qual ele recebera em sonhos quando ainda morava com a família e a qual também encheu de fúria os irmãos que motivados de ira e inveja após ouvir dele o relato do sonho profético, decidiram matá-lo e, no final das contas, o que aconteceu foi sua venda como escravo para a terra do Egito. Lá ele sofreu muito, foi atacado, preso injustamente, maltratado por causa de não ser nativo e só no final pôde gozar do cumprimento da profecia quando foi eleito governador do Egito.

A segunda foi a de Abraão que necessitou aguardar 25 anos para ver cumprida a promessa do Senhor de se tornar pai de uma numerosa nação. Ele recebeu a promessa-profecia quando tinha 75 anos, mas só foi pai pela primeira vez aos 100 anos quando sua mulher estéril e velha de 90 anos engravidou de uma maneira miraculosa depois de já não ovular há muito tempo. É óbvio que nesse meio tempo muita coisa aconteceu, inclusive um ato de impaciência do casal que resolveu tentar "ajudar" Deus a cumprir sua palavra dando um jeitinho brasileiro através da gravidez da serva Agar. A idéia foi de Sara, mas Abraão concordou com o conselho incrédulo e impaciente da mulher. Entretanto, chegou o dia em que Deus cumpriu sua promessa e Isaque nasceu. Demorou, mas aconteceu.

A terceira e mais longa dessas histórias (pelo menos em relação ao período de tempo) foi a de Moisés que demorou 80 anos para não ver o cumprimento da promessa profecia que recebeu de Deus. Isso mesmo 80 anos para não ver. Foram dois períodos de 40 anos. O primeiro período durou desde o momento em que ele viu a aflição de seu povo no Egito até o dia em que voltou para lá para mandar Faraó libertar o povo em nome do Senhor. O segundo período se deu da saída do Egito até a chegada a terra prometida de Canaã, terra na qual o Senhor não permitiu que ele entrasse por causa de sua desobediência no meio do caminho.

Também me lembrei de uma história muito conhecida da humanidade que, não é propriamente uma história de fé em alguma promessa divina (pelo menos não parece), mas é uma história humana de paciência de um homem lutando contra um regime totalitário de discriminação. O regime é o Apartheid e o homem é Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, o qual atualmente está muito doente e velho. Comprei o vídeo de sua história e conheci alguns detalhes que me fizeram admirar o homem como uma inspiração humana para qualquer um de nós. Um dos detalhes que nos interessam agora aqui é que seu tempo na prisão por causa de sua luta foi de 27 anos. Isso mesmo: 27 anos e nem eram propriamente pela "causa" do Evangelho, embora tenha sido por uma causa nobre que tenha total relação com os significados mais profundos de igualdade e justiça que Deus em Sua Palavra ensina. Quis citar esse exemplo para nos constranger em nossa total impaciência Ocidental para aguardar promessas proferidas pela boca do Deus que não mente. Em tese,
Mandela teve uma paciência tamanha em relação a uma não-promessa-declarada divina, pois, aparentemente, era uma convicção ideológica. Esse exemplo, então, nos humilha mais ainda, porque não se trata de "exemplo bíblicos", mas meramente humanos, de gente que tem muito maior disposição para lutar pelo que acredita do que a maioria de nós cristãos.

Será que eu e você temos paciência para esperar metade do tempo que esses homens e mulheres esperaram?

Será que nossa geração consegue esperar 13, 25 ou 80 minutos por algo importante?

A paciência é uma virtude necessária em certos períodos da vida.
Só venceremos esses períodos se a mantivermos dentro de nossas almas.
Paciência é paz-ciente que significa manter a paz com consciência da realidade difícil que nos cerca.
Não é paz-ignorante da realidade, aquele tipo de serenidade obscurantista que alguns possuem por causa de sua ingnorância ou não aceitação da vida como ela é.

Você é paciente?

Eu não sou, mas estou precisando, a duras penas, aprender a ser.

Você também tem disposição para trilhar esse caminho?


segunda-feira, 24 de junho de 2013

AGORA O BRASIL ESTÁ COMEÇANDO A SE DESENVOLVER

"O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido"
Sabedoria registrada em Provérbios de Salomão

No mês de Fevereiro de 2012 escrevi um texto aqui intitulado "O Brasil cresceu, mas não se desenvolveu" que mostrava a realidade de um país onde circulava mais dinheiro com o aquecimento da economia, mas que em muitos sentidos ainda não havia crescido nem se desenvolvido. Naquele tempo muitas pessoas estavam empolgadas (principalmente os mais pobres) porque alguns salários aumentaram, algumas pessoas estavam comendo melhor, vestindo e morando com mais conforto e, enfim, com um pouco mais de acesso a bens materiais que antes era privilégio só dos ricos do país.

Entretanto, esse aquecimento econômico era apenas uma maquiagem produzida pelo governo petista para encobrir a verdadeira face do país, que continuava a sofrer de carências básicas em vários sentidos e áreas como: saúde, segurança, educação, etc. Também a corrupção, como um câncer parasita sugava o dinheiro e as energias da classe trabalhadora que não tinha reversão do dinheiro pago em impostos em seu benefício.

O povo estava sendo enganado pelo governo mais uma vez!

Entretanto, pode ser que agora alguma mudança real rumo ao desenvolvimento realmente aconteça.
Digo isso baseado na onda de mobilização que tomou as ruas da nação há mais de dez dias e já provocou pequenas mudanças e melhorias em alguns sentidos como sabemos.

Agora, sim, o país está começando a se desenvolver e Deus dê força para que se desenvolva mesmo como nação democrática que luta pelos seus direitos contra os usurpadores e aproveitadores parasitas que têm oprimido principalmente os mais pobres desde sempre e continuam a fazê-lo se aproveitando da passividade covarde da nação brasileira.

O Brasil, como nação democrática, é um bebê que começa a engatinhar.
Deus o abençoe a conseguir se levantar e andar.
Que assim seja em nome do Senhor Jesus!
Que Deus conceda energia e sabedoria ao povo para ir até o fim e ver melhorias aliviadoras tomarem conta desse país que é muito rico, mas que ainda não aprendeu a cuidar de seu próprio povo.

Sabemos que ideiais não serão totalmente alcançados, mas também acreditamos que através de muita luta melhorias podem acontecer. Deus queira que sim e nos ajude a lutar até o fim.

O Brasil pode melhorar, todos sabemos.
Tomara que seja agora, o mais rápido possível, porque o clamor dos oprimidos é grande em muitos lugares e cantos dessa nação.

sábado, 22 de junho de 2013

O EVANGELHO MUDA NOSSO OLHAR

"Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso"
Jesus

Dias atrás eu me encontrava muito triste por causa de algumas dificuldades que estou enfrentando: solidão (moro totalmente sozinho e recebo pouquíssimas visitas), desemprego (há 4 meses saí do trabalho e não consegui mais uma nova oportunidade), distância da família e maioria dos amigos (estou em uma cidade e estado que não são os meus natais, há mais de 1000 Km de minha família), entre outros detalhes que também trazem um pouco de peso a essa atual situação.

Me deprimi porque concentrei fixamente o olhar, isto é, a atenção nessas "faltas" que possuo atualmente.

Entretanto, há poucos dias comecei a mudar o olhar e a perspectiva e encontrei motivos para agradecer a Deus apesar dessas aflições que sofro. Um desses motivos é o fato de eu estar sendo sustentado pelo Senhor (através de família e amigos) de um modo que nada material me falta: nem casa, nem comida, nem roupa e comparado a escassez que muitos outros seres humanos viveram e vivem, na verdade, tenho até certo conforto, principalmente levando em consideração que não estou trabalhando no momento.

Algumas pessoas possuem o que tenho mas com muito suor do próprio rosto.
Eu, entretanto, no momento, apesar de não exercer nenhuma atividade que produza renda, estou suprido de tudo o que essencialmente  e materialmente preciso.

Essa percepção me fez enxergar a graça de Deus, visto que é graça mesmo, já que eu não trabalho para ganhar o que ganho, apenas recebo como dádiva graciosa de pessoas que estão me ajudando. A graça de Deus é maravilhosa e quebra regras estabelecidas a milênios. No meu caso a regra de trabalhar para se sustentar e conseguir o pão do suor do próprio rosto, isto é, pelo esforço realizado pelo próprio trabalho.

Percebeu como a mudança de olhar transforma nossa tristeza em alegria?
Foi exatamente isso o que aconteceu comigo esses dias atrás.

Essa é a mudança de olhar a qual Jesus se referiu.
Essa mudança de olhar é mudança de perspectiva, de enxergamento, de ângulo pelo qual se observa e se constata as realidades da vida.
Mudei o ângulo e a tristeza se transformou em alegria pela constatação que a graça de Deus está operando em meu favor para meu bem no momento.

Creio que podemos vencer toda aflição, por pior que seja, apenas exercitando esse princípio.
Todo mal traz consigo algum bem, ainda que seja um bem que só você intimamente enxergue.

Essa mudança de perspectiva não resolveu objetivamente meus problemas, mas resolveu subjetivamente, no meu coração, na minha alma, no meu espírito que agora está menos triste e mais esperançoso.

Continuo morando sozinho, desempregado e longe de minha família e amigos.
Entretanto, também continuo comendo, bebendo, vestindo, habitando a graça de Deus todos os dias.

"Obrigado meu Deus por mudares minha percepção. Que sempre seja assim para que eu sempre tenha consolo que vem da Tua Palavra e também que seja assim para quem estiver lendo esse texto agora. Amém!"

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A ÚNICA RELIGIÃO QUE DEUS ACEITA

"A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo"
Tiago, apóstolo de Jesus, a irmãos religiosos de sua época

É difícil até comentar esse texto de tão claro e óbvio que ele é.
Mas mesmo assim vou tentar.

Tiago escreve a religiosos que estavam acostumados a sua rotina de cerimônias, leituras, cânticos, enfim, todo tipo de prática religiosa comum a qualquer sistema religioso de qualquer época e lugar. É importante também lembrar que o próprio Tiago era um homem de origem religiosa, mas que encontrou Jesus no meio do caminho e foi abandonando, mesmo que com dificuldades, a casta religiosa que recebera como herança de sua família e sociedade.

Dois verbos são essenciais para nós aqui.

O primeiro é o "visitar" em referência aos órfãos e viúvas.
"Visitar" significa socorrer todos os necessitados (não somente órfãos e viúvas) que aparecerem em nosso caminho com necessidades reais e nos encontrem com possibilidades de ajuda. "Tribulações" significa nos momentos em que eles mais precisarem de nossa ajuda, nas crises, nas situações mais delicadas em que a vida os colocar e nós soubermos e pudermos ajudar de alguma maneira. Significa não se omitir diante de pessoas reais com necessidades sérias que cruzem o nosso caminho. Não significa, necessariamente, se tornar um "misssionário" de tempo integral para os necessitados, principalmente se você tem outras responsabilidades como trabalho para se sustentar e cuidado para com familiares, por exemplo. Também não significa crer que você pode acabar com a pobreza ou com as injustiças, pois sabemos que tanto uma quanto outra sempre existirão. É fazer o que dá, quando dá, como dá, para o bem do outro. "Visitar" é não se omitir diante do poder de ajudar o próximo.

O segundo verbo é o "guardar-se" em referência ás contaminações que o mundo pode trazer ao espírito.
É necessário aqui lembrar que "mundo" não é o que a religião diz que é. Para a religião mundo é geografia e comportamentos, entretanto, para Jesus "mundo" é um sistema mental e espiritual contrário aos princípios de sua Palavra. "Mundo" não é simplesmente "não fumar, não beber, não dançar, nem transar fora do casamento". Tal pensamento é um reducionismo tremendo acerca do verdadeiro significado do conceito de "mundo" nocivo ao discípulo de Jesus. "Mundo" é a forma de pensar contrária aos pensamentos de Deus revelados e que gera morte ao invés de vida espiritual para nós. Portanto, guardar-se para não se contaminar é vigiar sempre a mente, a alma e o espírito para saber se você não está contrariando o Evangelho de Deus na sua forma de pensar, sentir, enxergar e discernir a vida. É andar no mundo como qualquer ser humano, sem evitar certos lugares ou até comportamentos e práticas, mas com a consciência do significado de todas as coisas e também do limite saudável e real que existe para nossa alma e espírito que pode provar de tudo desde que seja com moderação e que gere vida para nós.

É interessante como a religião é infantil!

Eles ainda crêem que Deus está a procura de gente para ficar freqüentando templos, discursando e ouvindo discursos, cantarolando e realizando outras programações parecidas e igualmente infantis. E esse fato piora quando os ajuntamentos solenes, os discursos e os cânticos estão associados a mais terrível hipocrisia, uma dissociação completa do senso de realidade da vida.

Deus não quer templo!
Nem discursos!
Nem cânticos!
Muito menos cerimônias hipócritas!

Deus quer misericórdia!
Amor!
Verdade!
Serviço ao próximo que gere vida tanto para quem faz quanto para quem recebe!

Até quando ficaremos andando na contramão do que Deus chama de vida?

quinta-feira, 6 de junho de 2013

UM SEGREDO PARA CONSEGUIR AMAR O PRÓXIMO

"E o Verbo se fez carne e tabernaculou entre nós...não para nos julgar, mas para nos salvar"
Palavras do apóstolo João em seu livro evangélico

Só conseguiremos algum resultado em favor do nosso próximo, seja ele quem fôr, se adentrarmos seu mundo.

A maioria das pessoas só ouve quem de alguma maneira entrou em seu mundo, pisou o seu chão, calçou suas sandálias e observou o mundo através de sua perspectiva.

Resolvi escrever sobre esse assunto porque ouço muitas pessoas repetirem exaustivamente o essencial princípio de amor ao próximo. Entretanto, percebo que muitos, talvez a maioria, não sabe como praticar esse amor ao próximo, até porque cada próximo é um ser diferente do outro e cada ambiente e situação também. Para conseguir amar alguém com a qualidade de amor que esse alguém precisa e deseja receber nós necessitamos dessa introdução ao mundo alheio.

Então, obviamente, vêm algumas perguntas-chave a nossa mente:
"Como conseguiremos amar nosso próximo?
Que tipo de amor cada próximo precisa?
Como dar? O que dar? Quando dar?
O que reter? Como reter? Quando reter?
Como discernir meu próximo para conseguir amá-lo de uma maneira significativa para ele?"

Jesus nos ensina esse princípio e nos responde algumas perguntas.

Em primeiro lugar, ele mostra que para adentrar o mundo do nosso próximo é necessário renunciar, ainda que parcial e temporariamente, nosso próprio universo. Ele fez isso quando desceu do céu até esse planeta cheio de desamor e mentira. Em Filipenses está descrito de uma maneira simples e ao mesmo tempo completa os detalhes dessa renúncia:

"pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz".

Esse processo de esvaziamento é essencial para conseguirmos algum sucesso na entrada ao mundo do nosso próximo. Se nós não nos despirmos de boa parte de nossas convicções ou perspectivas da vida não teremos sucesso ao empreitar tal jornada. Sucumbiremos no meio do caminho. Será um fracasso nossa investida. Contudo, se fizermos uma "faxina" em nosso ser, ainda que seja temporária, essa limpeza será muito útil e contribuirá para alcançarmos resultados de identificação com o outro.

Tive uma experiência que serve como ilustração dessa verdade acima dita. Aconteceu quando abandonei o sistema religioso e meu cargo de reverendo de uma instituição religiosa histórica sesquicentenária. Nessa saída ficaram para trás minha mulher, meu bom salário, status, glória, segurança institucional, apoio de muitas pessoas que se admiravam da personagem encarnada por mim até então. Precisei me esvaziar, aliás, até hoje continuo precisando porque ás vezes o espírito de reverendo volta a atacar e só Deus me livra dele.

Em segundo lugar, para entrar no mundo do próximo é preciso adentrar seu ambiente, seu território, sua geografia, sua maneira de enxergar a vida, sua perspectiva de olhar sobre o mundo, o ângulo pelo qual ele enxerga a existência. Jesus também fez isso. Ele nasceu como humano, viveu como humano, experimentou todas as experiências comuns a todos os seres humanos, pois teve corpo de homem. Está escrito que ele "...se fez carne e habitou entre nós". Possuiu nossos ossos, nossos músculos, nossa pele, nossos órgãos; pisou nosso chão, respirou nossos ar, suou, urinou, defecou, teve dores, cansaço, fome, sede, sono, envelheceu e enfraqueceu embora não tenha experimentado tanto essa realidade da senilidade visto que morreu aos 33 anos, mas sentiu sim um pouco do desgaste físico natural que o corpo sente ao decorrer dos anos.

Só entraremos mesmo no mundo do nosso próximo se caminharmos junto com ele.
Morarmos na sua casa, conhecermos seu bairro, sua cidade, sua origem; comermos sua comida, acordarmos em seu horário, executarmos as tarefas diárias que ele executa, recebermos seu salário, etc.

Me lembrei agora do testemunho que consegui dar do Evangelho a alguns jovens meses atrás. Eram meus companheiros de trabalho numa empresa prestadora de serviços de call center. Eu passava por um período de muita necessidade financeira e por isso aceitei o trabalho mesmo sendo uma atividade muito estranha para mim e um salário muito baixo. Na convivência com os companheiros de trabalho percebi que logo quando descobriram minha vocação e história como pastor ficaram admirados de me ver trabalhando ao lado deles, visto que a maioiria dos pastores de nossa época não se submeteria a um tipo de trabalho como esse com remuneração baixíssima, pois a maioiria tem um ser ganancioso e cobiçoso além de preguiçoso, principalmente os adeptos da teologia da prosperidade. Assim, dei um testemunho que nenhum outro deu a eles, porque os outros só falam de cima de seus púlpitos, vestidos com seus ternos finos, com microfone na mão e vivem perambulando pela cidade em seus carros caros. Pela graça de Deus dei um bom testemunho e falei ao coração daqueles jovens naquele tempo.

Em terceiro lugar, o objetivo dessa entrada precisa ser nobre, bom, para contribuir, salvar e não para reparar imperfeições e emitir juízos e condenações a alma do próximo. Ás vezes entramos para arrebentar quem já está no chão, para esmagar a cana que já se encontra quebrada, como ensina o profeta antigo a respeito do que Jesus não fez conosco. Jesus veio para uma humanidade perdida e arrebentada com o propósito de salvação, recuperação, restauração, recomeço, restart. Diz o apóstolo a respeito dele que "...Deus enviou o seu filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele". Ele não veio para condenar, mas para oferecer perdão e dizer que Deus já nos perdoou desde antes de nós nascermos quando o Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo.

Só alcançaremos o coração do nosso próximo se entrarmos para ajudar com amor e não para oprimir a alma de quem já está sobrecarregado com as angústias desse tempo terrível. É melhor nem entrar do que entrar para oprimir, sobrecarregar, emitir juízos condenatórios. Se não tivermos amor e esse objetivo bem definido em nossa consciência ajudamos mais nos omitindo.

Em quarto lugar, quem se dispõe a tal tarefa precisa ter a consciência de que será aceito por uns, mas rejeitado por outros. Nunca haverá unanimidade. Com Jesus foi assim e com quem se dispor a ser seu discípulo e consequentemente a entrar no mundo alheio dos outros também pode se preparar para rejeições. Esse é o caminho dos apóstolos e profetas e não mudará por minha nem por sua causa, pois a natureza humana continua a mesma visto que a alma e o espírito humano não se modernizam, não perdem suas primitividades básicas de ser e existir. Uns aceitam outros não. Uns amam, outros odeiam.
É assim que é porque assim sempre foi e assim sempre será:

"Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos e testifica o que tem visto e ouvido; contudo, ninguém aceita o seu testemunho. Quem, todavia, lhe aceita o testemunho, por sua vez testifica que Deus é verdadeiro".

Em quinto e último lugar, para entrar de verdade no mundo alheio atingindo significativamente a alma do outro é necessário ousadia. Só com ousadia entraremos de verdade no mundo das pessoas. É preciso intrepidez, cara de pau, correr o risco de ser rejeitado e jogado para o lado de fora de novo. Se não agirmos assim, principalmente nos casos de pessoas bem fechadas, não conseguiremos adentrar o mundo delas. Como alguns dizem, nessa hora, precisamos "Passar óleo de Peroba em nossa cara de pau e ir...". Com medo, mas com mais coragem do que receio.

A ousadia abre as portas de seres trancafiados por inúmeros motivos!

Jesus era ousado e muitas vezes entrou sem medo na intimidade de pessoas para produzir algo de bom dentro delas, uma mudança de dentro para fora.

Será que temos disposição para fazer tal jornada?
Será que temos humildade para sairmos de nosso mundinho confortável e ajudar alguém?
Será que vencemos a preguiça para mudar alguns hábitos em favor do outro?
Será que temos força para sermos rejeitados por alguns e talvez até pela maioria?
Será que temos coragem para correr o risco de passarmos constrangimentos para salvar alguém?

Que Deus nos dê disposição para tal empreitada.
Em nome de Jesus.
Amém!!!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

VOCÊ É QUENTE, FRIO OU MORNO?

"Quem dera fosses quente ou frio! Assim, pois, porque não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca..."
Jesus, aos irmãos da igreja na cidade de Laodicéia, no século I

Parece que Deus não gosta de gente em cima do muro...

Digo isso porque a figura de linguagem usada por Jesus para descrever o estado espiritual das pessoas da igreja na cidade de Laodicéia é esse da temperatura. Os três estados básicos da temperatura aplicados a alma e ao espírito humano.

Podemos dizer que os frios são as pessoas não religiosas que não se interessam muito por assuntos espirituais; já os quentes são as pessoas que se interessam muito pelos assuntos espirituais, conhecidas como religiosas, que levam seu credo a sério, ás vezes a sério até demais.

E aqueles classificados como "mornos"?
Quem será que são?

Parece óbvio embora não esteja dito nem escrito isso aí no texto do Apocalipse que as pessoas classificadas como de espírito "morno" são aquelas que não se encaixam em nenhum dos dois grupos acima citados, isto é, não são nem muito religiosos nem desinteressados por assuntos espirituais. É um tipo de pessoa que se interessa um pouco por religião ou por assuntos espirituais, mas nunca se envolve; as vezes parece estar, mas não está; outras vezes parece bem longe, mas está se aproximando para ver no que vai dar.

Podemos dizer que esses seres de espírito "morno" são também aqueles que costumamos dizer que estão "em cima do muro", isto é, indecisos, têm muito medo de tomar partido, de fazer confissões, vivem cheios de dúvidas acerca de tudo e mesmo que tenham algumas confissões a covardia as faz retroceder. Sim, "mornos" são covardes; "mornos" são pessoas inconstantes; "mornos" são pessoas manipuláveis, que mudam de opinião mais do que deveriam; que não se firmam em nada ou talvez em "tudo", o que significa a mesma coisa.

Como aprendi ha tempos atrás, o "muro" tem dono e seu dono é o diabo.
Essa convicção faz todo o sentido.
Deus não aceita o muro porque na verdade o "muro-morno"-"morno-muro" não existe, ele é apenas uma camuflagem para covardes se esconderem e não mostrarem de fato de que lado estão.

Podemos dizer também que quem é "morno" possa ser aquele chamado "homem carnal" pelo apóstolo Paulo. Quem é o tal "homem carnal"? O "homem carnal" segundo nosso sábio irmão Paulo é aquele indivíduo que não é mais natural, pois já conheceu um pouco do Evangelho e provou das alegrias do reino, mas ao mesmo tempo ainda não mergulhou de cabeça para seguir a Jesus com radicalidade e se tornar, nas palavras de Paulo, um "homem espiritual". Portanto, o espírito "morno" daqui de Apocalipse também é o espírito "carnal" de Coríntios.

A pergunta a ser feita, então, a todos nós é: "Quem somos?"

Naturais, Carnais ou Espirituais?
Frios, Mornos ou Quentes?

Eu posso me arriscar a dizer quem eu acredito que eu seja, mas só você pode falar a respeito de si mesmo e só Deus pode dizer com propriedade quem nós realmente somos. Entretanto, a Palavra e o Espírito nos mostram o perfil de cada um deles e através de uma análise humilde e quebrantada podemos chegar a alguma conclusão.

O importante é saber que Deus se sente enojado a respeito da indecisão.
Deus sente náuseas espirituais ao olhar para seres hipócritas como os "mornos-muro-carnais".
Deus sente menos pesar ao comtemplar os "frios-naturais", pois estes, ainda que não se interessem pela religião e por assuntos espirituais, pelo menos são mais sinceros que os anteriores e Deus prefere a verdade de um coração sincero, ainda que seja horrível do que a mentira de uma máscara posta para tentar enganar a si mesmo e o seu próximo.

Quem somos nós?
É melhor escolher um lado porque o muro já tem dono.

Quem é você?
É melhor se decidir porque diante de Deus as máscaras nada escondem.

A EXCEÇÃO QUE VIROU REGRA

"...entretanto, não foi assim desde o princípio..."
Jesus, sobre o significado do divórcio e do casamento, aos religiosos de sua época, que queriam justificativas para seus divórcios por motivos banais

"Você está solteiro?"
Pergunta comum entre as pessoas de nossa sociedade no momento

Observando uma pergunta comum que ecoa todos os dias em nossa sociedade, o "tá solteiro?", comecei a refletir em seu significado. Percebi que esse "tá solteiro" significa uma banalização do casamento e do divórcio. Nossa geração é uma geração que banaliza muito tanto a união quanto a desunião. As separações entre os casais hoje se tornaram tão ou até mais comuns que as uniões. Em algumas escolas percebe-se que a maioria das crianças ou adolescentes têm pais separados, no segundo, terceiro ou outros números de relacionamentos. Em alguns colégios se tornou surpreendente ser filho de pais que nunca se separaram ou que voltaram atrás e contiuam juntos.

Terrível!
Somos maus e adúlteros!
O diagnóstico que Jesus deu a sociedade de sua época cabe a nós perfeitamente.

O "tá solteiro" me incomodou porque significa uma mudança terrível de valores. Antigamente perguntava-se "Você é solteiro?" ou "Você é casado?". O verbo era outro, era o verbo "ser" porque as pessoas se separavam menos e eram mais comuns uniões até que a morte os separasse. Hoje o verbo é "estar" significando uma rotatividade imensa de parceiros. Meu objetivo aqui não é moralizar o assunto, visto que quem me conhece sabe que eu não creio em moral, mas apenas trazer um alerta á consciência cauterizada de uma sociedade má e adúltera como a nossa. Quem me conhece também sabe que sou separado, infelizmente, e não me alegro e me orgulho nada disso e também não estimulo ninguém a fazê-lo, porque Jesus ensina que a separação de um casal é fruto da dureza dos corações, apenas isso. Portanto, antes que alguém diga: "Olha só quem está falando..." se referindo a mim com ares de moralidade, saiba que a repreensão que faço aqui nesse artigo também é para mim, eu mesmo me disciplino agora aqui diante da Palavra de Jesus e do Espírito Santo que a confirma. Também faço parte dessa geração má e adúltera por isso também sou mau e adúltero embora nunca tenha tido outra mulher que não fosse minha ex, nem antes dela nem depois. Contudo, pretendo ter e pelo espírito da lei, sou adúltero pelo fato de cobiçar outras mulheres e também continuarei sendo quando tiver minha segunda mulher no futuro, o que provavelmente acontecerá. Se quiser entender melhor essas últimas palavras leia o artigo denominado "Todos somos adúlteros" nesse mesmo blog.

Voltando ao assunto inicial, é óbvio que a exceção virou regra.

Qual é a regra?
Casar e permanecer casado até que a morte nos separe, pois foi assim que Deus instituiu para nosso bem.

Qual é a exceção?
O divórcio, a separação como prevenção para evitar-se males maiores ou falta de amor crônica.

Entretanto, nós, carnalmente, terrivelmente, transformamos a exceção em regra.
Sim, a regra virou exceção e a exceção se tornou regra.

Terrível!
Diabólico!
Somos muito maus!

O "tá solteiro" é a expressão que manifesta nossa maldade no que diz respeito a relacionamentos conjugais.
O "tá casado" também é irmão gêmeo do "tá solteiro" e igualmente danoso e venenoso.

Só a Graça de Deus para restaurar o que matamos.
Só a misericórdia do Altíssimo para nos ressuscitar e trazer a vida novamente.

Que Deus nos salve de nós mesmos para que a exceção volte a ser o que sempre foi e a regra também.
Em nome de Jesus amém!


quinta-feira, 23 de maio de 2013

TODOS SOMOS IGUAIS PERANTE DEUS

"...não há distinção entre judeus e gregos...porque Deus não discrimina as pessoas"
Paulo, apóstolo de Jesus, nosso irmão

Relendo um trecho conhecido da Escritura, na carta de Paulo aos Romanos, no início, lembrei-me de uma verdade maravilhosa a respeito do Evangelho.

A verdade é que Deus não discrimina as pessoas!
Ele as considera iguais!
Sejam elas religiosas ou não.

Paulo escreveu a um grupo de pessoas religiosas que estavam cheias de arrogância e presunção em relação aos não religiosos de sua época. Além de arrogância e presunção também estavam repletos de hipocrisia visto que vivam condenando os não religiosos em relação ao seu estilo de vida mais solto e desregrado enquanto muitos deles também praticavam as mesmas coisas com a única diferença de serem ás escondidas. Por isso, Paulo "senta o cacete" neles, visto que arrogância, presunção e hipocrisia enojaram o apóstolo naquela altura do campeonato quando ele já havia visitado o terceiro céu e estava mais para lá do que para cá.

Os religiosos naquele caso eram os judeus e os não religiosos ou menos religiosos eram os gregos.

Hoje, podemos com toda convicção aplicar o mesmo princípio que Paulo ensinou apenas mudando o nome dos grupos. Ao invés de "judeus" e "gregos" podemos trocar os nomes por "religiosos" e "não-religiosos" ou "pouco religiosos". Sim, os judeus reresentavam naquele instante da história um grupo religioso e os gregos um grupo de gente normal, da vida, sem religião ou com pouco envolvimento religioso nos grupos de sua época.

Maravilhosa essa verdade e esse princípio do Evangelho!
É uma verdade que liberta!
Todos somos iguais!
Deus nos vê de maneira equivalente sejamos nós seres religiosos ou não!

Disso sabemos na teoria, agora vai tentar encarnar essa verdade...
Você se tornará um revolucionário se transcender a preguiça do discurso para a atividade que gera prática de amor para com todos os homens sejam eles religiosos ou não.

Que grande Deus é esse?
De onde vem tanto amor?
Que graça maravilhosa!?

Você compreende a profundidade e significância do que acabei de lhe dizer?

Espero que sim...

domingo, 19 de maio de 2013

O CUMPRIMENTO DE DUAS PROFECIAS

"...o saber se multiplicará...o amor se esfriará"

Dias atrás, assistindo a um programa de televisão, uma mulher disse que as crianças de nossos dias, já há alguns anos, e agora num ritmo mais acelerado, desenvolvem-se mais rápido mentalmente por causa da quantidade de informações disponíveis e também da facilidade de acesso a elas. Uma criança de 5 anos hoje possui muito mais informações a respeito de muitos assuntos diferentemente de crianças da mesma idade que viveram sua infância há 20, 30 ou 40 anos atrás.

Meu filho de 5 anos hoje possui mais informações que eu possuía há 25 anos atrás bem como eu também há 25 anos atrás possuía mais informações que minha mãe possuía há 60 anos atrás quando ela tinha 5 anos de idade.

Essa realidade tem relação clara com o cumprimento da profecia das Escrituras Sagradas acerca do aumento do saber: "...o saber se multiplicará...". Está escrito na Escritura e se cumprindo num ritmo cada vez mais rápido a medida que as gerações chegam e se vão. O conhecimento aumentou; a ciência se multiplicou; os homens de hoje possuem quantidade e mais acessibilidade á informação se comparados a seus pais ou avós salvo raras excessões.

Entretanto, qual o proveito desse aumento de conhecimento?
Qual resultado positivo veio desse acúmulo?
Será que essa quantidade de informações nos transformou em seres humanos mais humanos?
Será que amamos mais uns aos outros do que amaram gerações anteriores?

Infelizmente o que vejo crescer junto com o conhecimento ou o acesso a informação é a frieza.

Parece que uma realidade está relacionada e intrinsicamente ligada a outra.

Parece que quanto mais informação temos e mais fácil se torna o acesso ao conhecimento mais frios nos tornamos. O que dá a impressão é que outra profecia da Escritura também está se cumprindo: a do esfriamento do amor. Enquanto o conhecimento aumenta, o amor diminui. Será que estou exagerando ou você concorda comigo? Será que estou sendo radical ou apenas detectando o óbvio?

Eu creio estar me referindo ao óbvio.
Mais óbvio que a obviedade.
As duas profecias estão se cumprindo ao mesmo tempo.
Vejo frieza na maioria dos corações, inclusive no meu, pois sou um ser dessa época.
Me incluo nessa bagaça.

Percebo uma geração arrogante, presunçosa, fraca de corpo e de mente, fútil, superficial, preguiçosa, etc.
Mas, acima de tudo, uma geração fria, muito fria, geladíssima, glacial.
Somos uma geração fria!
Robótica, tecnologizada, terrível, egoísta, ensimesmada, morna como Laodicéia.

Será que eu e você temos disposição para esquentarmos o mundo?
Será que temos coragem para soprar a pequena chama que ainda persiste dentro de nós até que se torne uma fogueira que aqueça outros ao nosso redor?
Será que temos vontade?
Será que dá para levantar essa bunda gorda preguiçosa do sofá?
Será que dá para abandonar o controle remoto por alguns instantes?
Será que existe disposição para sair do Face e mostrar a face?

sábado, 11 de maio de 2013

A PEDAGOGIA DA CONSEQÜÊNCIA
X
A PEDAGOGIA DA PROIBIÇÃO

"Ensina a criança no caminho em que deve andar..."
Sabedoria registrada em Provérbios de Salomão, Antigo Testamento

Estou testando um maneira de educar meu filho que acredito estar dando certo, surtindo um efeito positivo, pelo menos por enquanto. Substituí a tão comum e utilizada "Pedagogia da Proibição" pela "Pedagogia da Conseqüência", essa segunda foi inventada e batizada por mim. Quer dizer, alguém já deve ter pensado e escrito sobre isso, mas como nunca li nem ouvi a respeito, então, para mim ela é inédita, pelo menos com esse nome e esse significado.

O que é Pedagogia da Conseqüência?

É simplesmente ensinar a criança as conseqüências de suas atitudes e omissões.
É dizer: "Se você fizer isso, acontecerá aquilo. Deseja continuar?"
Ou: "Se você não fizer isso, o resultado será ou deixará de ser esse. Tem certeza que vai arriscar?".
Mais ou menos isso ou o que a isso se assemelhar.
É uma tentativa de incutir na mente da criança o fato inequìvoco da existência de que todas as suas ações e omissões produzem conseqüências e ele, como ser humano, precisa estar ciente do que encontrará pelo caminho e com o que deverá provavelmente lidar caso decida escolher os caminhos que quiser.

E creio que esse tipo de Pedagogia é muito mais saudável e realista do que a "Pedagogia da Proibição".

Você sabe o que é a Pedagogia da Proibição?

É aquela velha formar de tentar ensinar apenas proibindo.
É o velho "Não pode" sem explicações adjacentes, modelo esse que sempre produz interrogações na mente da criança que geralmente só obedece por um medo cego daquilo que o pai está dizendo que é mau, mas ela mesma não entende nada, pois nada ou pouco lhe é explicado a respeito dos motivos de "não se poder". Daí o costume das crianças de perguntar "Por que?" repetidas vezes. Esse porque é uma necessidade de explicação que elas têm. É um questionamento que deve ser sempre ou na maioria das vezes respondido pelos adultos. Acontece que, na maioria das vezes, nós adultos não respondemos os "Por quês" das crianças. Ou porque não sabemos as respostas ou porque não temos paciência para pensar ou ainda porque consideramos uma insistência provocativa em curso por parte da criança. Embora ás vezes as crianças espertamente provoquem mesmo, contudo, na maioria das vezes, elas querem apenas uma explicação lógica e que faça sentido ao seu raciocínio.

Tenho percebido, na troca de uma pedagogia pela outra, na educação de meu filho, que a Pedagogia da Conseqüência funciona e instrui muito mais do que a Pedagogia da Proibição. Essa primeira é bem mais completa satisfazendo a necessidade que os pais têm de ensinar bem como também a necessidade que os filhos têm de entender o universo ao qual estão sendo inseridos agora.

A Pedagogia da Proibição é fruto de burrice e preguiça.
O único resultado que ela produz é uma obediência cega geralmente motivada por medo.

Já a Pedagogia da Conseqüência gera uma obediência mais consciente.
Contudo, obviamente, ela é mais trabalhosa e exige mais paciência e dedicação dos pais.

Qual é a Pedagogia que você usa para ensinar seu filho?

A Sabedoria diz que educar é ensinar de maneira que quem quer educar tem que produzir algum resultado de aprendizado no filho. A criança tem que entender algo. Se você só manda burramente e ela obedece cegamente, então, não há nem educação nem aprendizado.

Você está disposto a experimentar essa Pedagogia?
Então, experimente.
Ela funciona, basta você se esforçar e os resultados aparecerão.
Desse modo cumpriremos nossa missão de pais transmitindo algum conhecimento para nossos filhos.

sábado, 4 de maio de 2013

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DE TRABALHO

"Do suor do teu rosto comerás..."
Deus, ao homem, no Éden, depois da Queda

Estou há dois meses sem trabalhar e essa realidade tem incomodado muitas pessoas, mais do que a mim. Sim, mais do que a mim porque eu sei que daqui há pouco eu voltarei a trabalhar e a gerar renda conforme manda a ordem do capitalismo, pois, para o sistema capitalista só é considerado trabalho a atividade que gera renda. posto que qualquer outro serviço, ainda que seja um cuidado especial de um ente querido doente ou o cuidado de um pai ou uma mãe com seus filhos, pelo fato de não gerar capital, para o capitalismo, não é trabalho. O capitalismo distorceu o real significado de trabalho. Afinal, o que é trabalho? Sabemos, desde sempre, que trabalho é a atividade exercida por um ser humano para garantir a subsistência física e mental de si mesmo bem como também daqueles que dependem dele e não podem trabalhar.

Sim, trabalho é isso, simplesmente isso. Nada mais que isso. O que passar disso vem do Capitalismo Selvagem Desumano, que não é praticado por todos, entretanto é aceito pela maioria.

Antigamente, uma mulher era respeitada e considerada "esforçada", "guerreira", "trabalhadora", "boa pra casá" se soubesse cuidar bem de uma casa, de um homem, de crianças e qualquer outra atividade que tenha relação com essa de cuidadora dos outros. Um homem, por sua vez, era considerado "bom", "bom partido", admirado entre os seus se trabalhasse com as próprias mãos e conseguisse gerar sustento mínimo para os seus. Geralmente, numa época em que a maioria da população brasileira vivia no campo, se ele conseguisse cuidar da terra, plantar e colher o necessário e/ou criar animais para seu sustento, era o suficiente para ser um homem digno da confiança dos pais para liberarem sua filha para ele.

A vida era muito mais simples, as pessoas mais fortes, tanto fisicamente quanto mentalmente.
Havia mais saúde tanto mental quanto física em alguns ambientes.
Sim, havia sim, embora alguém que me leia agora discorde do que digo porque julga que hoje nós somos seres evoluídos superiores aos nossos pais e avós.

Bobagem!
Ignorância!

Nossos pais e avós eram, em muitos aspectos, mais evoluídos do que nós!

Voltando ao assunto do trabalho, fica claro que nossa sociedade está muito perdida com relação a muitos temas e esse é apenas mais um deles.

Trabalho para os homens de hoje, num sentido geral sem generalizações, é movimento doido aluciante e nervoso. Você concorda comigo? Se fôr sincero concordará...

O que eu quero dizer é que não basta um homem e uma mulher terem um lugar digno para morar, uma comida digna para comer com simplicidade, roupas para vestir e saúde. Creia-me, não basta. Sei do que falo porque estão me importunando a respeito desse motivo no momento. Estou feliz da vida porque eu e os meus têm esse cuidado básico e esse sustento fundamental, mas as pessoas dizem que eu não posso estar feliz, que eu tenho que correr, me esforçar, ficar nervoso, produzir algo, gerar renda, ainda que não precise.

Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade, já disse o poeta.

Eu creio que trabalho é muito mais do que o Capitalismo diz que é.
Trabalho é muito mais que gerar renda.
Trabalho promove, de um jeito ou outro, o cuidado básico de si e daqueles pelos quais você é responsável, independentemente do modo como isso aconteça: se você planta e colhe, ou fica sentado num escritório com ar condicionado e ganha um salário no final do mês, ou é um músico que sai por aí fazendo apresentações, ou conserta aparelhos com defeito, ou fica em casa limpando, cozinhando e limpando bunda de criança, não importa.

Trabalho é toda atividade que gera vida mesmo que não gere renda.
E o Capitalismo Selvagem que vá para a Puta que o pariu...

O trabalho deve gerar para nós vida e não morte.
O escorrer do suor conforme disse nosso Pai Celeste no início deve gerar alimento.

Amém!
Assim seja!
Porque assim sempre foi.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O DISCÍPULO E OS DISCURSOS

"Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e os fariseus. Fazei tudo o que eles vos disserem, porém não os imiteis em suas obras porque dizem e não fazem; atam fardos pesados sobre os ombros dos homens, oprimindo-os com muitas obrigações, contudo eles não têm a mínima disposição de removê-los, isto é, não se levantam para nada vivendo apenas para mandar os outros realizarem aquilo que eles deveriam fazer".
Jesus, a seus discípulos, sobre o grande perigo dos discursos desassociados da prática

Você sabe qual é uma diferença essencial entre um discípulo de Jesus e um religioso?

Poderíamos listar várias ou a mesma diferença de ângulos e perspectivas diferentes, usando símbolos e vocabulários distintos. Sim, podemos e poderíamos. No entanto, agora, eu quero apenas ecoar o que Jesus já disse claramente que é uma diferença essencial entre a Religião e o Evangelho, entre a manifestação do ser religioso e a manifestação da vida do discípulo.

O problema da religião é o discurso hipócrita desassociado da realidade da vida.
Sempre foi assim e sempre será.
A religião é baseada em discurso que na maioria das vezes não é praticado nem por quem fala, nem por quem escuta. Então, tudo se transforma em uma mera Escolinha do Professor Raimundo piorada, pois a verdadeira não tem o proprósito de ensinar a ninguém sobre Deus, mas apenas divertir os homens com seus personagens e falas engraçadas. No final, é tudo apenas entretenimento.

Jesus alerta seus discípulos sobre o genuíno espírito da Religião.

Qual é o genuíno espírito da Religião?

O real espírito da Religião é o da tese, da teologia, da ciência, da fala, da hipocrisia, da arrogância de se fazer mestre de outros sem que se pratique aquilo que se propõe a ensinar. É como se eu, que não entendo praticamente nada de mecânica de carros, porque nunca abri um motor nem tentei consertar um, resolvesse, depois de ler um livro sobre Mecânica de Automóveis, abrir uma escola para mecânicos automotivos e prometesse que quem se matriculasse nessa escola, depois de longas aulas teóricas e discursos meus decorados de um livro, fosse conseguir consertar os problemas que um motor geralmente apresenta.

Pura hipocrisia!

Eu e quem comigo convive sabe que eu não entendo nada de mecânica e por isso não posso ensinar sobre algo a respeito de que eu não sei ou domine. Só desavisados crédulos se arriscariam a pagar seu dinheiro suado para aprender sobre um assunto com quem nada sabe sobre ele.

Jesus não condenou o discurso da Religião.
O discurso dela é lindo, bonito, correto, cientificamente comprovado.
Mas fica claro que Jesus reprovou a hipocrisia de um discurso que nada diz, de uma aula que nada ensina, ou que só vale para aquele que colocar a tese a prova e experimentá-la em seu dia a dia.

Jesus não era bom orador.
Não porque não tivesse capacidade intelectual ou diccional para isso, mas porque seu objetivo era viver e manifestar o Evangelho com pouco discurso. Ele só falava quando necessário. Provavelmente seus discursos eram curtos e objetivos. Talvez uma fala mais demorada de Jesus demorasse 10 minutos ou 15 e não era geralmente monólogo, mas conversação, pois ele também ouvia as pessoas e se interessava pela expressão do ser delas que vazava pelas palavras.

Paro por aqui.
Já discursei muito...
Levanta, toma o teu leito e anda, porque eu vou fazer o mesmo.

Bye.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O CENTRO DO SER

"Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz e mais penetrante do que uma espada de dois gumes; e penetra até ao ponto de dividir a alma do espírito; e está apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração"
Escritor aos Hebreus, Novo Testamento, Bíblia Sagrada

O encontro das águas do rio com o Mar forma um fenômeno extraordinário no rio Araguari, na Amazônia Brasileira: a Pororoca. A Pororoca é o conjunto de ondas formado pelo encontro dessas duas grandes forças da natureza. De um lado o rio tenta adentrar o mar; de outro lado o mar tenta impedir que o rio o invada. Uma das maiores redes de TV chinesa deslocou vários profissionais e muitos equipamentos de última geração apenas para registrar esse fenômeno extraordinário e transmití-lo ao vivo para o povo chinês do outro lado do planeta.

Igualmente fascinante é o fenômeno do encontro das águas do rio Negro e do rio Solimões, na Amazônia também. As águas escuras do Negro se chocam com as barrentas do Solimões e esse encontro forma o Gigante Amazonas. Explêndido! Fabuloso! Grandioso! Mais interessante ainda é que as águas embora se encontrem não se misturam muito. A mistura é apenas local, isto é, na geografia do encontro, pois no restante da extensão de cada um, fica nítida a separação pela cor específica das águas.

Mais fascinante que a Pororoca e o berço do Amazonas é o Centro do Ser Humano.
Sim, muito mais fascinante e interessantíssimo porque habita dentro de nós.
É invisível, mas real; é intocável, mas concreto; não se pode provar cientificamente ainda, mas com esforços futuros até a ciência há de ter uma explicação empírica para o fato.

O que é o centro do ser?

O centro do ser é o encontro da Alma com o Espírito.
É esse ponto descrito pelo escritor aos Hebreus como aquele que divide os dois.
O escritor não se preocupa em definir, até porque provavelmente ele mesmo nem soubesse fazê-lo. Entretanto, ele faz questão de se referir a ele como uma realidade concretamente abstrata.

O centro do ser existe embora não possamos definí-lo nem excrutinizá-lo.
Ele é embora não possamos esquadrinhá-lo.
No entanto, podemos observar as Pororocas geradas por ele e os Amazonas nascidos desse coito.

Mais importante ainda do que dizer que o Ser tem um Centro é mostrar que a Palavra de Deus é tão poderosa que acessa esse ponto invisível e toca profudamente o ser humano. Ela é semelhante a um instrumento cortante que tem o poder de adentrar o ser até o ponto mais central e profundo que se possa existir nele. A Palavra de Deus entra rasgando (no bom sentido do termo) e vai direto ao ponto da nossa essência. Por isso ela é poderosa e eficaz. Não se limita ás periferias, aos entornos, ás superfícies.

Ela penetra!
Ela entra!
Ela rasga!
Ela desvenda!
Ela atinge!
Ela acerta os alvos mais camuflados do Ser!
Ela cutuca o incutucável!
Ela destrava o coração mais trancafiado!

Ela é um instrumento poderosíssimo para a averiguação dos conteúdos da Alma, do espírito e do Ser em geral. Por isso ela "discerne", isto é, "diferencia" e "chama tudo pelo nome" sem muita sofisticação e sem medo de magoar quem quer que seja.

Quando a Palavra de Deus é crida, testemunhada, anunciada com verdade, corações são despedaçados para o próprio bem deles. É o martelo que esmiuça a dura pedra-penha do coração humano, quebrantando-o, amolecendo-o, sensibilizando-o, preparando-o para um banho de Amor e Graça derramados pelo Evangelho do Altíssimo aos seres humanos maus.

Você já foi rasgado pela Palavra?
Eu oro para que seja...
Hoje, amanhã e todos os dias que fôr necessário porque todos os dias é necessário que isso aconteça...

Que Deus te rasgue e divida nosso Ser hoje. Amém!