terça-feira, 22 de julho de 2014

PESSOAS E PERSONAS
"O amor tudo suporta"

Ontem eu e meu amigo estávamos conversando sobre um dos motivos que levaram determinada pessoa a se separar de outra. E juntos descobrimos, pela análise dos fatos, que esse motivo foi um culto á personalidade. Isto significa que certa pessoa casou-se com o outro apenas por causa de sua "persona", personalidade, título, salário, etc. Casou-se com a performance e não com a pessoa mesmo.

Essa realidade é muito comum.
Muitas pessoas estão unidas umas ás outras por esse motivo.
Mulheres estão juntas com certos homens porque eles são ricos, ou poderosos, ou famosos, ou fortes, ou possuem qualquer tipo de "status" que lhes causem admiração.
Isso também acontece com homens embora eu creia que geralmente aconteça mais com mulheres.

Entretanto, cedo ou tarde, a pessoa aparece e a personalidade mostra a real face.
Quando isso acontece, aquele que está fundamentando seu relacionamento -  geralmente de forma inconsciente - na persona e não na pessoa, leva um susto e esse susto provoca muitos problemas no relacionamento. Alguns sustos são tão grandes que levam mesmo até o final do relacionamento, ao divórcio, porque a pessoa não suporta a realidade, visto que a persona não é a realidade pura, somente a pessoa é de fato a realidade com  a qual se tem de lidar todos os dias.

A persona não peida, nem arrota, nem caga, nem grita, nem mostra suas humanidades mais básicas.
Já a pessoa mostra tudo, tudo o que é, suas doçuras e amarguras, suas belezas e feiúras, suas forças e fraquezas.

Por esse motivo que só o amor suporta a pessoa e quem se une a alguém apenas motivado pelo culto á persona logo a abandona em seu espírito porque a convivência mostra nossa verdadeira face ao outro e essa revelação é dura para quem vive na ilha da fantasia dos relacionamentos perfeitos.

Qual é o nível de nossos relacionamentos?
Será que nos relacionamos com pessoas ou personas?
Será que valorizamos o ser ou as performances?

Esse assunto é muito importante para todos nós nessa breve caminhada aqui nesse planeta.
A TEOLOGIA DO CHICÓ
Sobre a inexplicabilidade do ser e das obras do Altíssimo

Gosto daquele filme "Alto da Compadecida".
Por vários motivos.
Um deles é o personagem Chicó, interpretado pela ator Selton Melo.
E o que mais me alegra ao ver esse personagem em cena é sua famosa frase:
"Não sei, só sei que foi assim".

Ele solta essa frase após contar suas histórias e casos mirabolantes.
Ele conta, as pessoas ficam admiradas e ao mesmo tempo incrédulas e, geralmente, lhe fazem a seguinte pergunta: "Mas como isso pode acontecer? De que modo? Explique..."
Ele, então, responde: "Não sei, só sei que foi assim".

Gosto dessa frase e a chamei de "Teologia do Chicó" porque ela é muito boa e embora não pareça pode receber atribuição de variados conteúdos: filosóficos, teológicos, psicológicos e etc.

É de uma humildade muito grande!
Por esse motivo resolvi relacioná-la á fé para que ela seja uma explicação da inexplicabilidade do ser de Deus e dos seus caminhos na terra dos viventes.

Sou adepto da teologia do Chicó, não para contar casos geralmente mentirosos, mas para narrar as obras de Deus e as realidades do seu ser que são inintelígiveis aos sentidos puramente humanos e carnais.

Sim, porque, como diz sua Palavra, só se discernem as coisas espirituais por meio de coisas espirituais e não de um modo carnal, isto é, lógico, racional, humano.

Deus nos chama para sermos testemunhas-Chicó.
Isso significa que não fomos chamados para explicar muita coisa, mas para testemunhar aquilo que vimos, ouvimos e cremos ainda que não consigamos muitas vezes racionalizar esse conteúdos espirituais.

Não estou dizendo com isso que a fé é totalmente irracional. Apenas estou afirmando que para se compreender as coisas espirituais é preciso transcender a lógica, pois esse caminho puramente lógico é insuficiente para se obter a verdadeira revelação espiritual. Ou você se entrega a humildade de dizer "Não sei explicar, mas creio que é assim" ou você vai morrer tentando explicar o inexplicável e sistematizar o insistematizável, porque a revelação divina não é uma ciência humana domesticável, que se pode contar, calcular, etc. A revelação divina é grande demais, alta demais, muito profunda. Só a discernimos espiritualmente.

Por esse motivo, Deus nos chama a crer na sua Palavra ainda que muitas vezes teremos de ser Chicós que não sabem explicar muito bem porque crêem, mas sabem no fundo do seu ser que aquilo em que crÊem ou aquele em quem crÊem é real, e verdadeiro, e fiel e galardoador daqueles que o buscam de todo o seu coração.

Quem crê sabe porque crê ainda que não consiga explicar.
Quem não crê nunca entenderá ainda que se desenhe para ele.
A fé abre portas de entendimento que a razão não consegue compreender e nunca o fará porque é limitada enquanto a fé possui uma grandeza muito maior, um nível superior de alcance.

Você crê no que eu digo?
Quer ser discípulo também da teologia do Chicó?
Se quiser, então, venha comigo e vamos experimentar as loucuras doces de amor de Deus para nós.
Amém!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

CONSCIÊNCIA E IGNORÂNCIA

"Porque Deus não leva em conta os pecados anteriormente cometidos"
Em algum lugar da Escritura

Tenho notado que, apesar de, por um lado, não haver diferença entre pecados e pecados, isto é, todo pecado é igualmente mal e todo pecador é igualmente culpado pelos pecados que comete, no entanto, existe uma diferença de gravidade referente á pessoa daquele que pratica o pecado.

Essa diferença é a consciência e a ignorância.

Uma coisa é pecar por ignorância; outra é fazê-lo com absoluta consciência da realidade que se pratica.

As Escrituras dizem que Deus "pega leve" com quem peca debaixo de trevas espirituais, isto é, aquela pessoa que faz o que faz e deixa de fazer o que devia porque não recebeu a luz do Evangelho de Cristo em sua mente e coração. Para essa pessoa Ele olha com muito maior misericórdia porque sabe que a ignorância contribuiu muito para o cometimento daqueles pecados.

Entretanto, quando alguém já recebeu a luz do Evangelho de Cristo, a revelação da Palavra de Deus, e insiste em pecar naquilo a respeito do qual já está totalmente consciente de que é mal, então, Deus "pega-mais-pesado" visto que essa pessoa se torna "indesculpável", pois foi avisada a respeito das conseqüências de seus atos ou omissões, mas, por arrogância não levou a sério a advertência e insistiu na prática daquilo que era mal. Para estes a disciplina é mais severa, como ensina a própria Palavra, dizendo que Deus nos julga de acordo com a luz que recebemos.

A partir do momento que você foi esclarecido se torna responsável pela informação que recebeu e por esse motivo precisa saber que já não é um ignorante, um "sem-Lei", uma pessoa que vive em trevas espirituais e por isso pratica obras más. As obras más, praticadas com consciência, tornam o estado do ser ainda mais mal e o ser humano que assim vive torna-se praticamente um diabo, um ser irredimível. Porque o diabo é um ser assim: consciente do bem e do mal, mas que deliberadamente decidiu ser mal rejeitando o caminho bom que sempre lhe esteve disponível.

Quem é você?
Em que caminhos tem andado?
Provavelmente, se lê esse site, já é uma pessoa esclarecida a respeito da Palavra de Deus e por isso se torna indesculpável diante das escolhas conscientes que tem feito.
Saiba: você não é mais ignorante.
A luz lhe alcançou e por isso você tem condições de enxergar certas realidades com clareza.

Como tem vivido?
Como alguém que anda nas trevas ainda?
Você pode se converter agora dos maus caminhos conscientes que tem tomado.
Você não é um diabo, um ser irredimível.
A salvação está sempre ao seu dispor.

Deus o abençoe.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

MARCAS DO REINO DE DEUS EM NÓS

"E quem não se humilhar como essa criança jamais entrará no Reino dos Céus"
Jesus, a seus discípulos adultos e arrogantes

Dias atrás, no aniversário de meu filho Natã, um momento da festa me marcou muito, me chamou a atenção. Foi quando, na hora de abrir os presentes, que estavam todos em cima de uma grande mesa e que também foi um momento que parou a festa, reunindo vários convidados em volta da mesa, meu filho soltou algumas pérolas de sinceridade pura.

Primeiro, ao abrir certo presente, disse logo que não gostou, na cara de quem o havia dado; depois, ao abrir o restante, ficava claro, pela variação da empolgação, o que ele havia gostado mais ou menos. Quando eram roupas, pouca empolgação; quando eram brinquedos, muita alegria, principalmente se fossem bonecos de super-heróis.

Lembrei-me então, naquele momento e nos instantes subseqüentes, bem como também até dias depois, das palavras de Jesus com relação a seus discípulos, ás crianças e ao Reino de Deus. Jesus ensina para pessoas adultas que só entrarão em seu reino se se converterem á pureza da verdade que há nas crianças. E, um nome que essa pureza recebe é sinceridade. A sinceridade, que também pode ser chamada de verdade e/ou de realidade é uma das maiores purezas que existem no nosso ser. Por esse motivo, ela é agradável a Deus.

Os sinceros herdarão o Reino de Deus.

Entretanto, tenho percebido que, juntamente com a sinceridade, é preciso haver também um quebrantamento, uma humilhação verdadeira diante da realidade da vida. Essa conversão nos põe dentro do Reino de Deus e coloca o Reino de Deus dentro de nós. Apenas isso e nada mais do que isso. Bem afirma o salmo quando ensina: "O sacrifício agradável a Deus é um espírito quebrantado; um coração contrito e humilhado não será desprezado pelo Altíssimo". Esse é o sacrifício a ser derramado e não o sacrifício da hipocrisia, aquele esforço por esconder ou tentar camuflar a verdade do nosso ser. Por isso, Jesus condenou tanto a hipocrisia, porque ela é um esforço anti-natural, anti-vida e anti-Reino. Por esse motivo também Jesus falou que pessoas como, por exemplo, as prostitutas e os ladrões estão mais próximas do Reino dele do que religiosos duros e hipócritas.

Portanto, essas são duas marcas do reino de Deus em nós.
Sinceridade.
Quebrantamento.

Quem as tem já está dentro.
Quem não as possui ainda está fora.
Simples assim.
Amém!
Que todos nós a possuamos para nossa própria sorte.

OBS: A sinceridade humilha, por isso Jesus afirmou que as crianças são humildes.