segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A MORAL É UMA INVENÇÃO DA RELIGIÃO

Ontem estava conversando com certa pessoa e emiti um comentário acerca de uma terceira. Então, ela se virou para mim e disse: "Ele é mal mesmo, mas você também não tem moral para falar de dele". Eu respondi perguntando curioso: "Por que eu não tenho moral?" Ela desconversou e não quis responder-me.

Depois dessa conversa voltei a pensar nesse assunto no qual já pensei muito anteriormente e até já escrevi aqui nesse blog algum texto que não me recordo o título agora.

Bem, vamos lá, o que é a moral?
Parece-me que a moral é um conceito de virtuosidade instituída pela sociedade e principalmente pela religião acerca do comportamento humano. Ter moral é ter créditos observáveis aos sentidos concretos dos humanos tidos como "colunas" de exemplo da sociedade. Ter moral é cumprir com as obrigações instituídas pela sociedade ainda que essas obrigações matem o amor, a paz, a alegria e muitíssimas outras expressões maravilhosas do ser livre que ama a Deus de verdade.

Moral, no meu entendimento, e acredito que eu não esteja tão errado assim, é apenas capa, máscara, performance, hipocrisia, um esforço sobrehumano para aparentar ser quem não é ou para tentar ser perfeito e perfeitamente aceitável pela média suicida da sociedade má que nos rodeia.

A moral é uma merda!
Estou cagando e andando para a moral!

A moral não é fruto do Evangelho, mas da alma humana que produz máscaras e roupas cheias de vaidade para cubrir a nudez daquilo que só se cobre através do perdão que flui da cruz eterna levantada antes de haver mundo e também históricamente no gólgota há dois mil anos atrás.

A moral é o conjunto de peças de roupas que o primeiro casal fez para si tentando esconder do criador sua nudez. É a vergonha arrogante de quem acha que pode se maquiar ante aquele que nos enxerga todos os dias nus, pelados, com as genitálias da alma e do espírito expostas a todo instante e diante de quem não há atores nem atrizes pois a arte da representação é uma atividade sem sucesso no reino dos céus.

Todos nós somos imorais!
Por que?
Por que todos nós somos maus e em nós  habita toda sorte de maldade e capricho.
E digo mais: quanto mais moral alguém tente ser, mais depravado na verdade é, pois cultiva a mentira de existir numa falsidade constante e flagrante diante do Deus que tudo sabe e observa.

Deus não é moral!
Deus é bom e seus caminhos vida, amor, alegria e paz, mas não moral.

Cuidado com sua moralidade pois ela pode fazer você morrer engasgado de santa presunção!

O reino de Deus é constituído de gente imoral que se converte quebrantada aos caminhos de vida propostos pelo Evangelho da nossa salvação. Gente que ao invés de se esforçar para costurar suas próprias capas de justiça que cubram sua nudez permanente se entregam a providência eterna que o Cordeiro de Deus já conquistou para todos aqueles que o amam.

Amém!
Venham imorais, vamos nos alegrar juntos humildemente quebrantados e constrangidos pelo amor que flui da cruz eterna do Cordeiro Santo que tira o pecado do mundo. De todo o mundo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CONVERSÕES PSICOLÓGICAS

"Tu, pois, quando te converteres vai..."
Jesus, a Pedro, um discípulo que embora próximo fisicamente ainda estava longe espiritualmente

Tenho notado em nossos dias muitas conversões falsas que resolvi agora chamar de "psicológicas".

O que são, na minha opinião, essas conversões "psicológicas"?

Creio que essas pseudo-conversões são adesões superficiais ao Evangelho. São assentimentos intelectuais, emocionais, sentimentais, físicos e de outras naturezas carnais que não podem ser denominados de espirituais. É um tipo de conversão conveniente, ao discurso, ao grupo, ao mensageiro, ao carisma, as promessas de prosperidade, a simpatia de certas lideranças, ao local, a imagem, a instituição.

São falsas conversões.
São pseudo-conversões.
São fachadas.
São máscaras que são postas na face daquele que quer que os outros o vejam diferente.

Existem muitas falsas conversões.
Muitas mesmo. Me arrisco a dizer que a maioria das divulgadas conversões são dessa natureza em nossos dias como assim também foram desde sempre e sempre continuarão a ser.

Pedro andava lado a lado com Jesus, mas o Senhor sabia que ele ainda experimentara apenas uma conversão meramente psicológica, superficial, infantil e falsa, conforme expressou o Mestre nas palavras acima citadas.

Em nossos dias ainda, onde há uma extrema adesão a ciência da psicologia e da psicanálise, isso se torna muito mais comum de ser aceito. As pessoas que antes rejeitavam essas ciências por causa de sua ignorância intelectual, agora se foram para o pólo extremo da aceitação total. Percebo, por exemplo, nitidamente, pregadores que emitem mensagens puramente psicológicas, pois seus conteúdos possuem pouco ou nada de espiritualidade real e profunda conforme a verdade do Evangelho e do sopro do Espírito nos corações humanos.

Faz tempo que não encontram uma mensagem genuinamente espiritual!
Inspirada, soprada pelo Todo-Poderoso ao coração de um homem espiritual!

A igreja contemporânea é muito mais psicológica do que espiritual!

Poucos são os homens e os grupos que preservam genuína espiritualidade conforme o espírito do Evangelho e do Senhor Jesus.

Já conheci homens, mulheres, mensagens, movimentos, acontecimentos genuinamente espirituais.
Mas foram poucos, a minoria se comparado a massa de indução psicológica que varre as correntes religiosas pelo mundo agora.

Resta, então, perguntar-nos:

Será que somos convertidos verdadeiramente?
Será que nossa conversão é espiritual?
Será que estamos contaminados também por essas conversões psicológicas?
Será que o verdadeiro Evangelho entrou mesmo em nós rasgando o centro do ser?
Será que o Espírito soprou mesmo em nosso espírito uma profunda fé e um genuíno amor por Deus e pelos homens?

Sua conversão é psicológica ou espiritual?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

VOCÊ SABE QUEM É SEU PRÓXIMO?

Creio que fazemos confusão a respeito da realidade de quem é nosso próximo mesmo.
Basicamente seguimos dois extremos perigosos que não são a verdade a respeito de quem de fato é nosso próximo na vida.

Primeiro, cometemos o erro de omitir socorro a quem nos aparece pelo caminho.
É o caso daqueles religiosos da parábola de Jesus que omitiram socorro ao assaltado ferido a beira do caminho.
Segundo, é a busca ansiosa pelo próximo quando este não se apresenta naturalmente pela via dos ventos naturais da existência. Esse é o caso daquele que se enxerga "messias" do mundo, dos pobres, dos necessitados e se acha poderoso o suficiente para "resolver" a vida de muita gente. Geralemente essa pessoa bondadista está usando sua pseudo-preocupação com o outro para fugir do enfrentamento de realidades desconfortáveis de seu cotidiano.

Eu creio que nosso próximo seja, conforme Jesus mesmo ensinou, qualquer ser humano que cruze o nosso caminho trazido por circunstâncias não manipuláveis da vida e ao qual tenhamos condições de ajudar naquilo que lhe seja obviamente necessário.

Qualquer ser humano.
Que cruze nosso caminho.
Trazido pelos ventos não manipuláveis da existência.
Que nos encontre com possibilidade mínima de prestar-lhe socorro.
Que tenha uma necessidade real a ser suprida.

Portanto, nosso próximo está sempre entre os pólos da indiferença e da onipotência messiânica.

Meu próximo é um senhor que me parou ontem no meio da calçada pedindo ajuda para ajudá-lo a subir sua banca móvel de vender morangos.
Meu próximo é um velho meio surdo que me pediu uma informação no meio da rua e com o qual eu tive de ter paciência repetindo várias vezes a mesma frase até ele ouvir ou entender.
Meu próximo é meu filho que necessita de minha presença constante para ter um mínimo de referência masculina para crescer na vida.
Meu próximo é minha ex-mulher com quem embora eu não tenha mais uma relação de intimidade como antes preciso manter laços mínimos de fraternidade e honra em respeito ao ser humano que ela é.
Meu próximo são meus conhecidos com os quais convivo, mas também desconhecidos que cruzam meu caminho.
Meu próximo são colegas de trabalho com os quais convivo todos os dias e pelo menos por força da obrigação do contato contínuo começo a estabelecer um relacionamento de amizade.

Próximo é gente que a vida coloca no nosso caminho.
Próximo a gente não busca, próximo a gente encontra.
Próximo a gente naõ menospreza, mas estende a mão conforme nossas possibilidades.


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O TEMPERO DA VIDA

"Vós sois o sal da terra"
Jesus aos seus discípulos de todos os tempos

Antes de ontem pela manhã resolvi tomar café em uma padaria diferente próxima a minha casa. Geralmente faço o desjejum em outras padarias do centro da cidade porque há nelas mais qualidade e variedade, mas naquele dia, não me lembro o motivo, precisei comer ali por perto mesmo.

Infelizmente me encontrei com um pão de queijo sem gosto, sem sabor.
Não tinha nem sabor de pão, nem sabor de queijo, nada.
Você já comeu um pedaço de alimento sem sabor algum?
Era apenas uma massa, um volume entrando na minha boca.

Horrível!

Antes estivesse salgado, ou doce demais, ou duro, ou queimado, qualquer outra alternativa acho que seria menos inrtagável do que aquela insipialidade.

Então, enquanto engolia forçosamente esse pão de queijo, me lembrei das palavras de Jesus a respeito da natureza do discípulo dele. Essas palavras conhecidas significam uma espécie de tempero da alma e do espírito que o discípulo deve possuir. A alma e o espírito do discípulo não podem ser insípidas, sem gosto. Elas precisam ter o sabor do Evangelho, da Palavra, do Espírito Santo, de virtudes, de simplicidade, de prudência, de sabedoria, de coragem, de revelação, etc.

O discípulo precisa provocar!

Como se diz numa gíria moderna: "Causar".
Impactar, não no sentido de aparecer como uma celebridade narcisista e besta, mas provocar uma sede e fome na alma de quem com ele conviver. Despertar mentes, almas e espíritos; criar perguntas, questionamentos; incomodar; tirar as pessoas da zona de conforto; criar pontos de interrogação em suas vidas cheias de convicções empíricas, religiosas, culturais e de qualquer oura natureza que se possa denominar.

Qual é a principal propriedade do sal?

Salgar?
Temperar?
Dar sabor?
Será?
Ou será que a principal propriedade e propósito do sal não seja gerar sede?


A INTELIGÊNCIA BINÁRIA E A TERCEIRA ALTERNATIVA

Resolvi escrever porque tenho percebido um padrão de pensamento em muitas pessoas: a inteligência binária.

A inteligência binária é a capacidade reduzida e limitada de analisar situações sob duas perspectivas apenas: a do sim e a do não, a do é a do não é, sem considerar a possibilidade do não sei, do talvez, do poder ser que haja uma outra explicação.....

Tive esse "insight" quando estava conversando com uma pessoa e percebi que as perguntas que ela me fazia denunciavam a dúvida dela quanto a minha sexualidade. Ela estava desconfiada que sou gay. Por que? Simplesmente porque ela possui a inteligência binária kkkkkkkkkkk.

Explico.

Estou separado há um ano e de lá para cá não fiquei com nenhuma mulher.
Esse meu estado gera em algumas pessoas de mentalidade binária o seguinte raciocínio: "Bom, ele está separado da ex-mulher, mas também não pega ninguém, então, só resta uma alternativa: homossexualidade. Ele é gay!"

A inteligência binária nesse caso viaja de um pólo para outro sem considerar uma terceira alternativa, uma possível opção. Ela fica andando de um lado para outro num circuito fechado de ignorância entre o pólo da monogamia e da promiscuidade e desse circuito não sai porque é limitada.

Qual seria a alternativa restante?
A opção de se guardar com paciência para uma pessoa confiável e com quem eu consiga estabelecer um relacionamento minimamente maduro.

Essa mentalidade me faz menos homem ou menos macho?
Na teoria concreta da inteligência binária sim.
Você tem que provar que é macho pegando uma continuamente ou muitas promiscuamente.
Você só prova sua hombridade ou masculinidade ou macheza dessa maneira.

Portanto, foi boa essa desconfortável conversa com essa pessoa porque, apesar do incômodo de saber que alguém te julga ser algo que você não é, pelo menos me rendeu esse insight a respeito do comportamento humano que me será muito útil ainda daqui para a frente.

Você é uma pessoa de inteligência binária?

Não há problema em ser desde que você tenha disposição para romper com esses limites empobrecedores do pensamento humano.