sábado, 30 de junho de 2012

TEOLOGIA: PORQUE ABANDONEI LÓGICA PARA FICAR SÓ COM TÉO

"Feliz és, Simão filho de Jonas, porque não foi carne nem sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus" 
Jesus, a Pedro, depois que um entendimento profundo cai dos céus na cabeça do discípulo 

Estudei teologia. Aliás, estudei várias teologias, pois ela não é uma, mas muitas.

A principal que conheci foi a reformada, calvinista, protestante, presbiteriana ou com qualquer outro nome ou designação que esse tipo de linha teológica possa receber. Li Calvino, Lutero, Puritanos, e muitos outros de pensamento um pouco semelhante a esse. Me aprofundei no estudo da predestinação, na soberania de Deus, dos seus atributos, caráter e obras, e temas semelhantes ou interrelacionados a esses. Li livros, muitos livros. Obras grandes e  complexas inteiras, das quais pouco me lembro acerca de seu conteúdo.

Estudei também, embora de maneira menos profunda e abrangente, outras teologias.
A teologia arminiana, a do processo, a contemporânea, enfim, muitas outras sobre as quais ou não me lembro do nome ou não tenho o mínimo de interesse de me esforçar para lembrar agora.

Fiz um curso de teologia por quatro anos. Um bom curso, puxado, 1500 horas aulas (carga horária relativamente alta em comparação a muitos cursos superiores conhecidos); professores bons, mestres da ciência da arte de teologizar, das línguas originais, das sistemáticas, das hermenêuticas, das exegeses, das poimênicas, das histórias eclesiásticas, do cristianismo em geral. Vários dias e horas sentado, ouvindo, lendo, perguntando, ás vezes entendendo, ás vezes não compreendendo absolutamente nada. Cresci intelectualmente, fiz amigos e recebi muitos benefícios advindos dessa experiência teológica. Entretanto....

...abandonei a teologia e a troquei pelo puro Evangelho de Jesus.

Sim, desisti da "logia" lógica, logorréica, verborrágica, letrista, reducionista, sistema-sistemático criado pela mente humana, pois o que é teologia senão a pretensão humana de estudar e conhecer Deus pelas lógicas mais básicas que a basicalidade da nossa própria capacidade de pensar? O que é teologia senão a presunção da criatura de conhecer o Criador através do esforço humano mental e pelos processos de raciocínio simplórios como são os nossos? O que é a teologia senão o barro tentando compreender por que o Oleiro o fez daquele jeito ou pior: o que se passa na cabeça do Oleiro?

ABANDONEI A TEO-LOGIA, MAS NÃO DEIXEI O TÉO QUE É DE ETERNIDADE A ETERNIDADE!!!

Téo não pode ser conhecido pelas lógicas básicas e carnais da mente de Lógica.
Téo é um e Lógica é outra. Téo é e Lógica se torna quando conhece Téo.
Téo é sem Lógica e sem qualquer um e qualquer coisa; Lógica só é em Téo e com Téo.
Téo é o criador-não criado, o Outro, o Altíssimo, o Todo-Poderoso, o Eu Sou.

Posso dizer hoje, com toda modéstia, que conheço mais Téo sem Lógica do que antes quando tentava conhecer Téo pela Lógica de minha mente humana e carnal.

Téo só é conhecido pela experiência da fé que transcende as lógicas humanas apequenadas.
Téo só é conhecido quando o homem desiste de Lógica e se joga na lógica-ilógica de de Téo.
Téo tem pensamentos e caminhos muito mais sublimes que Lógica.
Lógica só pensa o óbvio; Téo só pensa a Verdade, o Amor e a Graça.
Quando Téo divulga seus pensamentos, Lógica endoidece.
Geralmente Téo confunde Lógica com seus pensamentos mais simples.

Só conhecemos Téo por meio da revelação que Ele mesmo faz dele a nós.
Foi assim com Pedro e continua sendo comigo e com você.
Por isso, Jesus disse que Pedro só discerniu porque o Pai deu-lhe entendimento para conhecer.
Lógica é carne e sangue e não revela os conhecimentos espirituais.
Téo é Espírito e as coisas espirituais só se discernem espiritualmente, já disse um discípulo fiel de Téo na terra há alguns anos atrás.

De quem você é discípulo? De Téo ou de Lógica?
A maioria dos seres humanos, mesmo sem saber, principalmente os cristãos são discípulos de Lógica e não de Téo.
Téo tem poucos discípulos genuínos porque o caminho de Téo na terra é estreito. E por ser estreito muitos ou desistem no meio do caminho ou nem se dispõem a começar a caminhar com Téo.

Muitos discípulos verdadeiros de Téo já foram rejeitados por suas gerações, perseguidos, invejados, declarados endemoninhados e doentes mentais pelos filhos da Lógica. Os filhos de Lógica perseguem os filhos de Téo, mas os filhos de Téo perdoam os filhos de Lógica embora nunca deixem de lhes comunicar a verdade a respeito de quem eles realmente são.

Eu quero ser discípulo de Téo.
Não quero mais ser discípulo de Lógica.
E você?

Beijos.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O LIVRO OU A MENSAGEM: QUAL VOCÊ CARREGA?

"Passei tanto tempo protegendo e defendendo o livro 
que esqueci de praticar a mensagem contida nele"
(Eli, personagem do filme: 'O livro de Eli')

Ontem a noite, revendo o filme 'O livro de Eli', algumas frases dos personagens me chamaram atenção.
Uma delas, talvez a que ficou mais gravada na minha mente, foi essa que acabei de escrever acima.
Essa frase me chamou a atenção porque tem toda relação com a realidade da maioria de nós cristãos nos dias de hoje. Que realidade é essa?

É a realidade da adoração e prestação de culto ao livro chamado 'Bíblia' bem como, concomitantemente, a falta de fervor e esforço para praticar os principais princípios contidos nele.

Sim, a maioria de nós cristãos passa muito tempo e gasta muita energia brigando e discutindo a veracidade e inerrância do livro e se esquece que a melhor maneira de defendê-lo ou protegê-lo é encarnando seus princípios de fé e amor.

Sei o que digo porque eu já fui assim. Estudei teologia, línguas originais, regras de interpretação, história de manuscritos e etc e, por algum tempo, fui um raivoso defensor do livro. Contudo, hoje, percebo que todo esse engajamento foi esforço vão, visto que o objetivo dos registros relatados no livro e a organização deles é apenas ensinar e estimular a prática da mensagem do Evangelho. Só isso. Apenas isso. O que disso passar vem do Maligno mesmo. Entretanto, a maioria dos cristãos está presa a essa adoração infrutífera ao livro sem qualquer prática de seus princípios elementares em seu cotidiano.

Além do objetivo de registro ter sido ensinar uma mensagem também é óbvio notar que as pessoas chamadas "não cristãs" ou "incrédulas" só levam o livro a sério mesmo quando alguém que conhece o livro o encarna através de atos de fé e amor ao próximo.

Mas os cristãos não querem encarnar a palavra e se assustam quando alguém se levanta e o faz. Tenho tido experiências claras nesses últimos meses dessa verdade. Depois que tive coragem e fé para tomar certas decisões que significaram praticar o que eu sempre disse crer, muitas pessoas me rejeitaram. E essas pessoas todas eram cristãs, evangélicas, alguns pastores e mestres de igrejas. Acredite, assim foi e está sendo. Gente que discursa todos os dias sobre fé, amor, prática da palavra quando se deparou com algumas atitudes radicais minhas em direção simples á prática daquilo que dizemos crer, me rejeitou, alguns me amaldiçoaram, outros me chamaram de doente mental e houve até quem dissesse que eu estava endemoninhado. Isso é fato, eu vi e ouvi essas barbaridades porque decidi provar que o Senhor de fato é bom.

Então, baseado nessas experiências pessoais e na observação geral da vida dos cristãos, posso dizer com convicção que a maioria de nós só carrega o livro, mas não leva a palavra a sério. Além disso, digo que em certas ocasiões encontrei mais fé e amor e misericórdia vindos de gente considerada incrédula ou perdida pela "igreja" do que pelos cristãos ou evangélicos.

Você carrega o livro ou a palavra?
Tem disposição de começar a praticar tudo que diz crer?
Você acredita que carregar ou defender o livro é motivo suficiente para ser chamado discípulo de Jesus?
Você crê mesmo que a Palavra Eterna do Evangelho pode ser contida apenas em um livro?
Você crê que Deus é tão pequeno assim?

O mundo só conhecerá a Deus por meio de nós cristãos quando destronarmos o livro do nosso altar de adoração e descermos para servir o próximo no chão da vida.

Observação: Se você ficou incomodado porque ao invés de basear meu texto em um versículo bíblico eu o fiz fundamentado nas palavras do personagem, então, o seu caso de idolatria ao livro é grave e crônico.

Thiago.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

OS JUDEUS DE HOJE, OS GREGOS ATUAIS E A CRUZ ETERNA

"...os judeus pedem sinais...os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus".
I Coríntios 1.22-25

O Caminho do Evangelho é sempre o do equilíbrio.
Esse caminho também é chamado de estreito por Jesus, significando que é a passagem pela vida que se encontra entre os pólos da Lei e da Religião por um lado e da Libertinagem e do Abuso da graça de Deus por outro lado.

Jesus não apenas ensinou esse caminho estreito como também encarnou todo o seu significado completamente. Lendo o registro dos Evangelhos nós sempre o encontramos nesse caminho estreito, esquivando-se da Letra Morta da Religião bem como também do Abuso da Graça da Multidão que muitas vezes só queria se "aproveitar" dos benefícios que um relacionamento com Deus lhes pudesse dar.

Paulo, o apóstolo, também é um exemplo de um homem que compreendeu esse caminho estreito e se esforçou sempre para nele andar. Embora ele tenha sido apenas um homem como outro qualquer e não a Palavra Encarnada como de fato foi Jesus entre nós, dentre os homens comuns, esse irmão compreendeu e conseguiu encarnar mesmo de maneira relativa o caminho estreito proposto pelo Evangelho.

Essa fidelidade de Paulo á essência do Evangelho fica clara aqui nessas palavras aos Coríntios.
Encurralado sempre por dois grupos de pessoas - os judeus e os gentios ou gregos (a maioria dos gentios era grega) - ele sempre precisa voltar sua atenção para o caminho estreito do meio com o objetivo de não cair nos extremismos de cada grupo.

Os judeus eram o grupo "quente" daqueles que queriam sempre "ver" para crer. Por isso, viviam pedindo sinais, operação de maravilhas, manifestações visíveis que provassem a autenticidade da mensagem e do mensageiro que a carregava. Fôra assim com Jesus e continuou sendo com seus discípulos. Os judeus, em sua maioria, eram incrédulos quanto a pessoa de Jesus e a totalidade do significado do Evangelho. Por isso, viviam exigindo sinais. Quem vive exigindo sinais para crer é o pior tipo de incrédulo, padece de incredulidade crônica. Tanto isso é verdade que muitos destes que dizem crer só quando vêm, na verdade, não crêem de modo algum, ainda que um milagre aconteça na sua frente. Quem crê mesmo, tem fé ainda que não veja, pois como nos ensina o escritor aos Hebreus, a fé é certeza e convicção do que se não enxerga.

Os gentios ou gregos eram o grupo mais sofisticado, mais culto, mais estudado, de onde surgiram os filósofos, gente mais educada e racional que submetia praticamente tudo á lógica do crivo da razão. A palavra "gentios"significa "não judeus" e em sua maioria eram pessoas de cultura grega, helena, pois os gregos dominavam a maioria das regiões por onde Paulo passou pregando a Palavra. Esses, então, eram os cultos da época, os diplomados, os mestres, os doutores, os professores, os catedráticos do mundo. Tiveram dificuldade de aceitar o Evangelho porque o consideraram muitas vezes e de muitas maneiras uma mensagem pobre demais, reducionista e louca para a cultura racional apurada deles. Por isso Paulo diz que a mensagem da cruz para eles era "loucura". Eles rejeitavam a mensagem da cruz, por exemplo, porque ela era pouco sofisticada ao intelecto, simples demais, ás vezes grosseira e rude ás mentes mais elevadas da época. Pelos seus raciocínios e elucubrações, por exemplo, os gregos questionavam o fato de Deus como Pai "deixar" seu Filho morrer. Inquiriam dizendo: "Que pai é esse que deixa seu filho morrer? Que Deus é esse que abandona seu próprio filho?". Assim, pelo muito pensar e refletir, criavam vários obstáculos lógicos para a compreensão e aceitação do Evangelho.

E, agora, o que essas palavras de Paulo têm a ver conosco hoje?
Será ela atual?
Que grupos poderiam ser identificados como semelhantes a estes que Paulo enfrentou em seus dias?
Que grupos representam pólos de desvio do reto e estreito caminho do Evangelho hoje?

De modo simples, eu vejo dois grupos representantes do antigos judeus e gregos aos quais Paulo se dirigiu.

O primeiro é o das denominações evangélicas históricas.
Esse grupo é formado por presbiterianos, anglicanos, metodistas, batistas, congregacionais entre outros.
São grupos mais sofisticados, mais teológicos, mais racionais, mais pensantes, mais cultos e letrados.
Há tempos atrás eram grupos também formados pelos de maior condição financeira visto que, antigamente, cultura era muito mais cara que hoje e só quem possuía um pouco mais de recursos financeiros conseguia certos cursos, diplomas, formações, títulos e etc. Hoje, embora sejam grupos mais misturados financeiramente falando, ainda preservam um pouco de cultura e racionalidade mais densa que outros segmentos.

O segundo é o das denominações evangélicas pentencostais e neopentecostais.
Esse grupo é formado por assembleianos, evangelho quadrangular, Deus é amor, IURD, IMPD dentre muitas outras denominações e siglas existentes. Esse grupo, originalmente, foi formado por pessoas mais pobres, com menos cultura, menos acesso a educação e menos influência na sociedade de uma forma geral. É o grupo da massa, da maioria, do povão. Sua ênfase sempre foram as experiências espirituais tais como: batismos no Espírito Santo, manifestações de dons de línguas e revelações proféticas, curas milagrosas e sinais e maravilhas diversos. Seus cultos e reuniões são movidos a sensações, sentimentos, têm muito barulho,  músicas, gritarias e movimentações corporais.

Assim, percebo que os judeus de ontem são os pentecostais e neo-pentecostais de hoje bem como também os gregos do passado são os históricos de hoje. As semelhanças são óbvias.

E o que aprendemos com isso?
Que nos vale saber dessa identificação?

Para nós é importante fazer essa identificação para que possamos trilhar o caminho do meio, o estreito do equilíbrio do evangelho. Caminho este que está entre os dois pólos extremados de ambos os grupos.

O Evangelho da Cruz, como diria Paulo hoje, é escândalo para os pentecostais e neo-pentecostais assim como é loucura para os históricos racionalistas. Essa cruz - que não é somente histórica, mas também espiritual e eterna - precisa ser pregada a esses dois grupos também, pois se desviaram do caminho estreito, seguindo seus próprios caminhos e polarizações inventadas por homens.

Deste modo, sem medo nenhuma, eu arrisco aqui uma contextualização das palavras de Paulo aos Coríntios:

"...os pentecostais e neo-pentecostais pedem sinais...os históricos buscam sabedoria; mas nós discípulos do Senhor pregamos a Cruz Eterna do Cordeiro Imolado antes que houvesse mundo; Cruz essa e Cristo esse que é escândalo para os pentecostais - pois são incrédulos crônicos - e é loucura para os históricos letrados e teológicos - pois acham a simplicidade de Cristo reducionista demais para seus poderosos cérebros e arquitetações humanas; pregamos para todos os chamados, quer façam parte do primeiro, do segundo ou de nenhum dos dois grupos, visto que esse Cristo é o Poder que os pentecostais tanto pedem e a Sabedoria que  os históricos tanto buscam. Nele, somente nele, encontramos tudo que precisamos, seja sabedoria, seja poder, seja o que nos fôr necessário. Portanto, a loucura do Evangelho da Graça de Deus que parece tão simples é a sabedoria de Deus que confunde o mais sábio dentre os homens e a fraqueza do Puro Estreito e Reto Caminho Antigo dos Profetas e Apóstolos é mais forte que o poder almejado pelos homens que se julgam fortes e poderosos pela via da manifestação de prodígios e sinais. Concluímos, portanto, que Jesus na Cruz é tudo que precisamos e nada mais nos é necessário além dele. Amém".

A Cruz Eterna do Cordeiro Imolado continua erigida para que diante dela se curvem os que pedem sinais, os que buscam sabedoria ou qualquer outro tipo de homem que possa existir sobre a face da terra.

Amém. Glória ao Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo antes que mundo houvesse.

sábado, 23 de junho de 2012

QUEM NÃO PROCURA É ACHADO

"'Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão'. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz".
( Romanos 9.15, 16 e 18)

Agora há pouco tempo, aqui na casa de minha mãe, onde passo uns dias, aconteceu um fato que me estimulou a escrever um texto sobre esse assunto proposto. Peguei o computador para usá-lo e quando me sentei para ligá-lo não encontrei o pen-drive de conexão da internet. Logo comecei a procurá-lo. Olhei em todos os possíveis lugares onde ele pudesse ter caído: nas cadeiras da mesa de jantar, no chão da sala de estar, em um espaço ao lado do braço do sofá e em muitos outros lugares, mas não achei. Minha sobrinha e minha irmã também me ajudavam. Minha sobrinha até fez o caminho de volta por onde ela havia carregado o computador com pen-drive da casa de sua amiga até a casa de minha mãe. E nada. Ela, minha sobrinha repetia insistentemente que lembrava ter trazido o objeto até a casa de minha mãe, ou seja, ela tinha certeza pelo menos que ele estava por perto. Cansado de procurar, resolvi jantar e disse a todos: "Não se preocupem. Quando nós pararmos de procurar, encontraremos". E foi isso que aconteceu. Quando me sentei no sofá com o prato na mão para jantar, olhei ao lado, á minha esquerda e vi o pen-drive dentro do espaço de divisão dos lugares do sofá. O que eu havia dito realmente aconteceu: só encontramos quando paramos de procurar.

O que esse fato aparentemente bôbo tem a ver com o título e texto bíblico acima citado?

Tudo, absolutamente tudo!

Sim, porque no Reino de Deus também acontece assim: quem não procura é achado, quem não se esforça encontra, quem anda distraído de repente recebe uma revelação bombástica que lhe transforma a consciência e muda sua vida para sempre. E não estou falando apenas de uma mudança interior relativa e abstrata, mas de uma mudança que embora seja em grande parte interior, também se manifesta de diversas maneiras de modo que quem tem o mínimo de sensibilidade espiritual percebe as transformações.

Sim, no Reino dos Céus é assim mesmo, pura Graça que cai sobre a alma de homens e mulheres que são simplesmente amados incondicionalmente pelo Altíssimo. Deus ama quem quer amar; derrama misericórdia e compaixão sobre quem deseja independente da situação moral ou religiosa do indivíduo; também independe de condição financeira, intelectual, cultural ou de qualquer outra espécie de diferenciação que possamos fazer de classificação dos tipos humanos na terra.

Ele ás vezes escolhe crianças para confundir e humilhar adultos; mulheres para quebrar a arrogância dos machistas; até animais ele pode usar - conforme usou com Balaão para repreender o profeta.

Deus é livre em suas escolhas soberanas!
Ele não divulga critérios, porque na verdade eles não existem, pois se Deus fosse escolher baseado em padrões de merecimento e bondade intrinsecos dos corações humanos, na verdade, ele não escolheria ninguém, porque todos são igualmente indignos. Totalmente indignos!

O Evangelho é a Graça de Deus derramada sobre os indignos da terra.

Quanto mais indigno o individuo se achar, mais perto de receber um derramar de Graça na cabeça ele está.

Conheço várias pessoas - não apenas os exemplos bíblicos - quem provam essa verdade. Aliás, todos os escolhidos de Deus de sempre são desse grupo e desse tipo. E parece que quanto pior fôr o sujeito mais Deus se agrada em exaltá-lo ou se revelar a Ele para mostrar o que está escrito em Romanos que nunca depende de esforço, de tentativa, de busca, de suor, de leitura, de orações, de jejuns, de frequências em cultos e de várias outras obrigações que a religião inventou e disse que foi Deus quem instituiu.

Deus procura é os vagabundos da terra.
Os que nada são. Pobres, incultos, fracos, considerados imorais, ou arrogantes, enfim, gente que desperta nos outros inveja pelo fato de verem que aquele foi escolhido sem ter as prerrogativas que outros têm.

Deus busca quem Ele quer buscar em cada geração, para confundir e provocar ciúmes naqueles que o rejeitaram.

Eu mesmo, vejo em minha vida a graça acontecendo, visto que sempre andei distraído - ás vezes até demais - e BOOM!,  de repente cai uma revelação da Palavra do Evangelho que muda o curso de minha história. Isto já aconteceu três vezes e eu louvo ao Senhor porque apesar de ser quem sou, isto é, um pobre ser humano mesquinho e miserável, Ele me escolheu para ser parte do seu povo amado e querido. E poderia citar muitos outros exemplos parecidos ou iguais á minha história pessoal de fé.

O Reino de Deus é PURA GRAÇA IMERECIDA DERRAMADA DOS CÉUS NA ALMA DOS PIORES SERES QUE VIVEM NA FACE DA TERRA!

A Graça é esse derramar incondicional de Amor Divino sobre Criaturas Idiotas e Más como nós.

"Obrigado, Senhor, porque faço parte do grupo dos escolhidos Teus, embora, eu nem saiba porque me escolheste. Mas, isso já não importa, pois o que vale é estar dentro, ainda que sem saber o motivo pelo qual entrou. Amém."

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A PROSPERIDADE QUE ENRIQUECE E A PROSPERIDADE QUE EMPOBRECE

"Concedeu-lhes o que pediram, mas fez-lhes definhar a alma" (Salmos 106.15)
"Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma"(3 João 2)

A prosperidade nem sempre enriquece. Isso é um fato.

Todos nós conhecemos pessoas que têm dinheiro, posses, confortos, status, cultura e são pobres de alma ou espírito. Por um outro lado, também conhecemos pessoas pobres financeiramente, que não possuem quase nenhum bem físico, que ganham dinheiro apenas suficiente para sobreviver - comer, morar e vestir - e que são muito mais generosas e ricas de alma do que tantos outros que são chamados de prósperos.

Ser próspero nas finanças nem sempre significa ter um espírito rico e generoso. Se assim fosse, todos os ricos de nossos dias seriam pessoas nobres de alma, espírito, intenções e propósitos. Mas isso não é verdade. Em nosso país hoje, por exemplo, vemos as pessoas com mais dinheiro, melhores salários, mais poder de compra e com o mesmo ou pior espírito de miséria e pobreza. O Brasil só enriqueceu financeiramente para alguns porque a alma desse povo continua pobre e miserável. A maioria desses que aumentaram sua renda só pensam em si mesmos, em comprar um carro zero, uma casa nova e roupas de melhor qualidade. Poucos aproveitam o aumento da renda para ajudar o próximo necessitado do seu lado.

Ser pobre de recursos também, como já disse, não significa ser mesquinho, medíocre e egoísta. Já fui socorrido algumas vezes na vida e na grande maioria delas quem me estendeu a mão e me deu o que eu precisava, fosse dinheiro, comida, roupa, casa, etc, foram os mais pobres, os que menos tinham. Já procurei ricos para ajudar em certas causas e encontrei uma avareza terrível, daí, percebi que aquela pessoa era próspera só de posses porque sua alma era muito pobre. Mas os pobres, muitas vezes, são nobres. São pessoas do tipo daquela viúva que Jesus observava depositando tudo quanto possuía como oferta no gazofilácio e que o Senhor elogiou dizendo que ela dera mais que todos os ricos que depositavam suas sobras. Sabe por que ela deu mais? Porque deu tudo! Porque deu o que podia e não o que sobrava depois de satisfazer vários caprichos e vaidades suas. Aquela mulher, muito provavelmente, comprometeu sua próxima refeição, ou a próxima mensalidade do aluguel, ou a roupa de inverno que necessitava no momento, isto é, produtos básicos para sua sobrevivência e proteção.

Portanto, existem esses dois tipos de prosperidades: a enriquecedora e a embobrecedora.

Os israelitas no deserto experimentaram a prosperidade empobrecedora.
Já Gaio, destinatário primordial da carta de João, experimentara a enriquecedora.

Os israelitas sentiram falta da satisfação de certos caprichos e assim perderam a alma no deserto.
Gaio, ao que tudo indica, já há muito tempo era um homem de espírito rico e nobre embora não saibamos se ela possuía riquezas físicas.

E nós, quem somos? Com quem mais nos assemelhamos?
Somos prósperos da verdadeira riqueza?
Ou cheios de uma prosperidade que nos deixa cada dia mais vazios de alma?

Essa reflexão se torna mais relevante em nossos dias visto que a teologia da prosperidade amada principalmente pelas denominações evangélicas neopentecostais têm empobrecido a alma de muitos. Eles conquistam casas, carros, empresas, negócios, dinheiro, mas perdem a alma pelo caminho, visto que o deus deles é o lucro, a soma, a poupança, Mamon, a cobiça, a ganância, a avareza.

O povo que se chama "de Deus" perdeu a alma há muito tempo!
Por isso, Deus está chamando outros muitos de variados ambientes e lugares para tomar assento na mesa do Reino do Deus da Graça, pois estes são mais cheios de alma do que aqueles religiosos cobicentos e idólatras.

E você, perdeu a sua alma?
É nobre de espírito ou pobre de alma?
Você possui os verdadeiros tesouros ocultos da sabedoria, graça, verdade e amor ou apenas os saldos ilusórios da conta bancária que lhe proporcionam falsa segurança?

De que vale GANHAR o mundo todo e PERDER o bem mais valioso?

Até mais.

 

terça-feira, 19 de junho de 2012

AS SURPRESAS DE DEUS DIANTE DO ÍDOLO CHAMADO EXPERIÊNCIA

"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos".
Isaías 55.8-9

Dias atrás estava conversando com uma pessoa sobre certo assunto e divergimos de opiniões. Eu me baseava na simples constatação do que vi, ouvi e se factualizou enquanto que ele baseou sua conclusão basicamente na experiência vasta que tinha acerca do assunto.

Reconheci que sua experiência é mesmo grande em tal área e no momento não me propus a discutir muito o assunto com ele, mas depois que fui embora de sua presença, enquanto refletia acerca daquela conversa tão crucial principalmente para mim no momento, discerni que a experiência tornou-se um ídolo do coração dele. De fato, ele tem muita experiência no assunto que discutíamos, muito maior experiência do que eu e a maioria dos outros homens de nossa época, contudo, percebi também que ele caiu na armadilha de confiar demais em sua própria experiência fechando-se para intervenções ilógicas e humanamente até insanas de Deus em nossa história.

Sim, Deus, muitas vezes, intervém de maneira ilógica e muitas vezes irracional para nós. Por que?

Porque Ele é Deus, um ser de outra natureza, natureza essa indecifrável a racionalidade humana, visto que aquilo que podemos conhecer de Deus é apenas o que Ele nos revela, pois se Ele não revelar, nada podemos  aprender sobre seu ser enigmático.

Entendi que aquele assunto sobre o qual discutimos, na verdade, é uma daquelas intervenções divinas enlouquecedoras para alguns, isto é, para aqueles que não crêem ou não admitem a possibilidade de ações aparentemente inexplicáveis de Deus nessa terra.

Sim, Deus turba a racionalidade humana mais desenvolvida - como é a dele - simplesmente agindo de modos estranhos a normalidade dos acontecimentos corriqueiros da vida. Por isso, citei esse texto acima registrado na profecia de Isaías, pois os pensamentos e caminhos dele são, essencialmente, confusos para a mente humana limitada e caída. Geralmente quem mais sofre com esses tipos de intervenções divinas são pessoas muitos inteligentes e racionalmente sóbrias, mais velhas e experientes e sobre as quais paira uma "casca" grossa de experiência de vida multifacetada.

Deus pensa de modo diametralmente oposto e diferente ao homem carnal.

Existe uma distância galaxial entre a mente de Deus e a humana.

Por esse motivo, quem diz que crê em Deus tem de estar disposto a ser confundido muitas vezes na vida, pois se alguém diz que nele crê, mas espera que Ele sempre aja de uma maneira lógica segundo a lógica dos humanos e racional segundo os processos de raciocínios humanos, simplesmente, ainda não conheceu Deus.

Só conheceu Deus quem embora seja um ser pensante que não se entrega ás emoções ou sensações, transcende as lógicas da categoria do pensamento humano e se abre para o absurdo, o estranho, o irracional, o confuso, o inexplicável. Doutro modo, o Deus dele é apenas um deus pequeno e manipulável pelas considerações racionais que um homem possa fazer acerca dele.

Quem não transcende não conhece Deus!

DEUS É DEUS E NÃO HOMEM.
Você espera que Deus caiba dentro dos processos mentais infantis e bobos da sua mente?
Você acredita que Deus está algemado ao seu aprendizado nessa terra?
Você acha que é o próprio Deus?
Você quer contê-lo? Limitá-lo? Ensiná-lo? Acrescentar informação á Ele?
Você acha que pode contribuir de alguma forma para ajudá-lo a ser "um Deus melhor"?
Você acredita na teologia do processo que ensina a necessidade que Deus tem de aprender com o homem?

Converta-se ao absurdo, pois só assim você provará o genuíno amor de Deus.

Amém.

A FÉ-CONCEITO E A FÉ-EXPERIÊNCIA

"Sem fé é impossível agradar a Deus..."
Hebreus 11.6

Relendo Hebreus 11 ontem com um amigo e irmão em Cristo, meditamos no significado dessa passagem enquanto uma das mais profundas exposições bíblicas acerca da natureza e concretização histórica da fé.

Lembramos juntos que á medida que vamos lendo aquelas palavras percebemos que duas são as linhas de pensamento constantes do autor: a fé-teoria e a fé-experiência. Ele elabora teses e explicações que elucidam o significado da essência da fé bem como ao mesmo tempo dá exemplos de homens e mulheres que provaram o poder da genuína fé em suas histórias de vida aqui nesse planeta.

Esse é o fundamento básico de todo o texto.

Ele explica e exemplifica; exemplifica e explica; teoria e prática, tese e teste em uma alternância explêndida e pendularmente equilibrada.

E o que essa realidade tem a ver comigo e com você hoje?
Que nos adianta saber da fé-teoria e da fé-experiência?
Alguma delas é mais importante que a outra?
Somos seres da fé-teoria ou daé-experiência?

Começando de trás para frente, eu tenho observado que a maioria dos cristãos contemporâneos são pessoas  que vivem apenas a fé-teoria. É aquele tipo de cristão que lê Hebreus 11 e concorda com tudo o que está escrito lá, mas quando desafiado a praticar essa fé, amolece, retrai-se, desiste, teme, não crê na factualidade da fé como experiência alcançável. A fé deles é fé de escola bíblica dominical, teoria abstrata ouvida todo domingo pela manhã, mas que nunca se concretiza: nem na segunda-feira, nem na terça-feira, nem em dia nenhum da sua semana.

Daí eles cultuam os "heróis da fé", como são chamados por muitos aqueles exemplos citados lá em Hebreus 11 bem como também outros exemplos da história mais moderna, tipo missionários que abandonaram tudo para servir a Jesus em lugares e épocas difíceis nesse planeta. Contudo, eles mesmos, em sua maioria, na hora em que são postos a prova, crêem mesmo é apenas no saldo bancário, no salário, no concurso público que traz "estabilidade" e "segurança financeira".

Falo isso baseado não apenas em observação distante e desconectada da realidade, mas também fundamentado em experiências que tenho vivido principalmente nesses últimos meses. Agora, por exemplo, estou totalmente falido do ponto de vista financeiro e profissional, contudo, creio que dias melhores virão e por isso não me desespero, embora me preocupe principalmente com os que dependem de mim financeiramente. Daí, tem acontecido o seguinte: eles se incomodam com minha tranquilidade. Eles queriam que eu estivesse desesperado, "correndo atrás" como dizem alguns, pedindo aqui e ali por uma oportunidade, arrombando portas ao invés de só bater. Eu, contudo, estou batendo calmamente e esperando pela bondade e providência do Senhor que já está me socorrendo.

O que eu realmente quero dizer aqui e agora é que nós todos precisamos de fé genuína, de entrega total, de confiança real no cuidado amoroso que Deus tem para todos os seus filhos, visto que ele cuida até dos maus. Porventura, não cuidará daqueles que pela sua graça têm sido convertidos a bondade?

Dias atrás estava um pouco ansioso por causa desses dias um pouco difíceis que passo e então o médico me receitou medicamento para combater a ansiedade. Você acha que eu creio que um medicamento pode curar a ansiedade? Absolutamente não. Ele pode repor substâncias que alterem o sistema nervoso, por exemplo, mas a ansiedade só é vencida pela fé no amor que Deus tem para conosco. A raiz da ansiedade não é orgânica, por isso, remédios não curam ansiedade definitivamente. O que cura ansiedade é rendição confiante  á vontade soberana do Altíssimo para nós. Isso sim sempre curou minhas ansiedades até hoje.

O que mais me tem ajudado é a comunhão que tenho com um amigo querido onde nós passamos um tempo juntos conversando, confessando, questionando-nos mutuamente, orando, compartilhando a Palavra. Isso sim, tem curado minha ansiedade.

E você, tem experiências de fé para contar?
Ou fé para você é só um "tema" bíblico, teológico e de escola bíblica dominical?
Você já tomou decisões de fé na vida?
Você já experimentou a providência divina na sua casa, na sua mesa, no prato, no copo, na dispensa, no tanque de combustível do carro, no guarda-roupas, etc?

A fé-conceito serve apenas para explicar a experiência que aconteceu.
O que muda mesmo a vida da gente são as experiências de fé e bondade divina que temos.
Testemunhamos experiências e não somente conceitos.

Não devemos idolatrar as experiências, mas também não podemos menosprezá-las, pois teoria sem prova prática, no cotidiano, é só alimento para a intelectualidade, contudo, a alma e o espírito, sem factualidades, nunca são satisfeitos apenas porque ouviram teses bíblicas ou teológicas acerca de que nunca ninguém vê acontecer.

Que o Senhor nos converta a genuína fé que move mesmo, não necessariamente montanhas, mas corações.

Oh, provai e vede que o Senhor é bom.
Quem prova vê; quem não vê é porque nunca se dispôs a provar.

Amém.

domingo, 17 de junho de 2012

POR QUE A IGREJA ASSOCIA A PRESENÇA DE DEUS AO TEMPLO?

"O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; o céu é o meu trono e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, ou, qual é o lugar do meu repouso?"
Atos 7.49 e 17.24

Acabei de visitar um culto de uma denominação histórica de minha cidade natal. Cheguei no começo e estavam cantando louvores. Procurei um lugar e comecei a participar. Logo percebi, nas duas músicas que foram cantadas, que em ambas havia uma forte associação da presença de Deus com o templo. Eu não me lembro bem das letras, palavras e frases, mas era algo do tipo "estou em tua presença, na tua casa...", de maneira que a relação entre templo-moradia-casa-presença de Deus era clara.

Como a igreja está cheia de religião e paganismo!

Estamos no ano 2012, mas eu comecei a me lembrar de religiões e cultos milenares que faziam e fazem até hoje essa associação.

E o estado deles se torna pior visto que a própria Escritura fala abertamente sobre o assunto de maneira clara. Uma prova disso é que eu agora há pouco, em uma breve pesquisa na bíblia on line na internet, achei pelo menos uns 5 textos bíblicos que ensinam o mesmo princípio de SEPARAÇÃO entre a presença de Deus e as construções humanas de templos religiosos dedicados a adoração.

Essa associação da religião é reducionista demais para Deus.

Como pode o Deus que é Espírito, Criador e Sustentador do universo ser ridiculamente contido em paredes de concreto erigidas por construtores quaisquer?

É muita burrice reducionista fruto de falta de conhecimento do Altíssimo!

Como pode um povo que diz conhecer o Altíssimo, o Deus que, segundo registro do profeta Isaías, considera todas as nações da terra juntas, como um pingo de água que cai dum balde, CRER que esse Deus pode estar confinado em um templo feito de tijolos e concreto?

A religião não conhece a presença de Deus!!!
A religião não conhece Deus!!!
É possível que um bêbado num bar da esquina conheça mais a Deus do que muitos cristãos!

A igreja associa a presença de Deus ao templo porque em seu cotidiano ela não conhece nem suporta a presença de Deus. Então, Deus tem que ser limitado ao espaço geográfico do templo para que ele não atrapalhe a vida dos crentes enquanto eles estiverem fora dos limites templários.

Deus sem templo para eles é insuportavelmente perigoso!
Ele pode revelar quem a gente realmente é.
Ele pode me desafiar a amar, falar a verdade e tomar decisões sérias de compromisso com Ele.

Deus fora do templo pode ver como trato minha mulher, marido e filhos.
Deus fora do templo pode enxergar que tipo de trabalhador eu sou: um preguiçoso.
Deus fora do templo pode me desafiar a socorrer meu próximo na esquina.
Deus fora do templo pode me enxergar visitando sites pornográficos ou entrando em motéis com minha amante.
Deus fora do templo pode atrapalhar meu negócio sujo.
Deus fora do templo pode acordar, andar e dormir comigo todo dia.
Deus fora do templo pode sentir os maus cheiros que meu corpo corruptível exala no banheiro e depois de um dia inteiro de trabalho ou exercícios físicos.
Deus fora de templo pode perceber minha fragilidade constante.
Deus fora do templo pode ouvir tudo que digo aos outros fora da "casa" dele.
Deus fora do templo é o diabo para muitos cristãos.

Ainda bem que Deus não mora no templo!
Ainda bem que Ele só tem uma morada real!
Ainda bem que Deus habita apenas o templo que Ele mesmo erigiu!
Ainda bem que esse templo é meu corpo, minha alma, meu espírito!!!!!!!!!!!

GRAÇAS A DEUS ESSE É O TEMPLO QUE DEUS HABITA!
ESSA É A CASA ONDE ELE MORA!
ESSE É O ENDEREÇO DE SUA RESIDÊNCIA!

Deus mora em você, querido, sabe o que isso significa?
Significa muito, muito mais do que limitá-lo a paredes frias e inanimadas.
Mas deixa esse assunto para depois, pois eu imagino que você saiba sobre o que lhe digo.

Amém.