segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

SER, TER OU FAZER:
QUAL O FUNDAMENTO DE SUA EXISTÊNCIA?

"Tu ÉS o Cristo, o Filho do Deus vivo!"
Pedro, a Jesus, no momento em que recebeu revelação espiritual acerca do ser do Enviado

Ultimamente tenho percebido uma realidade triste da existência humana.
A realidade é que, infelizmente, a maioria de nós é constituída de uma estrutura de alma e de espírito totalmente materialista e utilitária. Isso é óbvio e provas cotidianas não faltam.

Agora mesmo, no facebook, acabei de ler uma frase de uma mulher que expressa um sentimento utilitário frustrado que existe nela a respeito dos homens. Ele disse assim: "afff, que falta faz um homem nessas horas de chuveiro queimado...". Esse simples desabafo carrega consigo uma triste realidade que venho percebendo impregnada em muitas pessoas: é o sentimento de utilitariedade que carregam acerca de uma pessoa ou gênero. Especificamente, venho notando, acerca das mulheres, que elas se encontram tão desiludidas com a maioria dos homens que acabam tornando-os ou reconhecendo-os (as vezes com razão) apenas seres úteis para determinados fins.

Dias atrás, uma companheira de trabalho exclamou: "Para que que os homens servem além de fazer filho?"
Percebi nela o mesmo sentimento que há nessa outra que acabou de postar essa frase no facebook.
Outra, também reducionista em relação a descrição do ser homem, disse: "Do que você lembra quando houve a palavra 'homem'?" Depois de uma breve pausa, ela mesma respondeu: "Pinto, eu lembro de pinto", palavras essas que mostraram uma redução do genêro masculino a apenas um ser macho, um animal, um bicho progenitor.
Desiludidas e decepcionadas, na maioria das vezes com razão, as mulheres se entregam a nutrição de um sentimento frio utilitário a respeito dos homens. Estou usando as mulheres como exemplo não por que seja o único, pois não o é, visto que do lado de cá, da masculinidade também opera a mesma mentalidade e espírito em muitos homens, principalmente em relação a utilizar apenas as mulheres como objetos sexuais ou domésticos entre tantas outras significações que os machos dão ás fêmeas.

TERRÍVEL!
NOSSA SOCIEDADE ESTÁ FUNDAMENTADA EM UTILITARISMO E MATERIALISMO!
POUCOS AINDA SE PREOCUPAM COM AS ESSÊNCIAS DO SER QUE É!

Pouquíssimo mesmo.
Ontem, conversando com uma amiga de trabalho a respeito, ela desabafou dizendo que concordava comigo a respeito de comentários que fiz sobre o assunto, valorizando a cultura do ser em detrimento de menos valorizar as culturas do fazer e do ter, dizendo-me: "Eu concordo com você, mas a onda da maioria que valoriza o ter e o fazer é sufocante e me sinto sozinha com pouca coragem de encarar essa dura realidade".

Entendi, seu desabafo, pois ele é totalmente lúcido, sóbrio e real.
Contudo, eu creio que é possível trilhar o caminho estreito da valorização do ser em oposição a corrente esmagadora da maioria que insiste em caminhar para o lado oposto.
É difícil, complicado, sofrível, mas possível.
Muitas aflições aguardam sim aqueles que se propuserem a trilhar tal vereda.
Sofrerão rejeição, perseguição, desprezo e uma série de rotulações maldosas.
Mas, com certeza, serão pessoas que passaram pela vida experimentando profundezas e não se contentando com as superficialidades confortáveis da maioria esmagadora.

Na frase acima proferida por Pedro a Jesus acerca de sua natureza vemos que o discípulo discerniu naquele momento a essência do ser do Mestre. A maioria das outras pessoas que conheciam ou até seguiam a Jesus não haviam discernido-o profundamente. Alguns diziam que ele era apenas mais um profeta; outros diziam que ele era a reencarnação de um determinado profeta; outros diziam que era um curandeiro novo da região; ainda havia aqueles que o odiavam e que lhe rotulavam pejorativamente depreciando-o o máximo que conseguissem, atribuindo a ele, por exemplo, distúrbios mentais. Mas Jesus era e é o que Pedro disse naquele momento que ele era. Ele é o Cristo, o Enviado, o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele não é mais um, Ele é O.
Compreendeu a diferença? Jesus, então, se alegrou em perceber que alguém finalmente lhe discerniu a essência e não as aparências daquilo que ele manifestava aos homens. Jesus curava, mas não queria ser reconhecido como curandeiro, era diminuir e reduzir sua essência; Jesus profetizava, mas não queria ser taxado de um profeta, pois ele era mais do que isso. Vemos, então, que a mentalidade de Jesus é essa mentalidade do ser e não a do utilitarismo ou a do materialismo ou qualquer outra que possamos denominar.

Deus é Deus dos seres!
Deus é Deus das essências!
Deus é Deus dos espíritos!
O fazer e o ter só aparecem como conseqüência dos ser em Deus.
Nunca o contrário.
Deus é um ser das profundezas e não das superfícies!

O caminho dessa mentalidade e espírito é estreito.

É um grande desafio!
Poucos loucos aceitarão.
Muitos desistirão no meio do processo.
Outros, percebendo os riscos e os custos, nem iniciarão a caminhada.
Eu já me pus nesse caminho e sofro as conseqüências dessa decisão.
Ás vezes dá vontade sim de retroceder, pois há momentos em que a dor e a rejeição é grande.
Contudo, as felicidades secretas de tal caminho também são inenarráveis.
Um prazer muitas vezes invisível que absorve nosso ser de alegrias eternas.

Você topa o desafio?
Quer vir comigo?
Será difícil, mas a promessa da Palavra de Deus é a de que somos mais que vencedores antes mesmo de começarmos a lutar.
A vitória antecipada não nos imuniza e nem evita o confronto, mas nos fortalece com a convicção de que os sofrimentos presentes não hão de ser comparados ás alegrias do eterno porvir da glória excelsa que está preparada para todos que amam o Senhor Jesus.

Você vem?


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ENTRE CORAIS, CASCÁVEIS E SUCURIS

A reflexão que escrevo agora é uma metaforia a respeito da alma humana baseada em experiências com diferentes tipos de pessoas que tive ao longo dos últimos anos.

As corais representam os seres pequenos e de pouca expressão pública, mas que possuem grande veneno e quando se sentem ameaçados mordem, picam, sem medo nem dó para se "defenderem" de uma possível ameça que suspeitam existir.

As cascáveis são símbolos de seres maiores e mais poderosos, mas não tão grandes. São animais peçonhentos que possuem instrumentos mais poderosos de inoculação de veneno e também um chocalho que, de longe, para bom observador, por causa da história pregressa e a falta de arrependimento, já avisam a realidade de suas naturezas para quem se aproxima deles.

Já as sucuris são seres grandes, fortes, hábeis e rápidos, contudo, são silenciosos. Não inoculam veneno com presas distribuidoras de peçonha e nem avisam a chegada com o barulho produzido pelo chocalho do aviso, mas seu abraço é potentemente sufocador, asfixiante, quando ela prende você só sai de lá esmagado. Têm muito maior expressão pública e influências políticas e sociais.

Fazendo uma retrospectiva de algumas experiências passadas que tive percebi que essa metaforia se encaixa como simbologia de descrição para representar a natureza da alma e do espírito de alguns seres. Seres esses que encontrei em ambientes religiosos e, pelo que me parece, são homens oprimidos e sujeitados, inconscientemente, por forças espirituais do mal. Creio que Satanás e seus anjos não apenas possuem, mas também oprimem e sujeitam pessoas inspirando-as e estimulando-as a realizarem o mal. Esses seres que encontrei, acredito, não eram seres "possuídos" por entidades demoníacas, pelo menos eu acho. Mas eram sim seres ou oprimidos que transferem a opressão recebida ou sujeitados que tentam sujeitar, conscientemente ou não, outros seres humanos.

Me enxergo como um Davi que, ao invés de enfrentar o leão, o urso e o gigante, enfrentei, pela graça de Deus e, pela graça de Deus saí vencedor, a coral, a cascavel e a sucuri.

Quem tem ouvidos para ouvir ouça e quem tem entendimento para discernir discirna.

Creio que esses seres existem em todos os ambientes, mas também acredito que a relgião parece que concede a tais naturezas poderes pseudo-espirituais diferentemente de alguns entes com naturezas parecidas que não são religiosos. Acontece algo parecido ao que acontecia com alguns imperadores antigos maus. Eram homens maus e tiranos, cruéis e opressores, mas chegavam ao ápice de sua maldade quando introduziam em sua auto-percepção de identidade o elemento divino. Daí, o surto se tornava insuportável e mais trágico ainda. Porque a religião é um instrumento de poder, um mecanismo de transferência de potencial de opressão.

A religião infla os homens.
Ela os declara deuses, ainda que inconscientemente.
A maioria nem percebe o sopro de vaidade recebido e vai se afundando na bagaça.
Quando percebem, já tiveram suas naturezas alteradas ou sua iniqüidade despertada para servir de instrumento de controle da vida dos outros.

Sei que não fui muito claro no que disse e poucas pessoas entenderão.
Mas, considerei importante dizê-lo, pois, pode ser que esse texto sirva de alerta útil para alguém em algum dia. Quem sabe?

Precisamos aprender o caminho da prudência para trilhar a vereda da simplicidade acompanhados do escudo que nos defende do mal.

Se preservarmos só a simplicidade sucumbiremos; é necessário prudência, afinal, a existência não é um gramado lindo, limpo, verde e visualizadamente inofensivo, mas uma selva densa e fechada cheia de perigos invisivelmente reais.

sábado, 17 de novembro de 2012

A PRINCIPAL DROGA DESSA GERAÇÃO (PARTE 2)

Hoje pela manhã, enquanto eu tomava café em uma padaria próxima a minha casa, um assunto recorrente nos últimos tempos me veio de novo a mente, a alma e ao espírito.

Eu estava assistindo uma reportagem rápida sobre feiras tecnológicas tão comuns em nossos dias.
A reportér, como sempre, falava das novidades, do crescimento do ramo e entrevistava pessoas envolvidas no processo: clientes, empresários, funcionários das empresas, etc. Rapidamente, minha mente criou um link para um fato que aconteceu comigo ontem e que tem relação com o assunto da reportagem. Você deve estar se perguntando: o que aconteceu com ele ontem?

Aconteceu comigo um fato simples, mas que me chamou a atenção de novo, repito, para o tema.
Ontem a noite, enquanto estava no banheiro, me levantando do vaso sanitário, me inclinei para a apertar o botão da descarga e....Plaft!....o aparelho celular caiu na água, na piscina cheirosa kkkkkkkkk. Na hora então pensei: "Ainda bem que o mijo é meu!" kkkkkkkk pensamento profundo kkkkk revelador kkkkkkkk.

Brincadeiras a parte, o assunto é sério.
Sério porque é notório o vício que se instalou na alma de nossa geração.
Ela está viciada em tecnologia. Cada dia mais. Compulsivamente.
Como eu já disse em uns dois outros artigos aqui desse mesmo blog - inclusive um intitulado "Adcting Games: a principal droga dessa geração" - certa vez ouvi uma mulher exclamar: "Eu não vivo sem internet!". Fiquei assustado. Parece que a internet se tornou essencial para ela.
Esses dias também, observando a propaganda de uma operadora de celular que também oferece serviços de internet, me assustei com o slogan: "...pague R$ 0,33 ao dia, porque internet você percisa todo dia!". Então, pensei: "Será que eu preciso de internet todos os dias? Internet agora é água, comida, oxigênio?"

Mas a maioria das pessoas nem pára para pensar um pouco como eu fiz.
Elas vão consumindo, consumindo, consumindo e....sendo consumidas também.
Auto-flagelando-se.
Destruindo-se.
Estragando, definhando, enfraquecendo o corpo, a alma e o espírito.
Essa geração tem sido destruída por causa desse vício, que é só mais um, e que não é mal em si mesmo, como nenhum vício ou droga é, mas que pode ser potencializado pelas carências de almas vazias que não têm sentido para viver e vivem vagando como zumbis sem significado para abraçar.

Toda geração tem sua droga preferida e essa é a nossa droga.

Podem me achar exagerado, mas eu não me importo com o que acham ou deixam de achar e sim com o que vejo e percebo, não apenas com os olhos físicos, mas também com o espírito e a alma, fincados na Palavra e no Espírito, que não me deixam mentir.

Essa geração está entorpecida pelo veneno da tecnologia!

E eu creio de todo coração, ainda que alguém me chame de exagerado e fanático, que existem influências demoníacas estimulando a produção, vício e consumo dessa droga.

Um exemplo disso é o fato de que a tecnologização do mundo trabalha contra o amor.
Sim, esse vício é anti-amor, distanciador, separador dos homens.
Embora o discurso deles seja o contrário, pois dizem: interação, integração, socialização. As redes sociais estão aí para exemplificar a realidade do que digo.

Na reportagem que assisti hoje pela manhã um empresário do ramo disse que há uma diferença entre a tecnologia do nosso século daquela do século passado. Enquanto que a base da antiga era a transmissão, o fundamento da atual é a interação entre atividades, clientes e pessoas em geral.
Mas agora eu pergunto: que interação? Que integração? Que socialização?
O que vejo por aí é um distancimento cada dia maior entre as pessoas.
Um grande distancimento. Um gelo, uma extratificação da alma e do espírito.
Seres que se transformam de humanos em robôs, andróides, máquinas, pedaços de pedra.

É a ciência que se multiplica aceleradamente, dá vazão a iniqüidade antiga e se derrama sobre toda a terra petrificando a percepção humana a respeito de si mesmo, do próximo e de Deus.

Terrível!
Insuportável!
Você gosta disso?
Eu não, não me acostumo, nunca me acostumarei.
Vou morrer gritando essa verdade.
O que eu gosto mesmo é abraçar, beijar e cheirar as pessoas todos os dias.
Também é bom ser abraçado, beijado e cheirado; olhar olho no olho; prestar atenção nos gestos faciais e corporais que comunicam muito; o tom de voz que exprime o conteúdo da alma com exatidão; e otras cositas mas que poderia acrescentar, mas creio não serem necessárias.

Resta-me apenas fazer-lhe algumas perguntas antes de encerrar essa reflexão.

Você está viciado em tecnologia?
Você caiu nessa armadilha?
Vive horas na internet, no celular ou em qualquer outro aparelho que descomunica os seres?
Onde estão os abraços, os beijos, os cheiros, as palavras ao pé do ouvido?
Os olhares, os gestos, os gritos, os silêncios reveladores?
Você é um dependente tecnológico?

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO SEXO CASUAL

"Sem amor, nada me aproveitará"
I Coríntios 13

Segunda-feira a noite, ao assistir um filme que passava na rede globo, uma cena em especial me chamou a atenção. Não me lembro do nome do filme, mas me recordo bem da cena.
Antes disso, contudo, preciso contar pelo menos parte da história para que você compreenda a cena.
Um casal namorava, mas se separaram.
O homem tinha um amigo com o qual ele conversava a respeito de suas dores e frustrações vindas do término do relacionamento.
O amigo também falava com ele a respeito de uma mulher que havia conhecido e com quem estava se relacionando "casualmente", isto é, se encontrando apenas para transar.
Tratava-se da mesma mulher, ou seja, a ex do amigo era o atual caso do outro.
Entretanto, o ex-namorado não sabia que o caso do amigo era sua ex.
Até que, um dia, o ex-namorado foi até a casa da ex-namorada fazer-lhe uma declaração de amor e tentar uma reconciliação. Mas teve uma surpresa.

Encontrou, na saída do apartamento dela, os dois juntos, abraçados; ele saindo apressadamente e ela ainda enrolada nos lençóis da cama. Todos foram pegos de surpresa. O ex-namorado, então, começou a perguntar: "O que está acontecendo? Vocês estão juntos? O que ele é seu?". Sua ex, então, surpresa e assustada, sem saber direito o que responder, virou-se para o homem-caso-casual e disse: "Nada, ele não é nada". Então, o homem que acabara de transar com ela estranhou a declaração, porque, embora por fora ele afirmasse que tratava-se só de sexo, por dentro ele já começara a ligar-se afetivamente a ela, o que é comum em uma alma saudável que transa com outra pessoa.

Você sabe porque essa cena me chamou tanto a atenção?
Justamente pelo fato de que a resposta dessa mulher a respeito da natureza da relação que estabelecera com aquele homem é uma definição ideal para o verdadeiro significado de relacionamentos casuais.

Relacionamentos casuais são mesmo um "nada", descompleto, sem significado, sem sentido, vazio.
Assim sentira-se a alma dela em relação a aquele com quem ela acabara de transar.
Ele estava mais ligado afetivamente - embora pareça até estranho tratando-se de um homem visto que geralmente quem se liga emocionalmente primeiro é a mulher - mas ela, estava totalmente desligada afetivamente dele. Para ela era só sexo mesmo, só coito, só tesão, só ralação, só pinto, só macho entrando na fêmea e a fêmea engolindo o macho. Só isso.

Resolvi escrever sobre esse assunto porque o fato se tornou moda em nosso país.
Pelo menos com esses contornos e esses nomes.
Sexo, putaria, orgia, pegação sempre existiu, obviamente, mas os nomes mudam e as representações também visto que as embalagens são modificadas, mas o produto continua o mesmo.
O que antes era promiscuídade, agora se chama "relacionamento casual". Soa mais sofisticado, menos vulgar, mais poluto e hipocritamente camuflado com o moralismo dessa sociedade falsa.

O que eu quero enfatizar aqui é a verdadeira impressão que o sexo casual marca na alma.
Sexo casual esvazia a alma. Tira conteúdos e significados. Confunde mentes, como a daquela mulher, que nem sabia denominar o tipo de relação que havia entre os dois, tamanha era a confusão que se estabeleceu em sua alma após aquele relacionamento.

Sexo casual não é relação neutra.
Sexo casual imprime marcas de um no outro, pois sexo não é só coito, mas troca de energias espirituais e conteúdos de almas que se encontram e se conectam.
No sexo casual você deixa um pedaço de si no outro e o outro deixa um pedaço dele em você e ninguem pode garantir que somente os pedaços bons é que são transferidos.

Você é uma pessoa que aderiu ao sexo casual?
Você se acostumou a ter casos e mais casos que não sabe nem denominar mais?
Sua mente e alma está tão confusa quanto a daquela mulher do filme?
Você não acredita na existência do amor?
Você não tem paciência suficiente para esperar por uma pessoa com a qual será estabelecido um relacionamento genuíno de amor e cumplicidade?

Cuidado com o sexo casual, ele não é tão inofensivo quanto você pensa.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"Adicting Games": a principal droga dessa geração

Ontem a noite eu estava assistindo o programa "Profissão Repórter", da rede globo, dirigido pelo jornalista Caco Barcelos e assessorado por jovens aprendizes de repórter que saem por lugares mais diversos produzindo reportangens acerca dos mais variados temas. No dia de ontem, o tema foi a influência da tecnologia na vida dos jovens e, principalmente, os malefícios que o mal uso dela e o vício tem provocado na vida deles e de suas famílias.

A reportagem mostrou que a tecnologia tem se tornado um vício como qualquer outro que já existiu.
Milhões de jovens estão fascinados pelos computadores, celulares, vídeo-games e, conseqüentemente, por todos os programas e interatividades que esses aparelhos oferecem. Eles passam horas todos os dias acessando redes sociais, enviando e recebendo mensagens, jogando e executando uma infinidade de outras atividades que me falta tempo para listá-las, mas sei que você leitor deve conhecê-las bem.

Alguns pais já perderam o controle sobre seus filhos.
Uma mãe, desesperada, afirmou o seguinte: "Eu me vejo, me sinto e me percebo como a mãe de um dependente químico". 

Os consultórios dos psicólogos e psiquiatras estão se enchendo de famílias perturbadas porque seus filhos estão viciados nesses entorpecentes virtuais. O pior de tudo é que alguns deles não admitem que estão viciados, mesmo passando horas do dia conectados e sofrerem problemas reais como perda de estudo e trabalho por causa das faltas geradas pela entrega constante ao vício. Um deles disse que a mãe é que está neurótica, tentando transferir a responsabilidade do problema que é dele para sua mãe.

Eu sempre percebi esse exagero de amor a virtualidade nesses últimos dias.
Tempos atrás uma declaração me chamou a atenção. Uma mulher disse: "Eu não vivo sem internet!"
Dá para acreditar?
A humanidade viveu milhares de anos sem essas tecnologias e, de certa forma e em certo sentido até de maneira melhor( pelo menos psicologicamente), mas agora vem alguém e diz que a internet é essencial, como se ela fosse água, comida, casa, companhia, Deus.

A verdade é, simplesmente, que a tecnologia, como toda produção humana, acabou por ser transformada por muitos em seu entorpecente individual, sua maconha, marihuana, canabis; sua cocaína, seu ópio, seu puteiro; seu cigarro, sua cachaça, sua pinga. É notório o fato de que a tecnologia tem se tornado o que todo entorpecente é: um instrumento de fuga do próximo, de Deus e da vida; do amor, da paz, da verdade, da realidade, do encaramento da vida como ela é, com senso de realidade, mas também com esperança de que a felicidade existe.

Além disso, esse vício tem enfraquecido sobremaneira essa geração, tanto fisicamente quanto mentalmente e, conseqüentemente, espiritualmente. Como profetizou Einstein a respeito do provável futuro de uma geração muito tecnológica: "Provavelmente um geração muito desenvolvida tecnológicamente será uma geração de idiotas". E o que vemos é isso: uma geração de seres alienadamente idiotados, que não conseguem parar dois minutos para concersar com seu próximo que está sentado ao seu lado. Meses atrás, vi uma cena que exemplifica bem o que acabei de dizer e que se repete praticamente todos os dias no mundo. Num aeroporto, enquanto eu desembarcava, notei que na sala de embarque, aproxiamadamente 80% das pessoas que ali estavam sentadas aguardando seus vôos, usavam algum tipo de tecnologia e de maneira assustadoramente ansiosa. Conversavam furiosamente ao celular, teclavam apressadamente seus notebooks, ipads, iphones e muitos outros aparelhos que nem sei denominar. Apenas uma pequena parcela estava mais tranqüila, sentada, aguardando pacientemente ou conversando com outra pessoa ao seu lado.

Você é viciado em tecnologia?
Você está apaixonado pelo mundo virtual?
Você tem usado esse instrumento como fuga da estrada real do chão da vida?
Você acredita mesmo que vive uma vida plena de realidade entregando-se com paixão ao uso desenfreado da tecnologia?
Você está viciado nessa nova-velha droga que entorpece tantos?

Que Deus nos encha o corpo, a alma e o espírito de tal modo que possamos usar tudo sem sermos escravizados por nada e também cheios da Sua Palavra e Seu Espírito possamos trilhar nosso caminho plenos de satisfação na simplicidade do amor que desentorpece todos os nossos sentidos.
Amém.

OBS: "Adicting Games" significa "Jogos Viciantes" na língua inglesa.






segunda-feira, 22 de outubro de 2012

VOCÊ É MACHO, FÊMEA, HOMEM OU MULHER?

"E sete mulheres naquele dia lançarão mão de um homem, dizendo: 'Nós comeremos do nosso pão e nos vestiremos do que é nosso; tão somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio".
Isaías 4.1

Ontem a noite, enquanto trabalhava normalmente, fui surpreendido por uma companheira de trabalho que me abordou abruptamente e me fez uma proposta indecente, sexual, depravada. Tomei um susto, principalmente pelo fato de acontecer como aconteceu: num ambiente de trabalho, próximo a várias pessoas e de uma maneira grosseira. Imagino um pouco o significado real dessa iniciativa dela, embora eu não tenha certeza de fato do que a motivou exatamente para fazer o que fez, ou melhor, dizer o que disse.

Entretanto, o que mais me impressiona não é uma ou outra investida de uma ou outra mulher separadamente, esporádicamente. O que me preocupa é a realidade de parecer haver espalhado pelo ar um espírito de sensualidade que tem sujeitado muitas mulheres.

Elas estão desesperadas.
Como disse certa pessoa em certo lugar: "Sofrem de afliceta".
Será que preciso explicar o que é afliceta?
Acho que não, a maioria entenderá o que digo.

Há um espírito de carência fortíssimo derramado sobre muitas mulheres.
Sim, afirmo isso baseado em experiência própria.
Nesses dias de solteirice pós-separação, elas estão tentando me comer de qualquer jeito.
Essa colega de trabalho não foi a primeira e provavelmente não será a última.
Já recebi outras cantadas de variados tipos, tanto sofisticadas e educadas quanto grosseiras.
Já me encoxaram, já me passaram a mão e só faltou arrancarem a calcinha em público e abrirem as pernas prá mim.

Por enquanto, estou me esquivando.
Deslizo aqui e ali, mas não é fácil, porque se você as rejeita, algumas delas saem por aí dizendo que você é gay porque não as "pegou".
Quem me conhece sabe que não sou gay, não preciso provar isso prá ninguém.
Mas na mente pervertida e desesperada de algumas delas, a rejeição sofrida por um macho que também é homem - porque me proponho a ser mais que macho, eu quero ser também homem e homem de verdade não é obrigado por ninguém a comer carne que não deseja - faz com que se sintam tão perturbadas e comecem a odiar o sujeito que as rejeitou, visto que percebem que não são tão gostosas quanto pensam e que nem todo macho é só macho, tem macho que também é homem, e é isto que estou tentando ser: um macho-homem e não apenas um macho-macho ou um macho-menino.

Ser macho-menino é ser um ser imaturo e idiotado.
Ser macho-macho é ser um bicho que abstêm-se de dsenvolver as capacidades diferenciais que o Criador lhe outorgou.

Sou macho sim, e como sou!
Mas quero ser homem também, visto que Deus chama todo macho para que se torne homem também e toda fêmea para que se transforme numa linda mulher auxiliadora idônea do seu homem.

Que tipo de ser você é?
Um macho?
Um homem?
Uma fêmea?
Uma mulher?
Macho-homem ou Homem-macho?
Fêmea-mulher ou Mulher-fêmea?

Quem passa por essa existência e não evolui será sempre apenas um macho ou uma fêmea.
Um animal.

Contudo, quem entende a graça de Deus derramada sobre todos os seres humanos, sabe que o Criador nos constituiu homem e mulher, para sermos seres parecidos com Ele, que não é macho nem fêmea, nem animal, mas um ser evoluidíssimo, de espírito nobre e elevado, Altíssimo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

IMAGEM OU PALAVRA: QUEM GUIA VOCÊ?

"O homem vê o exterior, mas o Senhor considera o coração"
Deus, ao profeta Samuel, quando este foi a casa de Jessé ungir o novo rei de Israel e ficou encantado com Eliabe, o irmão mais belo, alto e forte de Davi

Como todos sabemos e é extremamente óbvio e notório, vivemos cada dia mais imergidos em uma cultura psico-espiritual que valoriza muito a imagem em detrimento de realidades interiores.

Hoje mesmo, estava reparando mais uma vez, enquanto subia uma escada rolante, na reação das pessoas quando encontram um espelho. A maioria pára tudo o que está fazendo, seja o que fôr - conversando, lendo, falando ao celular, etc - para conferir o estado de sua imagem, principalmente penteado, no reflexo desse vidro. Aliás, por falar nessa escada rolante, colocaram propositalmente espelhos em ambos os lados, justamente porque sabem que nossa cultura está viciada em um culto a imagem.

Hoje também, notei outro exemplo desse culto a imagem que prestamos diariamente.
A repercursão de fotos que postei em minha página do facebook foi imensamente maior que palavras e frases que ás vezes posto em meu status. Algumas palavras e frases passam quase que despercebidas, mas as fotos nunca, principalmente se são boas e inspiradoras como as que postei referentes a um passeio que fiz a uma cachoeira da região.

Eu também tenho notado que, embora em menor escala, estou um pouco viciado nessa droga.
Vez ou outra me pego conferindo meu penteado em algum vidro ou espelho pela rua.

Não quero aqui ser extremo ao ponto de ignorar a importância da imagem como manifestação natural dos seres, como o é, já que Deus nos deu o sentido da visão para usarmos e ele pode ser estimulado sim com moderação. Estou me referindo a um exagero que há nessa tirania de culto a imagem estabelecida. O caso é sério.

Sério também é o fato de que não é uma realidade atual, mas antiga que tem relação com essências mais profundas do ser chamada humano. Tanto isso é verdade que sempre foi assim. No princípio foi assim quando Eva preferiu as delícias provocadas pela visualização do fruto da árvore proibida ao invés de obedecer as palavras proferidas pelo Criador. Uma troca simples e suicida: palavra por imagem. Por semelhante modo, no registro citado acima, vemos o próprio profeta Samuel, homem que conhecia o Senhor com intimidade, quase cair na tentação de escolher o rei de Israel baseado em características físicas. Ele se impressionou com Eliabe, o irmão mais velho, mais alto, mais forte, mais belo, mais tudo do que era Davi: o menos alto, menos belo, menos forte, menos experiente.

Estamos doentes por causa desse culto a imagem.
Nos tornamos seres desprezíveis.
Na verdade, não nos tornamos, sempre fomos, mas esse culto manifesta essa nossa faceta terrível e enganadora.

Contudo, o desafio do Evangelho é, dentre tantos outros, vencer essa tirania das aparências.
A Palavra ensina que o Senhor não se impressiona com aparências pois considera a lei perfeita do estado da alma, do coração, da mente, do espírito.

Quando priorizamos o sentido visão, cultuando a imagem, automaticamente, menosprezamos o sentido audição, desprezando a palavra que traz mensagens, conteúdos e espíritos-essências para nossa compreensão da vida e dos seres.

E o diabo anda deitando e rolando.
Ele usa a IMAGEM para desviar nossa atenção da PALAVRA.
Ele sabe há muito tempo que nos encantamos facilmente pelas imagens que nossos olhos observam e por isso as usa contra nós, para que pelo embriagamento da alma pelas coisas vistas o espírito se esqueça da palavra que diz que o coração é manifesto pelas palavras e não pela imagem.

Acaso Jesus disse que "a imagem transmite o que está cheio o coração?"
Ou teria dito ele que "a palavra exala as realidades mais profundas do ser?"
Não é a boca que transmite com fidelidade o conteúdo de preenchimento ou vazio do coração?

Tenho procurado prestar mais atenção nas palavras das pessoas do que na aparência delas.
E tenho notado que, muitas vezes, o conteúdo expresso pelas palavras é muito mais fiel do que qualquer traço da imagem possa me comunicar. Não estou dizendo que a imagem não comunica nada. Eu sei que comunica e que também de certa forma expressa conteúdos espirituais.
Contudo, é a voz que exclama com mais propriedade os gemidos da alma  e do espírito.
Como ouvi, há dias atrás, de certo cantor brasileiro conhecido, "a voz também é uma janela da alma".

Você tem sido enganado pela tirania das aparências?
Você é um devoto da conspiração da imagem contra a palavra?
Você acredita mais no que vê ou no que ouve?
Você ouve quando está vendo?
Você é um ser que gasta tempo e dinheiro para manter uma imagem "positiva" ou "aceitável" pela maioria?
Você come do fruto da árvore da queda todo dia esquecendo-se das palavras de vida do Criador amoroso?

"Oh! Pai Celeste, Criador de todos nós, converte-nos á Tua Palavra, para que não nos enganemos estimulados pelas mentiras que a imagem propõe como caminho de verdade. Amém!"

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A INVEJA DE SER

"Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: 'Odiaram-me sem motivo'"
Jesus, acerca do significado da natureza do ódio que nutriam contra sua pessoa

Ontem pela manhã estava conversando com um amigo e ele relatava algumas perseguições que sofrera ao longo da vida, principalmente em ambientes de trabalho. Contou-me como não entendia porque algumas pessoas o odiavam sem aparente motivo, isto é, ele não havia feito nada de mal a elas e ele também nem possuía bens, cargo ou salários dignos de inveja alheia. Ele disse assim: "Parece que as pessoas invejam minha felicidade...".

Naquele mesmo momento, concordando com a conclusão dele acerca da suspeição de que as pessoas invejavam sua felicidade, prossegui dizendo que a inveja se manifesta, basicamente de duas maneiras. A primeira, é a inveja básica, óbvia e detectável, isto é, aquela inveja causada por beleza, riqueza, conquistas, cargos, salários, performances, etc. Essa é a inveja com causa facilmente notável e detectável. A segunda é a inveja crônica, que chamei de "inveja de ser" nome que faz um contraponto em relação a outra inveja que podemos chamar de "inveja de ter".

Assim, rapidamente e de uma maneira muito básica, denominei dois tipos de inveja que são reais: a inveja de ter e a inveja de ser.

Também notei, tanto naquele instante quanto nos momentos que se seguiram e até hoje continuo com a mesma percepção, que a inveja de ser é pior que a inveja de ter. É como se uma fosse mais leve, básica e infantil enquanto que a outra é mais pesada, crônica e amadurecidamente má.

Jesus sentiu na pele esse tipo de inveja, visto que nele não havia motivo de tropeço algum para que o odiassem, pelo fato de que ele era perfeito, sem pecado, sem mácula, sem vacilo, sem falha, sem queda. Então, nesse caso, restou uma simples conclusão acerca da raiva que dele sentiam: era inveja.
Inveja porque, humanamente sendo quem era, isto é, um pária da sociedade, um trabalhador braçal nascido em berço pobre e sem, aparentemente, nenhum motivo para sorrir, ele esbanjava alegria, pois o salmo mesmo diz que ele foi "ungido com o óleo de alegria", banhado por um gozo constante, celestial e espiritual.

Daí, seus contemporâneos o observavam e se questionavam: "Como pode esse pobre, trabalhador braçal, filho de carpinteiro, do buraco chamado Nazaré, ser tão feliz e fazer a felicidade de tantos enquanto nós que somos cultos, ricos, lindos, autoridades, não conseguimos nem metade dos resultados dele?"

Jesus, então, explicando o que se passava no espírito desses que o odiavam, diz que o "odiaram sem motivo" significando que não havendo motivo justificável para o ódio eles continuaram odiando assim mesmo e no futuro inventara motivo.

Tenho percebido que algumas pessoas nos odiarão nessa vida de qualquer maneira, com motivo ou sem motivo, com causa ou sem causa, com explicação ou sem explicação e, provavelmente, na maioria dos casos, senão em todos, o que estará instalado na alma destes é a inveja de ser, a inveja crônica a respeito de quem nós somos e eles não são.

Eu mesmo, embora seja um pecador como qualquer outro e sofra das relatividades como todo homem, já sofri esse tipo de inveja de ser. Discerni que a pessoa me odiava e tentei encontrar motivos reais para que aquela inveja se explicasse. Não encontrei, pois, eu não havia lhe feito mal algum e também não possuía nem riquezas nem bens quaisquer daquele tipo que geralmente gera inveja cobiçosa nos outros. Depois de um tempo, então, percebi, que tal pessoa me invejava por ser o que ele não era e cultivar em meu espírito a paz e a alegria geradas pelo Espírito Santo do Senhor.

Você é uma pessoa invejosa?
Qual é o tipo de inveja da qual você padece? A leve ou a crônica?
Você é o invejado?
Tem sofrido perseguições e ódios aparentemente inexplicáveis?

Se você é o invejoso, eu lhe digo, converta-se!
Converta-se a satisfação de ser em Deus o que Deus te chamou para ser humildemente.

Se você é o invejado, então, descanse, confie e não deixe de ser quem você é, afinal, nesse caso, a culpa não é sua, pois, que culpa alguém tem pelo simples fato de ser feliz e satisfeito em Deus?

"Senhor, livra-nos de toda inveja, seja a leve ou a crônica, a de ter ou a de ser.
Faz-nos seres felizes, contentes, satisfeitos em Ti sempre.
Derrama sobre nós o mesmo óleo com o qual ungiste nosso irmão mais velho Jesus Cristo. Amém."

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

É POSSÍVEL VENCER O MUNDO

"No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo"
Jesus, a todos os seus discípulos

Essas palavras de Jesus possuem um significado muito profundo.
São palavras extremamente verdadeiras e aplicáveis ao nosso cotidiano.
São verdades que sempre precisaremos lembrar, principalmente em momentos de adversidades.

Contudo, é necessário comprêendê-las, entendê-las em seu real sentido em relação a vida.

Em primeiro lugar, precisamos entender o que significa "mundo".
Mundo segundo Jesus e segundo a Palavra de Deus, não é o mesmo "mundo" pregado pela religião e pela "igreja" instituição. Sim, porque "mundo" para os crentes é uma geografia ou alguns comportamentos visíveis e identificáveis pelo globo ocular. Geografia porque parece que "mundo" é um ambiente fora dos limites do templo e das atividades eclesiásticas. É ridículo, mas é assim que eles pensam e ensinam. Parece que estar no templo ou congregar é estar "fora do mundo". É se proteger do "pecado". Para a religião também "mundo" ou mundano é beber, fumar, dançar, transar, ouvir música "secular" (qual música não é secular?), etc. Entretanto, "mundo" para Jesus é uma mentalidade, um espírito, um sistema espiritual opressor e mentiroso que escraviza homens, mentes, almas, espíritos. Por isso, o "mundo" também está dentro da igreja, pois lá também existe mentira, falsidade, controle, opressão, etc.

Em segundo lugar, necessitamos saber que as aflições são inevitáveis.
Sim, inevitáveis, inescapáveis, impossíveis de serem abandonadas por qualquer fuga ou evasão nossa.
Podemos até fugir delas uma ou outra vez, mas elas nos encontrarão lá na frente, de um modo ou de outro. Jesus não nega a realidade da existência cotidiana das aflições. Elas existem para todos. Todos sofrem. Todos são aflgidos. Todos sentem dores, sejam físicas, mentais ou espirituais. Até aqueles que reputamos por gente mais tranqüila, talvez por ser rica e dispor de facilidades que a maioria não dispõe, também têm seus sofrimentos e seu dinheiro não pode privá-las de tudo. Jesus não promete cura para todas as doenças. Jesus não promente fonte de juventude física permanente. Jesus não promete trabalho, emprego e salário sempre garantidos. Jesus não promete que todos os casamentos serão até que a morte separe porque ele sabe que nossa dureza de coração gera divórcio. Jesus não promete filhos bonzinhos e obedientes, pois ninguém é totalmente obediente. Não, não e não. Jesus diz que todos igualmente estão sujeitos a variados males da existência e terão que enfrentar uns e outros mais cedo ou mais tarde. Portanto, guardadas as devidas proporções de manifestações, verdade inexorável é, que as aflições nos alcançam.

Entretanto, para a nossa alegria, Jesus também promete possibilidade de vitória sobre as aflições.
Assim como é verdade inexorável que elas existem e se manifestam, também o é que elas podem ser vencidas, ultrapassadas, superadas, que nós podemos receber alívio em momentos de adversidade e socorro em ocasião oportuna.

Como então?
De que maneira podemos obter vitória sobre as aflições da vida?
Que garantia temos quando elas se manifestam em nossa caminhada?
O que fazer? Em que crer? O que esperar? Que iniciativas tomar?
Que Palavra o Senhor tem para nós em momentos tão difíceis assim?

Para superar as aflições é preciso ter bom ânimo.
Mas o que significa ter bom ânimo?
O que é bom ânimo?
É ser animado, bem humorado, destilar sorrisos mesmo sentindo profundas dores?
Fingir que é o mais feliz dos homens em momentos contraditórios de angústias e dores?
É vestir uma máscara de super-crente-inabalável discípulo da teologia infernal da prosperidade?

Não.
Sabemos que não são esses os significados de ter bom ânimo.

Bom ânimo é fé, esperança, boa expectativa, confiança num Deus que pode reverter uma situação com apenas um palavra sua.
Bom ânimo é reconhecer a dureza da realidade, mas não perder a doçura da glória excelsa.
Bom ânimo é semear alegria pela fé ainda que as circunstâncias só convidem ao choro e a tristeza.
Bom ânimo é transcender a esmagadora maldade e perversidade do sistema mundano com a iniciativa de amar a qualquer preço, sempre, continuamente.
Bom ânimo é ser inconformado com os sistemas de morte instalados no planeta terra.
Bom ânimo é tudo isso e muito mais.

Bom ânimo é absorver os significado das palavras que Jesus disse quando exclamou:
"Eu venci o mundo".
Você já absorveu esse significado?
Você já refletiu no real sentido dessa afirmação do Mestre?
"Eu venci o mundo" significa que Jesus a afirma a possibilidade da vitória sobre as aflições fundamentado não apenas em sua onisciência como Deus, mas também em sua experiência como homem que aprendeu pela via do sofrimento. Experimentou, em sua carne, tudo o que nós experimentamos. Não apenas sabe por teoria, mas sentiu todas as nossas dores e sabe o quanto elas doem. Ele sabe a intensidade das dores físicas, das mentais, das espirituais, de qualquer dor que um humano possa sentir porque ele sentiu todas, não foi privado de nenhuma.

Você está passando por alguma aflição?
Experimentando alguma dor?
Onde dói?
Como dói?
Quanto dói?
Esses detalhes, na verdade, não interessam muito, pois o que interessa mesmo não é ter um diagnóstico detalhado da dor, mas a certeza de que existe alguém que possui todos os medicamentos e tratamentos para todas as dores possíveis de serem experimentadas por um ser humano.

O que te aflige?

Tenha bom ânimo.
Levante-se.
Creia.
Confie.
Encha-se de esperança.
Afinal, somos mais que vencedores antes mesmo de começar a lutar.
PARA QUÊ MAIS VELOCIDADE?

"4G é a quarta geração de telefonia móvel que usa novas técnicas de transmissão e aparelhos de última geração e atingem velocidades de até 100Mbps. Vantagens: baixar arquivos, como música e filmes, em muito menos tempo".

Li essas palavras acima ontem, enquanto trabalhava, pois elas estavam registradas na plataforma virtual que uso como suporte do atendimento que presto aos clientes todos os dias.
Elas me chamaram a atenção, não porque são uma novidade, mas porque já denotam uma realidade opressivamente antiga em nossos dias. Você sabe do que falo?

Falo de pressa, aceleração, inovação, invenção, rapidez, um surto de apressamento da vida que sempre me incomodou e continua incomodando, principalmente porque percebo que essa aceleração têm origens não apenas físicas e psicológicas, mas sobretudo espirituais, pois eu creio de todo o coração, baseado no que as Escrituras preveram para os últimos dias e também fundamentado na simples observação da vida como ela está, que esse surto de aceleração da vida não é de Deus, pelo contrário, tem mesmo é o dedo e a mente do Diabo, o pai da mentira e da invenção de necessidades.

Já estou enjoado de tecnologia. Principalmente dessa "inovação" constante.
Esse conceito nos oprime.
Parece que você é obrigado a acompanhar o ritmo frenético que inventaram.

É um espírito de pressa e ansiedade coletivo.
É terrível.
É diabólico.
É torturante.

E esse espírito se alastra.
Antes você o encontrava mais apenas nas grandes cidades, mas hoje até os interiores outrora pacatos e tranqüilos já estão sendo envenenados por esse vírus terrível.

Estou vendo um exemplo dessa realidade todos os dias na cidade onde vivo atualmente, Governador Valadares, interior de Minas Gerais. Há uma aceleração óbvia no ritmo da cidade se comparado, por exemplo, ao ritmo que havia há seis anos atrás, em 2006, quando morei aqui também. Percebi essa alteração na velocidade do trânsito. Naquela época, a movimentação era mais tranqüila, havia mais pedestres e bicicletas e menos veículos combustíveis. Hoje, você vê menos pedestres e bicicletas e um aumento considerável de carros e motos principalmente. Houve uma explosão, uma infestação deles nas ruas. Pior de tudo é que não há educação no trânsito. A maioria dos motoristas são de péssima qualidade, razão pela qual quase todos os dias eu encontro um acidente ou um quase-acidente nas ruas dessa cidade.

Já percebi situação parecida em outras cidades também.
Na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo, por exemplo, onde morei por dois anos, em 2010 e 2011, cheguei a encontrar congestionamento de veículos. Sabe quantos habitantes Votuporanga tem? Aproximadamente 90 mil. Será que é normal uma cidade pequena de apenas 90 mil habitantes sofrer de engarrafamento de veículos? Se isso é normal então eu não sou normal, porque acho um absurdo esse surto de automobilização da vida.

Você aderiu a esse espírito?
Você entrou nessa onda?
Você acelerou a vida sem perceber e sem necessitar?
Você caiu nessa armadilha que vem direto do inferno?

Cuidado, observe bem o seu ritmo e veja se está acelerando demais.

O principe deste mundo está por aí, todos os dias, soprando ansiedade e pressa nos corações humanos, para que eles apressados se esqueçam das pessoas e dos signficados mais relevantes da vida.

É difícil não entrar no esquema desse sistema.
Falo por experiência de alguém que não consegue se encaixar nessa pressa toda.
Já fui ridicularizado e perdi oportunidades trabalho por causa disso.
Já fui chamado de lento, de burro, de psicologicamente fraco e outros apelidos "carinhosos" parecidos com esses.

Mas não me engano.
Pode o mundo cair, eu permaneço devagar e sempre.
Os apressados ficam nervosos comigo.
Mas eu continuo calmo, sereno e tranqüilo, no passo do gado e no passo da criança.
Não tenho pressa de chegar, afinal, chegar onde?
Não tenho pressa de correr, até porque, correr para quê?
Sou eterno e quem se enxerga eterno não tem pressa, afinal, não morro mais.
Não acabo, permaneço.
Não findo, ressuscito.
Não sou só temporal.
Meu corpo é temporal, mas meu espírito recebeu do Criador a semente da Eternidade.
Eu nem sei definir o que é eternidade, mas se a Palavra diz que ela é real e que o Altíssimo a plantou em meu ser, então, eu creio que assim é.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

VOZES PROPOSITIVAS E VOZES MURMURADORAS

"Antes murmuraram nas suas tendas e não deram ouvidos á voz do Senhor"
Salmos 106.25
"Há muitos tipos de vozes no mundo e todas elas tem um significado"
Paulo, apóstolo do Senhor Jesus, aos irmãos Coríntios

Ultimamente, tenho me incomodado com qualquer tipo de reclamação, murmuração, descontentamento, insatisfação, principalmente se não tiver fundamento sólido, isto é, fôr uma insatisfação infundada, não referente a uma necessidade real e sim um incômodo caprichoso gerado pela vaidade humana.

Sim, estou incomodado com esse espírito, e não apenas quando ele se manifesta nos outros, mas também quando eu o percebo em mim mesmo. Esses dias atrás aconteceu isso. Discerni esse espírito de murmuração em mim mesmo.

A situação foi a seguinte.
Vou contar a história toda.
Resumida.
Há mais ou menos dois meses cheguei aqui nessa cidade, que não é a minha natal, com o objetivo de nela permanecer para estar próximo ao meu filho. Sem trabalho. Com pouco dinheiro. Dependendo apenas de alguns trocados que minha família ás vezes me mandava para morar e comer. Logo, obviamente, conclui pela lógica mais lógica da vida, que para me estabelecer precisava de trabalho para me auto-sustentar visto que não sou mais um adolescente e além disso, também sou jovem, saudável e capaz de desempenhar muitas tarefas e realizar variados trabalhos.
Então, comecei a procurar trabalho.
Foi difícil porque a cidade é pequena, com sua economia fundamentada no comércio e na agropecuária e com a condição de QI(Quem indica) para entrar nas empresas. Como eu conheço poucas pessoas aqui, não tinha muito apoio.
Perambulei. Peregrinei. Andei. Afinei mais ainda minhas canelas já esguias.
Até que, enfim, depois de mais ou menos 50 dias, consegui entrar no processo seletivo de uma empresa prestadora de serviços de call center e telemarketing.
Entrei e estou trabalhando lá como operador, atendendo clientes de uma outra emrpesa que tercerizou o serviço de atendimento deles.
O trabalho, como qualquer outro, tem suas chatices e fadigas, afinal é trabalho. Contudo, não é o pior do mundo se comparado a diversas outras funções existentes por aí.

Entretanto....
Me peguei murmurando dele.
Relcamei. Xinguei. Fiquei "bavo".
Pura frescura e reclamação infundada.
Nesse momento, eu mesmo me indignei comigo, visto que me lembrei que eu havia orado muito para conseguir uma porta de trabalho e agora, que o Senhor havia me aberto, eu estava insatisfeito com a oportunidade que me aparecera.
Que insatisfação!
Que murmuração!
Que ingratidão!
Que frescura!
Que vaidade!
Que contradição e ambigüidade!
Como somos maus, ingratos, caprichosos e insatisfeitos!
Murmuramos de quase tudo e alguns que padecem de murmuração crônica murmuram mesmo de praticamente tudo.

Também comecei a prestar a atenção em murmurações alheias.
A maioria infundada, sem sentido, gerada por puro capricho, sem fundamento sólido e real.
Então, comecei a perceber que faço parte de uma geração inteira estragada, mimada, afrescalhada, fraca, folgada, preguiçosa e ingrata.
Nossos pais e avós sofreram muito mais que nós e alguns deles reclamaram menos.
Mas nós murmuramos mais por motivos muito menores.
Somos uma geração que possui confortos que nossos avós nem imaginavam um dia exisitir, mas mesmo assim cultivamos uma alma insatisfeita como se fôssemos escravos abusados e maltratados por senhores de engenho déspotas e cruéis.

No meio dessa geração murmuradora ouço poucas vozes propositivas.
Vozes que ao invés de se entregarem á murmuração coletiva, pensam um pouco e oram mais para encontrar soluções ao invés de sentarem-se e reclamarem da vida.
Gente que ao invés de reclamar do calor vai tomar um banho gelado para se aliviar ou chupar um sorvete para se refrescar.
Gente que ao invés de sentar e reclamar do baixo salário vai a luta para no futuro conseguir uma promoção ou um outro trabalho onde ele seja melhor valorizado.
Gente satisfeita que sabe diferenciar o que é essencial a vida e o que é apenas capricho gerado pela vaidade do coração enganoso do homem.

Eu quero deixar de ser uma voz murmuradora para me tornar uma voz propositiva sempre!

E você?

Os murmuradores não constroem nada e ainda ajudam a derrubar o que está em pé.
Os propositivos lutam, guerream, suam, constroem, vencem obstáculos, tentam várias vezes e cultivam um coração grato a Deus mesmo quando tudo parece ter dado errado.

Que Deus arranque de nós esse espírito murmurador e introduza dentro de mim e de você esse espírito da proposta, da reflexão que resolve, da solução, da pró-atividade como dizem em nossos dias.

Amém.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

TODA TENTAÇÃO É RESISTÍVEL

"Não vos sobreveio tentação desumana, mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar"
I Coríntios 10.13

Dias atrás eu estava sofrendo angústias por causa de uma abstinência sexual que estou enfrentando.

Fui casado durante os últimos seis anos, até final do ano passado e, logicamente, nesse período, tive uma vida sexual ativa, normal, como qualquer homem jovem e saudável teria numa situação normal dessas. Contudo, me separei no final do ano passado e comecei 2012 sem mulher e conseqüentemente sem sexo.

Foi e continua sendo difícil, pois, como já falei acima, sou um homem normal, de 28 anos de idade, saudável e que por isso tem, obviamente, desejo sexual como qualquer outro homem em situação semelhante a minha.
Entrei o ano assim. No começo, até que não sofri muito, mas o tempo foi passando e o corpo que já se acostumara a satisfazer-se sexualmente de uma maneira regular começou a pedir por sexo.
Oportunidades não faltaram, tanto na cidade onde morei os primeiros seis meses desse anos quanto nessa agora em que estou. Mulheres lindas, jovens, carentes e fáceis. Isso porque não tomei nenhuma iniciativa de conquista. Elas apareceram naturalmente atraídas por um motivo ou outro dependendo da pessoa.

Fui tentado. Quase cedi. Foi difícil. Mas, enfim, não transei com nenhuma delas e permaneci nessa abstinência. Então, esses dias, parece que tive uma angústia gerada pela falta que o sexo produz no organismo e na alma de um homem como eu. Na minha angústia, clamei ao Senhor, pedindo socorro e minha argumentação era mais ou menos essa com Deus: "Senhor, eu não sou anjo, sou apenas um homem, por isso, mande-me uma mulher, porque eu não agüento mais a falta de sexo e companhia".

Essa angústia se repetiu por uns dois ou três dias até que, exausto, peguei minha bíblia e orei, como sempre faço, pedindo para o Senhor me dar uma palavra, um ensino, um consolo. O texto que achei e me foi oportuno é esse que acabei de escrever acima e que fala sobre a natureza humana em relação a tentação.

Era justamente o que eu precisava, visto que estava me esquecendo que apensar da angústia que eu sentia ser verdadeira, verdade é também que nenhuma tentação é totalmente irresistível. Nenhuma mesmo. Nem a sexual. Nem qualquer outra.

Lembrei e reaprendi que todas as tentações que sofremos são suportáveis.
Sim, todas são resistíveis e não podemos ceder a elas e inventar justificativas como fazemos muitas vezes.
As palavras de Paulo aqui ensinam que a fidelidade de Deus nos sustenta diante de qualquer tentação, por maior e mais irresistível que ela pareça ser. Pode parecer irresistível, mas não é. Pode ser sedutora, como obviamente toda tentação é, mas é suportável para quem tem a Palavra no coração e o Espírito Santo habitando dentro de si.
Deus é fiel tanto para nos fortalecer com o objetivo de resistir a tentação quanto para providenciar um livramento para escape dela, pois não há tentação desumana, sobre-humana, irresistivelmente sobrenatural.

Não, não há.
Não há mesmo.
O que há é uma facilidade nossa em ceder a tentação por causa dos benefícios prazerosos que ela nos trará e também um costume nosso de inventar explicação e justificativas para tudo.

Sexo é irresistível?
Dinheiro é insuportavelmente tentador?
Conforto é absolutamente irrecusável?
Mentir é inequivocamente necessário?
Não, não e não.
Sim, sim e sim, todas essas e quaisquer outras tentações nomináveis são resistíveis pelo poder da Palavra de Deus que em nós habita e de seu Santo Espírito que nos foi outorgado como preenchimento da alma em dias difíceis.

A Palavra de Deus está encravada em sua alma?
O Espírito Santo lhe habita?
Você é um discípulo genuíno do Senhor Jesus?

Então, reconheça, diante do que a Palavra nos ensina:

É POSSÍVEL RESISTIR TODA E QUALQUER TENTAÇÃO QUE APAREÇA!!!!!

Se é possível para mim também é para você.
Se é possível para você também é para mim.

Amém.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A ESSENCIAL DIFERENÇA ENTRE TEOLOGIA E REVELAÇÃO

"Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois ocultaste essas coisas dos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos"
Jesus, sobre a estratégia humilhante de Deus em comunicar realidades espirituais aos homens

Estudei teologia, como já disse aqui em outros textos desse mesmo blog.
Inclusive, em um deles, denominado "Teologia: porque abandonei Lógica para ficar só com Téo", falo mais detalhadamente sobre o que aprendi e os motivos que me levaram a abandonar a teologia.

Por que abandonei a teologia?
Por que a teologia é apenas uma ciência humana, como qualquer outra: como a biologia, a matemática, a química, a física, enfim, qualquer saber humano que se possa denominar e que faça parte do grupo ao qual as definições científicas disserem que ele faz.

Ela tem utilidade?
Sim, como qualquer outra ciência, a teologia tem utilidade.
Ela pode ser usada para diversos propósitos: comprovação de manuscritos antigos, compreensão de significados históricos e gramáticos das Escrituras, entendimento de certas passagens da Bíblia, compreensão da fé de certos grupos religiosos, etc.

A teologia como ciência tem o seu lugar na história da humanidade e a sua relevância para o homem, a igreja e a sociedade em geral.

Contudo, a teologia é limitada.
E por que digo que ela é limitada?
Justamente pelo mesmo motivo que disse que ela é útil e também por causa da mesma descrição de natureza que realizei acima.
A teologia é limitada porque é uma ciência inventada e desenvolvida por seres humanos limitados.
Teologia é pensar humano sobre Deus.
Teologia não é pensar de Deus sobre Deus nem revelação completa de Deus sobre os homens.

Teologia é somente cogitação, raciocínio, hipótese, discussão, argumentação, tese, antítese, ás vezes síntese, mas mesmo quando encontra uma síntese ainda sim não deve ser tomada como absoluta se essa síntese fôr apenas comprovação lógica racional de certas realidades.

Por que digo tudo isso?
Por que tento definir o que é teologia?
Por que tento expressar em palavras aquilo que em meu espírito é absolutamente convicção profunda?

Faço isso porque percebo muitas pessoas confundindo TEOLOGIA COM REVELAÇÃO.

Sim, muitas pessoas fazem essa confusão e outras acreditam nesses que essa mistura realizam.
Eu mesmo já fui confuso a respeito do assunto.
Hoje sei que uma coisa é uma coisa e outra coisa é uma outra coisa mesmo, de fato.

Antes eu pensava que teologia era revelação da Palavra pelo Espírito Santo.
Mas não é. A revelação da Palavra juntamente com a testificação do Espírito Santo é um entendimento muito mais profundo e as vezes até inexprimível por meio de palavras.
Eu mesmo não estou conseguindo expressar em sua totalidade o entendimento espiritual que tenho acerca desse assunto. É muito certo, mas ao mesmo tempo um mistério, pois estamos falando de realidades espirituais sobre as quais temos apenas lampejos de luzes acesas por Deus em nosso espírito.

O mais interessante acerca desse assunto é que esse discernimento da Revelação de Deus no Espírito foi ocultada pelo próprio Deus para muitos sábios e instruídos e dada pelo Seu Espírito Santo a gente pequenina dessa terra. É uma estratégia humilhante de Deus, para que os grandes se dobrem ante sua soberana vontade em se revelar a quem quer, quando, onde e como quiser.

A maioria das pessoas que compreende essas realidades espirituais profundas é gente simples, menos culta, ás vezes iletrada mesmo, pobre, sem influência na sociedade dominada pelo ricos, instruídos e poderosos segundo os poderes deste mundo tenebroso. Foi Jesus quem ensinou essa verdade. Não estou inventando nada, apenas repetindo como eco o ensino perfeito de nosso Mestre.

Por isso, não adianta estudar teologia para conhecer a Deus.
Estudando teologia você conhecerá uma teo-logia, isto é, um pensar humano lógico acerca da revelação de Deus, pois a teolgia é a opinião humana a respeito do que Deus disse e fez na história da humanidade. Teologia é só isso e o que disso passar como descrição de sua natureza, acredite, vem do Maligno.

Mas a Revelação...
A Revelação é o conhecimento espiritual derramado pela Palavra e pelo Espírito Santo ao coração humano conforme a soberana e livre vontade do Deus Todo-Poderoso.
Tem gente que nunca estudou teologia, mas sabe muito sobre a revelação.
Tem gente também entupida de teologia, mas vazia de revelação, até porque o enchimento de uma esvazia o sujeito da outra.
Tem gente que não sabe nem falar direito, mas entende realidades espirituais profundas.
Outros são oradores profissionais que encantam platéias grandes com suas performances teológicas, mas não conhecem praticamente nada da revelação da Palavra.

Você é um religioso cheio de teologia e bibliologias ou é um discípulo simples que dia após dia aprende verdades espirituais profundas discernidas pela Palavra e pelo Espírito?
Você acha que Deus se revela só em livros?
Você acha que Deus só fala através da Bíblia?
Seu Deus é tão pequeno assim?
Você crê que só entendemos a Palavra se um teólogo nos explicar?
Você não crê nas palavras de Jesus acerca do verdadeiro conhecimento espiritual de Deus pela fé na Palavra e através da sensibilidade espiritual que o Espírito Santo produz?

Que Deus nos revele todos os dias sua Palavra pelo seu Santo Espírito!
Que o Senhor nos esvazie de teologia e nos encha de santo entendimento espiritual!
Que o Pai de toda Sabedoria nos dê as genuínas compreensões espirituais!

AMÉM! AMÉM! E AMÉM!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

RELACIONAMENTOS BASEADOS EM INTERESSES FINANCEIROS

"O amor não procura seus próprios interesses..."
Paulo, apóstolo do Senhor Jesus

Ontem á tarde, assistindo o domingão do faustão (por falta de opção), ouvi a música do momento, aquela que está fazendo sucesso mundial como "hit" tocado em todos os lugares, rádios, festas, eventos em geral.
Você sabe qual é?
O Camaro Amarelo.
É uma canção daquele tipo comercial, com pouca letra e muito swing, feita para a massa, para dançar, curtir e se divertir sem maiores reflexões. Até aí tudo bem porque não há nada de mal em de vez em quando rir um pouco, brincar, dançar e curtir. Eu mesmo acho a música engraçada e tem uma parte dela que é inofensiva.
Contudo, a mensagem central, o tema principal e o objetivo primário é comunicar uma verdade acerca da realidade sobre relacionamentos baseados em interesses financeiros.
Isso porque a história da múscia é mais ou menos assim: o rapaz era pobre, tinha poucos recursos, andava montado em uma moto simples, CG 125 e era um trabalhador assalariado. Nesse tempo, ele não fazia muito sucesso com as mulheres ou pelo menos com determinada mulher que ele desejava, visto que ela o desprezava pelo fato de ele ser pobre. Entretanto, segundo a própria letra diz, sua situação financeira mudou após ele receber um bom dinheiro gerado pela herança do seu falecido pai. De repente, ele ficou rico ou pelo menos bem mais afortunado do que antes. A partir desse momento então, essa mulher que antes o desperezava começou a se interessar por ela numa mudança repentina de atitude. Ele, então, percebeu que a mudança de atitude dela para com ele estava relacionada a mudança na conta bancária dele. Por isso, ele, agora, aproveitou-se para se vingar, deseprezando-a e pagando-lhe com a mesma moeda aquilo que ela havia lhe feito.

Essa realidade é muito comum, todos sabem.
Não preciso aqui me demorar dizendo que muita gente começa relacionamentos baseados em interesses financeiros, de status, de segurança monetária, observando mais aquilo que o outro tem do que aquilo que a pessoa é.

Eu mesmo, há anos atrás, experimentei uma situação parecida com essa.
Enquanto andava a pé (não pelo fato de não ter carro em casa, mas pelo fato de não ter CNH) algumas moças me desprezavam. Depois que obtive a permissão para dirigir e comecei a circular na cidade de carro, algumas dessas que me desprezavam começaram a se interessar por mim. Percebendo o real interesse delas eu fugi, graças a Deus, de tamanha pobreza de espírito.

Parece brincadeira e alguns podem rir do que escrevo mas esse é um assunto sério.

RELACIONAMENTOS QUE SE BASEIAM EM INTERESSES FINANCEIROS ESTÃO DESTINADOS AO FRACASSO.

Ainda que a falência nunca venha, mas o relacionamento já estará morto visto que uma relação dessas não pode jamais ser denominada de amor, pois o amor não procura seus próprios interesses.

Queria escrever mais, mas o tempo não me permite.
Então, me responda:

Você já iniciou relacionamentos baseados em interesses financeiros?
Fale a verdade.
Você está se relacionando com uma pessoa por causa do que ela tem e pode te oferecer materialmente falando?

Cuidado.
Se esse fôr seu caso, seu relacionamento é um fracasso.
Observe também se o outro te ama mesmo ou está apenas te sugando como um parasita que se aproveita do seu esforço, trabalho e conquista.

Abraços e beijos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

AMAR É TRABALHOSO

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu..."
Evangelho de João, capítulo 3, versículo 16

Dias atrás ouvi a letra de uma música de certo grupo que me chamou a atenção.
Dizia mais ou menos assim: "Só quero ficar e pegar, porque amar é difícil".
O "difícil" significava, pelo contexto do restante da letra, que ele desistira do amor porque é custoso, trabalhoso, cansativo, ás vezes chato, dispende doação e sacrifício. Por esse motivo, ele, o autor da canção, desistiu de amar e se entregou á "pegação" visto que ela, a pegação, é muito menos trabalhosa e cansativa, muito mais "divertida" e "leve".

Achei interessante a letra dessa música porque retrata uma faceta real da alma humana.
A alma humana é, em vários sentidos, preguiçosa e, uma das preguiças e indisposições que temos é a do sacrifício simplesmente por amor.

As pessoas se sacrificam para ganhar dinheiro, talvez, em alguns casos.
Elas também se sacrificam para obter um produto que alimenta seu vício.
Para suprir uma necessidade inadiável.
Para conseguir fama, glória, reconhecimento, aplausos, prazer, etc.

Contudo, pouquíssimas pessoas se sacrificam simplesmente por amor.
Sacrificar-se por amor é doar-se sem ter certeza de que será reconhecido, aplaudido, recompensado ou sequer receberá no mínimo um obrigado daquele por quem nos sacrificamos.

Deus é o maior exemplo de Alguém que resolveu mesmo amar de verdade.
O versículo citado diz que a prova de seu amor foi a entrega de seu filho unigênito em favor de nós, pecadores rebeldes, filhos ingratos, criaturas mesquinhas e medíocres.
Se Deus pensasse em recompensa com certeza Ele não entregaria Jesus.
Se Ele esperasse um mínimo de gratidão, também não, porque a maioria nem reconhece seu ato.
Mas mesmo assim Ele resolveu dar e entregar seu Único Filho em favor de gente como eu e você.

Amar é sempre trabalhoso!

Não existe amor sem esforço, dádiva, entrega, sacrifício, doação.
Ninguém ama de fato e de verdade se esse amor não se materializar de alguma maneira.

Eu, por exemplo, estou começando a aprender a duras penas o estreito caminho do amor.
Estou em uma cidade onde preferiria não estar, sozinho, sem família e amigos, desempregado, pobre, enfrentando outros tipos de adversidades simplesmente porque tive de escolher entre amar o meu filho até o fim (ficando aqui perto dele custe o que custar) ou abandoná-lo e partir para minha cidade natal onde teria certos alívios e proteções. Não está sendo fácil, está muito difícil. Mas esse é o caminho do amor, o caminho estreito, o caminho excelente, o caminho sobremodo elevado.

Você tem disposição para amar?
Você tem coragem para amar?
Você tem energia, tempo, saúde, dinheiro e outras coisas mais para sacrificar?
Você se sacrifica por alguém?

Os preguiçosos não amam porque é impossível amar sem se esforçar.
Você pode até se apaixonar sem se doar, pois a paixão é bem diferente do amor, visto que na paixão a gente se preocupa mais em receber do que em dar e no amor é justamente o contrário como já falei.

Quem diz que ama, mas não se sacrifica pela pessoa que diz amar, é mentiroso.

Quem se doa, se dá, se sacrifica, se entrega, se esforça, ainda que não diga que ama, já está provado que de fato ele ama mesmo.

Será que temos disposição para amar ou continuaremos para sempre como seres que apenas se apaixonam preguiçosamente por aqueles que podem nos trazer alguns benefícios?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

TODOS NÓS SOMOS ADÚLTEROS

"Eu, porém, vos digo, que qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no seu coração já adulterou com ela"
Jesus, ampliando e aprofundando o significado do pecado em nós

É interessante notar como Jesus trata de modo diferente e muito mais profundo temas que nós tratamos de maneira muito superficial e apenas considerando o comportamento observável.

O assunto do adultério é um tema que Jesus assim tratou, não porque ele tivesse um interesse especial na sexualidade como nós, que muitas vezes tratamos o assunto com uma importância demasiada, tanto positiva quanto negativamente, fazendo do sexo um ídolo do nosso coração.

Jesus não. Ele apenas respondeu a questionamentos e esclareceu realidades obscuras ás mentes carnais de muitos.

Por esse motivo, uso aqui o assunto adultério apenas como mais um dentre tantos outros que poderiam ser usados, mas que eu sei que não teriam mesmo peso de gravidade que esse, visto que somos uma geração igual ou pior áquela que Jesus dirigiu essas palavras.

Por que digo que todos nós somos adúlteros?
Porque Jesus mostrou através dessas palavras que tanto o adultério quanto qualquer outro tipo de ato pecaminoso tem uma raiz, um cerne, uma fonte e que precisamos considerar mais a origem que o fato em si. Precisamos aprofundar o nosso conhecimento acerca da natureza humana e tentar entender, á luz da palavra de Deus, as causas de certos comportamentos pecaminosos.

Digo que todos nós somos adúlteros porque, baseado nessas palavras de Jesus e no significado espiritual que elas possuem, vemos que adulterar não é apenas ter uma relação sexual ilícita, isto é, transar com uma pessoa que não seja seu marido ou mulher legítimo. Adulterar é muito mais que isso. Jesus diz que cobiçar sexualmente uma pessoa que não seja seu legítimo marido ou mulher já é adultério.

Agora, então, me responda uma pergunta simples: quem de nós jamais cobiçou sexualmente uma outra pessoa que não fosse nosso marido ou mulher legítimos?

Eu creio ser impossível encontrar uma pessoa que pelo menos uma vez na vida não tenha pelo menos em pensamento desejado sexualmente outro. Impossível! O mais íntegro e reto dos seres humanos já desejou sim alguém que não lhe era lícito possuir. Sim, porque adulterar é pecado como todos os outros que procede da fonte corrupta do nosso coração.

Deste modo, só pode dizer que não é ou nunca adulterou quem JAMAIS desejou sexualmente alguém que não lhe era permitido ter.

Eu, por exemplo, nunca adulterei de fato. Nunca possui uma outra mulher que não fosse a minha. Casei-me virgem e depois de minha separação estou em abstinência sexual. Contudo, apesar de nunca ter transado com uma mulher sem que ela fosse minha mesmo, eu já desejei muitas como todos os homens. Não me deitei com elas de fato, mas me deitei com elas na minha mente, nas minhas fantasias, nos meus desejos lascívos. Por isso, eu, embora nunca tenha adulterado de fato e pela lei não posso ser considerado adúltero, por outra lei superior que é a da verdade instalada na alma, eu sou adúltero assim como alguém que já teve várias mulheres de fato e de verdade na vida.

O que escrevo não é estímulo para qualquer pessoa sair por aí adulterando de fato porque leu aqui que "é a mesma coisa". De um lado é sim, diante de Deus, a mesma coisa; porém, de outro lado, a consumação tem seus agravantes nos corpos, nas almas e nos espíritos e as conseqüêcias de praticar o que já fantasiou é muito maior que apenas manter tudo na mente.

O que eu quero ao escrever sobre esse assunto é apenas destronar o pecado ato como se ele fosse mais pecado do que o pecado desejo, pois Deus sonda os corações e sabe que nossa iniqüidade é muito mais profunda do que os olhos podem ver. Quero também que haja mais graça para quem escorrega e cai e comete atos dessa ou de outras naturezas, visto que, embora eu ou você talvez não tenhamos cometido o que essa pessoa cometeu, no entanto, há em nós o mesmo potencial de maldade e iniqüidade para praticar o que ele praticou ou fazê-lo de maneira pior ainda.

Eu nunca adulterei, mas poderia tê-lo feito e ainda poderei no futuro e você também.
Eu nunca assassinei ninguém, mas já odiei e Jesus diz que odiar é matar o outro dentro de si.
Eu nunca roubei dinheiro algum, mas bem poderia ter sido um político frio e malandro que enriquece ás custas dos pobres e retira dinheiro da educação e da saúde para realizar caprichos e luxos.

O potencial para o mal de todo o tipo e espécie está dentro de todos nós.
O que nos impede?
A graça de Deus derramada para conter o fluxo iníqüo de ondas que nosso espírito produz rumo a morte.
A graça funciona como um freio para que esse mundo não se torne um inferno inabitável.

A graça também não apenas nos contém, mas também é derramada para nos quebrantar e transformar nosso coração em um novo coração; para que o desejo de morte seja substituído pelo anseio de vida; o prazer no pecado diminua e a alegria de gozos superiores nos invada substituindo os prazeres angustiosos da nossa carne.

Todos nós somos adúlteros, assassinos, mentirosos, ladrões, mas a Graça de Deus está disponível a todos para ser derramada no coração e produzir uma nova disposição para as coisas excelentes do espírito.

Mas para isso acontecer é preciso, como Jesus, analizar as questões assim de maneira mais profunda e abrangente e abandonar essa mania de julgar segundo a aparência conforme aprendemos na religião.

Você quer?
Eu quero!
Que Deus nos dê esse graça. Amém.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ENTRE NÓS PRECISA SER DIFERENTE

"...entre vós não é assim".
Jesus, aos discípulos que disputavam poder e proeminência no reino

Hoje pela manhã, participando de mais um dia de treinamento em um processo seletivo que faço em determinada empresa, enquanto a instrutora dava sua aula e apresentava seu contéudo, comecei a pensar sobre o assunto da hierarquização do reino. Isso aconteceu porque ela falava do sistema de hierarquia da empresa e o cuidado que devemos ter para respeitarmos as posições e trabalharmos com sabedoria obede cendo os superiores. Normal. Absolutamente normal. O sistema de hierarquização em qualquer ambiente de trabalho sempre existiu e continuará existindo, provavelmente, enquanto esse mundo durar. Sempre haverá "quem manda e quem precisa obedecer", tanto em ambientes de empresas privadas quanto em repartições públicas ou qualquer outro gênero de ambiente profissional.

Assim é porque sempre foi e assim será também porque assim sempre foi. Não tenho nenhuma dúvida ou ilusão quanto a perpetuação desse sistema de hierarquia.

Jesus também não profetizou seu fim nem prometeu que um dia a igualdade seria alcançável nessa vida. Tanto que, um pouco antes de dizer as palavras que acima citei, ele falou aos discípulos que o sistema do mundo é hierárquico mesmo e sempre continuará a ser: "...os governadores dos povos exercem domínio sobre outros..." (Mateus 20.25). Logo depois, como instrumento de comparação antitético, ele diz que entre os seus discípulos não deve ser assim.

Assim como?
Assim como é entre os sistemas de poder e autoridade do mundo.
Como são os sistemas de poder e autoridade do mundo?
São exatamente como acabei de dizer, formado por dominadores e dominados, mandantes e mandados, chefes e patrões, donos e trabalhadores. Hierarquização inegável e imutável.

Isso significa que entre os discípulos do Senhor não deve haver esse espírito de "manda quem pode e obedece quem tem juízo". Esse modelo mundano de relacionamento não serve para a natureza do reino a ser instalada em nós. O reino de Deus não pode ser um ambiente de disputas de poder, de jogos de dominação, de opressão, de esmagamento do maior e mais forte contra o menor e mais frágil. Não pode ser competição para ver quem alcança um nível superior, recebe benefícios e ganha honra ou glória humana.

Entretanto, o que vemos, desde sempre na história da humanidade e na maioria dos ambientes religiosos que conhecemos é o estabelecimento dessa hierarquia opressora e competitiva. Praticamente todo ambiente religioso que se auto-denomina "igreja" ou "congregação" ou "denominação" corre o risco de cair (e a maioria já caiu) nessa armadilha perigosa.

Por esse motivo, o "entre vós não é assim" de Jesus é muito atual e aplicável ao povo chamado de Deus hoje. Precisamos lutar contra o espírito do "manda quem pode e obedece quem tem juízo" importando do mundo para a congregação dos santos do Senhor.

O que digo se baseia em factualidades, pois eu mesmo já assisti, muitas vezes, essas brigas, disputas e competições por poder dentro de comunidades, igrejas locais, regiões administrativas de denominaççoes, conselhos, concílios, enfim, em muitos ambientes religiosos. Um dia certo pastor, me repreendendo porque não lhe agradei em certa ocasião, usou essa mesma frase para me prepreender: "Manda quem pode, obedece quem tem juízo". Achei horrível, pobre, mesquinho, medíocre, principalmente porque se tratava de um ambiente de congregação e não de uma empresa. Se eu ouvisse isso de um chefe, em uma empresa, não me incomodaria tanto pois sei que o sistema sempre foi assim e continuará sendo. Mas de um pastor em uma igreja soou tão mal a mim quanto deve ter soado a Jesus ouvir aquela conversa dos dois que ele repreendeu.

Como deve ser, então, entre nós?
Como Jesus ensinou?
Qual a solução para vencer esse espírito de hierarquização do reino?

A solução é nascer em nós um espírito voluntário e humildade que serve com amor sem preocupações de retorno, recebimento, reconhecimento, remuneração. É o espírito genuíno do serviço. Servir por servir, por amor a Deus e ao próximo. Ser tanto publicamente quanto anonimamente. Servir tanto recebendo dinheiro quanto não recebendo. Servir recebendo reconhecimento quanto também servir quando nos humilham e maltratam. Servir sempre, não esmorecer, por amor, até ao fim.

Tratar o outro como semelhante e ás vezes até como superior a nós mesmos.
Esse é o espírito do Evangelho.

ENTRE NÓS PRECISA SER ASSIM PORQUE SE ASSIM NÃO FÔR SEREMOS SEMELHANTES AO MUNDO QUE TANTO CONDENAMOS.

O que pode ser mais "mundano" ou "profano" entre os irmãos na igreja do Senhor do que a instalação de um espírito de hierarquia que provoca disputas, brigas e jogos mesquinhos de poder?

Isso é mais mundano do que beber e fumar.
Isso é grave.

Você tem disposição para abandonar esse espírito?
Você tem energia para fazer a convergência contrária rumo ao serviço humilde?
Você tem humildade para servir com amor ao invés de só mandar e esperar que outros te obedeçam?
Você tem um espírito voluntário que vai e faz mesmo que ninguém te mande?
Ou você só funciona na base da necessidade de um superior que lhe diga como e quando fazer?

Eu creio, que apesar dos pesares, entre nós, poder ser diferente.
Eu creio que entre nós "não precisa ser assim".
Amém.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

VOCÊ ACREDITA MESMO QUE DEUS "PESA A MÃO"?

"Se Deus pensasse só em si mesmo por um segundo a criação toda expiraria"
Livro de Jó

Ontem eu estava conversando com uma pessoa sobre determinadas adversidades que estou enfrentando e ela rapidamente me fez uma pergunta: "Você não acha que está sofrendo isso porque Deus está pesando a mão sobre você?". Eu lhe respondi: "Não, porque Deus não pesa a mão sobre ninguém, pois caso assim fosse nenhum de nós estaria aqui vivo hoje e agora".

Depois daquela conversa fiquei pensando no assunto. Principalmente porque não é a primeira vez que ouço tal expressão e também porque ela possui um significado espiritual negativo e distorcido da Palavra de Deus.

Qual é o real significado e espírito de tal expressão?
O que significa mesmo crer que Deus "pesa a mão"?
Por que tal crença é uma realidade em muitas mentes evangélicas?

"Pesar a mão" significa castigar e retribuir o mal que porventura merecemos pelos nossos pecados. É punir, devolver, bater, oprimir a alma do "filho" para que ele "aprenda".

Essa expressão carrega consigo um significado de punição pelos pecados cometidos.
Mais ainda: traz consigo a mentalidade de que Deus "não deixa passar nada". Como se ele fosse vigia da alma humana e por isso retribuísse a nós a medida que todos os nossos pecados merecem. Como se Deus não perdoasse nada. Ou como se sua graça não fosse tão abundante quanto é.

Creio que Deus disciplina sim e também que todos os nossos pecados trazem conseqüências inexoravelmente  reais. Não estou dizendo que vez ou outra o Senhor nos dá "umas varadas" nem que podemos pecar com tranqüilidade pois a graça pode ser abusada. Não, não é esse os sentido das palavas que escrevo. Contudo também creio que o sofrimento na vida é inevitável e tanto maus e bons, justos e pecadores, íntegros e ímpios, sofrem. Mesmo o homem mais reto está sujeito a sofrimentos grandes independentemente de ter cometido pecados que fizessem com que o Senhor retribuísse "pesando a mão sobre ele".

DEUS NÃO PESA NEM A UNHA DO DEDO MÍNIMO!
SE DEUS PENSASSE EM "PESAR A MÃO" SERIA UMA DESTRUIÇÃO TOTAL DE UMA POBRE ALMA HUMANA!

Deus é gracioso, paciente, longânimo.
Deus é perdoador, agüenta muita coisa, nos suporta por gracioso amor como um pai que espera com paciência o filho crescer e entender certas realidades.
Deus não é homem para se vingar nem filho do homem para retribuir segundo o merecimento de cada um.

Por favor, se você crê que Deus "pesa a mão", então, tome cuidado.
Você pode ser o próximo.
A sua vez pode chegar.
Ouve você acha que Deus só "pesa a mão" sobre os outros?

Na verdade, eu quero que você entenda que Deus é paciente e gracioso e não pesa nada.
Deus é leve, muito leve. Ele pega leve, muito leve.
Se Ele pegasse pesado, meu Deus....

Deus é leve e ao invés de pesar a mão sempre a estende a todo o que em sinceridade e quebrantamento o busca de todo o coração. Amém.

OS FILHOS DA GRAÇA E OS FILHOS DA LEI

"A lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo"
João, o apóstolo

Nesses últimos meses, nos quais tenho enfrentado uma reviravolta em minha vida, tenho observado dois tipos de pessoas que encontro pelo caminho: os filhos da graça e os filhos da lei.

Os filhos da lei são aqueles que me encontrando no estado em que estou, isto é, divorciado, sem pastoreio formal em uma denominação, sem trabalho e perambulando por algumas cidades, só emitem condenações e juízos contra a minha alma. Eles querem saber o histórico completo e eu dou. Contudo, quando ficam sabendo de certas verdades sobre mim - pecados inclusive pois confesso todos que cometi embora não aceito a carga daqueles que me inventaram - eles retrocedem e não ajudam. Alguns até são aparentemente simpáticos, mas na hora de meter a mão ninguém mete. Na hora de se arriscar ninguém se arrisca. Na hora de tirar R$ 10,00 do bolso ninguém tira.

Já os filhos da graça são aqueles que, embora não diminuam a implicação dos pecados que cometi nem me bajulem ou estimulem em mim qualquer senso de autovitimização, isto é, gente que me trata na verdade da realidade como ela é, ajudam, ou pelo menos tentam, como alguns estão fazendo: me acolhendo, dando casa, comida, tentando conseguir trabalho para mim, etc.

Estou discernindo com clareza a grande diferença entre esses dois tipo de gente.
E a maioria habita dentro de igrejas visto que os ambientes que freqüento, em sua maioria, são ambientes religiosos ou pelo menos a maioria das pessoas com as quais convivo são religiosas.

Então, tenho encontrado nesses ambientes religiosos, gente da graça e gente da lei.

Essa me tem sido uma diferenciação essencial para percorrer o caminho estreito do Evangelho.
Se você não discerne isso, você corre o sério risco de jogar suas pérolas aos porcos, isto é, os filhos da lei e machucar os pequeninos do Senhor, isto é, os filhos da graça.

Já joguei algumas pérolas a alguns porcos e colhi sofrimento por causa disso.
Contudo, também revelei segredos lindos a filhos da graça e recebi deles a recompensa de discernirem quem eu realmente sou.

Você sabe discernir os filhos da lei dos filhos da graça?
Então, aprenda, porque você vai precisar um dia ainda que hoje não seja necessário.
Esse é um discernimento essencial para a vida cristã genuína.
Paulo, por exemplo, discerniu essa diferença e sofreu muito, mas venceu em nome de Jesus.
Eu também estou aos poucos aprendendo e vencendo também.
Você, portanto, também pode aprender e vencer junto conosco.

Deus te abençoe.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

PORQUE A IGREJA MORALIZA TUDO?

"Todas as coisas são puras para os puros"
Paulo, apóstolo, sobre a fonte do verdadeiro mal

Tenho percebido, há muito tempo, que a igreja moraliza quase tudo.

A igreja moraliza cigarro, dança, sexo, bebida, roupas e tudo o que ela pode e quer considerar imundo ou imoral. Contudo, percebo, pela simples observação, que a maioria ou até tudo que de fato eles atribuem valor moral, na verdade, não possui moralidade ou imoralidade alguma.

Veja o caso do cigarro por exemplo.
Qual a imoralidade de se fumar? Onde está escrito que fumar é pecado?
Onde Deus atribui iniqüidade ao ato de engolir fumaça?
Cigarro faz mal? Com certeza, muito mal a saúde, todos nós sabemos e quem fuma também, mas dizer que um produto inanimado possui mal em si mesmo é uma falta de sabedoria imensa.
Fumar é mal, mas não porque Deus está vigiando os fumantes do planeta e os lançará no inferno de fogo.
Fumar é mal porque faz mal á saúde e as substâncias tóxicas presentes nos cigarros podem produzir doenças gravíssimas como o câncer.

Usei o cigarro como um exemplo entre tantos outros. Poderia usar qualquer outro citado aqui ou não.
Contudo, o que quero dizer é que a moralidade é uma categoria inventada pelo homem, principalmente pelos religiosos. O que é moral? O que é imoral? O que é amoral?

A Palavra de Deus não lida com categorias morais, mas apenas com o que é vida e com o que é morte.
O que faz bem ao corpo, alma e espírito e o que não faz; o que traz saúde ao ser como um todo e aquilo que nos arrebenta por dentro e por fora. Os mandamentos são para a vida e para se evitar a morte.

A moral é só um instrumento de uso de alguns para tentar controlar e infringir medo em outros.
A moral é uma droga das mais pesadas e prejudiciais á humanidade.
A moral é imoral no que diz respeito a produzir vida, paz, saúde, liberdade, amor.
A moral, diz Paulo, não tem poder algum contra a verdadeira sensualidade instalada no coração humano.

Jesus não moraliza nada, mas trata tudo com verdade, dizendo o que é vida e o que é morte.
Ele indica só o que é paz, amor, alegria no Espírito Santo.
O reino de Deus é isso: paz, justiça e alegria no Espírito Santo e não comida, bebida, cigarro, saia.

Você é um moralista?
Se é, então, precisa aprender o caminho excelente da vereda do amor a vida e a paz.

O reino não é moral.
O reino é vida e tudo o que VIDA produz.

Saia da moral, venha para a vida.
Sai moral! Vem vida! Amém!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A INAPROVEITABILIDADE DA VIDA SEM AMOR

A vida sem amor se torna sem valor, sem sentido, sem proveito algum.

Abraçar, beijar, transar, ter orgasmos múltiplos, sem amor, de nada vale;
Trabalhar, conquistar, enriquecer, lucrar, obter, comprar, consumir, sem amor, nada me aproveita;
Estudar, conhecer, entender, perscrutar, descobrir, experimentar, sem amor, é nada;
Se formar, diplomar, graduar, pós-graduar, doutorar-se, mestrar-se, titular-se, sem amor, não é;
Comer, beber, dormir, descansar, ter casa própria e carro zero, sem amor, de nada me aproveitará;
Beleza, status, fama, glória, reconhecimento, elogios, aplausos, sem amor, não satisfaz;
Sacrifício, renúncia, entrega, esforço, dedicação, aplicação, sem amor, é tudo vão.
Até Deus, sem amor, é só um deus, pois Deus, só é Deus, por intermédio do amor que Ele derrama sobre a criação. Caso alguém tente conhecer a Deus por outra via que não seja a do amor, só conhecerá algum tipo de deus, mas nunca Deus, pois Deus é Amor.

O amor é o sentido para tudo ser e fazer sentido nessa vida passageira e nesse mundo vão.

O amor é a luz que ilumina as trevas desse mundo obscuro, tenebroso e lúgubre.

O amor é a chama que aquece e derrete todas as geleiras que se instalam nos corações mais petrificados.

O amor é a água que tanto bate até que provoca mudanças reais e definitivas na rocha mais dura que existe: o coração humano.

O amor é o vento que sopra para aliviar as almas oprimidas pelos calores escaldantes emitidos pelo mal que habita a humanidade.

O amor sempre será indefinível por meio de palavras, mas sempre será conhecido por muitos outros meios que a alma humana tem de se comunicar e se entender e se enternecer uma pela outra.

O amor não é só um sentimento, mas é impossível amar sem sentir, pois quem não sente não ama e já está petrificado pela extratificação daquilo que o Diabo usa para congelar os corações humanos todos os dias.

Acabaram-se minhas palavras e meu vocabulário.
Não sei mais o que dizer.
Já disse tudo e ao mesmo tempo nada do que o Amor é e do que a vida é sem e com ele.
Paro por aqui.
Creio que você entendeu.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

FRASE DO DIA

"Quando meu mundo girar, não me vingarei de quem se aproveitou da minha fraqueza, mas farei questão de beijar todos os filhos da graça que me estenderam uma mão amiga".

Thiago Nascimento

FRASE DA SEMANA

"Quem diz: 'Não amo mais...' na verdade nunca amou, 
pois o verdadeiro amor jamais acaba, 
conforme nos ensinou nosso irmão Paulo. 
Se acabou, na verdade nunca existiu amor. 
Pode ter existido paixão ou qualquer outro tipo de sentimento, mas amor genuíno não".

Thiago Nascimento - 03 de Agosto de 2012

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O REINO DAS KENGAS E A IGREJA DOS PERDIDOS

"Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão no reino dos céus"
Jesus, ensinando que a sinceridade, o arrependimento e o amor introduzem as pessoas no reino

"Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz aos espias"
Hebreus 11.31

Ontem a noite fiquei impressionado com certa história de uma moça narrada no seriado da Globo "Gabriela".
O nome da personagem é Lindinalva e ela foi forçada pelo noivo para transar. Depois que isso aconteceu, o noivo fugiu e ela ficou para encarar a sociedade moralista, perversa e hipócrita na qual vivia. Daí, então, começou uma terrível luta por sobrevivência. A cidade inteira ficou sabendo do que lhe acontecera, de como ela tornara-se uma mulher "perdida" pelo fato de ter se "entregado" ao noivo antes do casamento.
Ela tentava se justificar dizendo que foi ele quem insistiu, mas ouviu várias vezes a mesma acusação: "A culpa é sempre da mulher. É isso que a sociedade diz". Peregrinou de porta em porta pedindo abrigo, pelo menos um teto e comida em troca de qualquer trabalho que pudesse realizar. Mas foi rejeitada por todos e todas. As mulheres lhe diziam: "Sou uma mulher honrada, casada, e não abrigarei uma perdida como você". A maioria dessas pessoas que a rejeitaram eram muito religiosas, "comportadas", "honradas", mães, esposas e qualquer título que os graus de reputação hipócrita humanos puderem atribuir a alguém.
Depois de não conseguir ajuda alguma, despejada da casa onde morava e sem opção, ela bateu no prostíbulo da cidade e pediu auxílio para a dona. A proprietária, personagem vivida pela cantora e agora atriz Ivete Sangalo, a acolheu com amor e disse que ela teria não apenas teto, comida e trabalho, mas também amor, carinho e amizade. Lindinalva, então, mesmo não querendo vender seu corpo, viu-se obrigada pelo menos naquele momento a entregar-se a prostituição para sobreviver. Ela foi, chorando por dentro, mas foi.

Eu chorei com algumas cenas dessa peregrinação da personagem na minisérie.
Você sabe por quê?
Porque esse é um retrato real do espírito não apenas de uma sociedade antiga como aquela, mas também de uma alma modernamente perversa como a nossa.
As configurações mudaram, mas as mentalidades e espíritos são os mesmos hoje.

Na hora eu me lembrei e entendi plenamente porque Jesus disse aos religiosos de sua época que as prostitutas e meretrizes entrariam antes no reino do que eles. Você sabe porque?
Porque geralmente, como era o caso da minisérie, entre as "kengas" existe mais sinceridade e amor do que entre os crentes. Sim, todos sabem que o que digo é verdade.

As kengas são mais sinceras e amorosas que os crentes por isso elas chegarão antes á mesa do banquete do reino dos céus.

Raabe é também um exemplo bíblico dessa verdade, pois foi justificada por meio do arrependimento que gerou amor para acolher os espias que precisavam de socorro.

Assistindo as cenas da minisérie comecei a pensar:
 "Quem são os verdadeiros perdidos?
As prostitutas que com sinceridade e amor acolheram a injustiçada pobre e desabrigada?
Ou os religiosos que a tocaram de suas casas como uma cadela doente e inútil?

Creio, de todo o coração, que as beatas insensíveis estavam muito mais perdidas que as meretrizes acolhedoras!

Eu, em menor grau, tenho sentido em minha pele uma realidade semelhante a essa.
Depois de minha separação, tenho encontrado mais sinceridade, amor e graça nos não religiosos do que nos crentes. Os não religiosos se entristecem, mas me desejam boa sorte no recomeço da caminhada. Já os crentes proferem muitos juízos condenatórios contra a minha alma. Já me xingaram de tudo quanto é nome, dos mais grotescos aos mais sofisticados. Eu, contudo, discirno tudo e procuro amadurecer a consciência do Evangelho em mim nesses dias de encurralamento que a vida me deu.

O que eu quero realmente dizer e que fique bem gravado em sua alma é que o que importa para Deus é que todos se arrependam da sua iniqüidade básica, da sua essência torta, do seu espírito surtado rumo a pretensão de viver independentemente de Deus. Na final das contas, seja você um religioso, uma puta ou um cidadão "decente", não importa. O que importa para Deus é que TODOS SE ARREPENDAM!

Sem arrependimento genuíno, disse Jesus, todos nós pereceremos, independentemente de qual grupo façamos parte ou possamos ser incluídos ou rotulados.

Com quem você mais se parece?
Com uma prostituta sincera e amorosa que não perdeu a sensibilidade ou com religiosos intolerantes que mantém um coração duro diante das necessidades de seres humanos carentes?

Eu prefiro ser uma kenga sincera, amorosa e arrependida do que um crente hipócrita, insensível e duro.
E você?
Achou duro o discurso?
É duro mesmo mas cheio de amor para a salvação da nossa alma.