segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

SER, TER OU FAZER:
QUAL O FUNDAMENTO DE SUA EXISTÊNCIA?

"Tu ÉS o Cristo, o Filho do Deus vivo!"
Pedro, a Jesus, no momento em que recebeu revelação espiritual acerca do ser do Enviado

Ultimamente tenho percebido uma realidade triste da existência humana.
A realidade é que, infelizmente, a maioria de nós é constituída de uma estrutura de alma e de espírito totalmente materialista e utilitária. Isso é óbvio e provas cotidianas não faltam.

Agora mesmo, no facebook, acabei de ler uma frase de uma mulher que expressa um sentimento utilitário frustrado que existe nela a respeito dos homens. Ele disse assim: "afff, que falta faz um homem nessas horas de chuveiro queimado...". Esse simples desabafo carrega consigo uma triste realidade que venho percebendo impregnada em muitas pessoas: é o sentimento de utilitariedade que carregam acerca de uma pessoa ou gênero. Especificamente, venho notando, acerca das mulheres, que elas se encontram tão desiludidas com a maioria dos homens que acabam tornando-os ou reconhecendo-os (as vezes com razão) apenas seres úteis para determinados fins.

Dias atrás, uma companheira de trabalho exclamou: "Para que que os homens servem além de fazer filho?"
Percebi nela o mesmo sentimento que há nessa outra que acabou de postar essa frase no facebook.
Outra, também reducionista em relação a descrição do ser homem, disse: "Do que você lembra quando houve a palavra 'homem'?" Depois de uma breve pausa, ela mesma respondeu: "Pinto, eu lembro de pinto", palavras essas que mostraram uma redução do genêro masculino a apenas um ser macho, um animal, um bicho progenitor.
Desiludidas e decepcionadas, na maioria das vezes com razão, as mulheres se entregam a nutrição de um sentimento frio utilitário a respeito dos homens. Estou usando as mulheres como exemplo não por que seja o único, pois não o é, visto que do lado de cá, da masculinidade também opera a mesma mentalidade e espírito em muitos homens, principalmente em relação a utilizar apenas as mulheres como objetos sexuais ou domésticos entre tantas outras significações que os machos dão ás fêmeas.

TERRÍVEL!
NOSSA SOCIEDADE ESTÁ FUNDAMENTADA EM UTILITARISMO E MATERIALISMO!
POUCOS AINDA SE PREOCUPAM COM AS ESSÊNCIAS DO SER QUE É!

Pouquíssimo mesmo.
Ontem, conversando com uma amiga de trabalho a respeito, ela desabafou dizendo que concordava comigo a respeito de comentários que fiz sobre o assunto, valorizando a cultura do ser em detrimento de menos valorizar as culturas do fazer e do ter, dizendo-me: "Eu concordo com você, mas a onda da maioria que valoriza o ter e o fazer é sufocante e me sinto sozinha com pouca coragem de encarar essa dura realidade".

Entendi, seu desabafo, pois ele é totalmente lúcido, sóbrio e real.
Contudo, eu creio que é possível trilhar o caminho estreito da valorização do ser em oposição a corrente esmagadora da maioria que insiste em caminhar para o lado oposto.
É difícil, complicado, sofrível, mas possível.
Muitas aflições aguardam sim aqueles que se propuserem a trilhar tal vereda.
Sofrerão rejeição, perseguição, desprezo e uma série de rotulações maldosas.
Mas, com certeza, serão pessoas que passaram pela vida experimentando profundezas e não se contentando com as superficialidades confortáveis da maioria esmagadora.

Na frase acima proferida por Pedro a Jesus acerca de sua natureza vemos que o discípulo discerniu naquele momento a essência do ser do Mestre. A maioria das outras pessoas que conheciam ou até seguiam a Jesus não haviam discernido-o profundamente. Alguns diziam que ele era apenas mais um profeta; outros diziam que ele era a reencarnação de um determinado profeta; outros diziam que era um curandeiro novo da região; ainda havia aqueles que o odiavam e que lhe rotulavam pejorativamente depreciando-o o máximo que conseguissem, atribuindo a ele, por exemplo, distúrbios mentais. Mas Jesus era e é o que Pedro disse naquele momento que ele era. Ele é o Cristo, o Enviado, o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele não é mais um, Ele é O.
Compreendeu a diferença? Jesus, então, se alegrou em perceber que alguém finalmente lhe discerniu a essência e não as aparências daquilo que ele manifestava aos homens. Jesus curava, mas não queria ser reconhecido como curandeiro, era diminuir e reduzir sua essência; Jesus profetizava, mas não queria ser taxado de um profeta, pois ele era mais do que isso. Vemos, então, que a mentalidade de Jesus é essa mentalidade do ser e não a do utilitarismo ou a do materialismo ou qualquer outra que possamos denominar.

Deus é Deus dos seres!
Deus é Deus das essências!
Deus é Deus dos espíritos!
O fazer e o ter só aparecem como conseqüência dos ser em Deus.
Nunca o contrário.
Deus é um ser das profundezas e não das superfícies!

O caminho dessa mentalidade e espírito é estreito.

É um grande desafio!
Poucos loucos aceitarão.
Muitos desistirão no meio do processo.
Outros, percebendo os riscos e os custos, nem iniciarão a caminhada.
Eu já me pus nesse caminho e sofro as conseqüências dessa decisão.
Ás vezes dá vontade sim de retroceder, pois há momentos em que a dor e a rejeição é grande.
Contudo, as felicidades secretas de tal caminho também são inenarráveis.
Um prazer muitas vezes invisível que absorve nosso ser de alegrias eternas.

Você topa o desafio?
Quer vir comigo?
Será difícil, mas a promessa da Palavra de Deus é a de que somos mais que vencedores antes mesmo de começarmos a lutar.
A vitória antecipada não nos imuniza e nem evita o confronto, mas nos fortalece com a convicção de que os sofrimentos presentes não hão de ser comparados ás alegrias do eterno porvir da glória excelsa que está preparada para todos que amam o Senhor Jesus.

Você vem?


Nenhum comentário:

Postar um comentário