sexta-feira, 29 de agosto de 2014

OS DIAGNÓSTICOS PSICOLÓGICOS E A PALAVRA DE DEUS

"Nos últimos dias a ciência se multiplicará, mas, em contrapartida, o amor se esfriará"
Em algum lugar das Escrituras

Percebo há muito tempo em meu cotidiano uma mania de se emitir diagnósticos psicológicos.
As pessoas de nossa geração crêem muito na ciência da psicologia e, essa crença delas as faz se "sentirem" um pouco psicólogas, mesmo que não haja nelas profundo conhecimento acerca do assunto.

Esse é um fato mais popular que científico porque os profissionais mesmo são mais humildes, principalmente os grandes e bons, que têm mais cuidado antes de emitir um diagnóstico acerca da alma de alguém, porque sabem que seu trabalho é sério e pode tanto levantar uma pessoa quanto derrubá-la de vez na dura jornada da existência.

Eu, como exemplo primário e mais próximo, já recebi vários diagnósticos psicológicos e psicanalíticos. Em alguns acreditei por pouco tempo, em outros por um pouco mais de tempo e outros achei ridículo e totalmente contrastantes com a realidade da vida e dos seres conforme a clareza da realidade nos apresenta. Respeito a ciência e seus profissionais, mas também critico porque trata-se apenas de uma ciência humana relativa e incapaz de acertar sempre.

Resolvi escrever porque acreditar demasiadamente nesses diagnósticos faz mais mal do que colocá-los no seus devido lugar. Tem gente que acredita profundamente tanto na ciência quanto nos profissionais e dá a todos um status de "deuses". Sim, não estou exagerando. Existe uma idolatrização da ciência chamada de psicologia em nosso meio, nesses tempos denominados de pós-modernos. A psicologia, para alguns, se tornou uma espécie de religião e certos nomes de profissionais do ramo certos "gurus" ou "guias" que exercem muito poder sobre multidões.

O movimento "evangélico", por exemplo, já caiu nessa há muito tempo.
É comum você encontrar mensagens muito mais psicológicas que proféticas e sábias no meio desses religiosos. Eu já tive o desprazer de tentar ouvir uma mensagem de algum pregador com o simples objetivo de ser instruído pela Palavra de Deus e perceber que da boca dele não saía Palavra de Deus. Saía apenas psicologia. Era uma mensagem psicológica, totalmente carnal e relativa, muito fraca e superficial, mas que ganhava um status de "sábia" e "espiritual" pelos ouvintes mais ignorantes a respeito.

A Palavra de Deus transcende todas as ciências.
Ela é uma revelação espiritual profunda acerca dos seres e da vida em geral.
Não anula as ciências, mas também não as adora, porque é maior do que elas.
Digo que é maior porque vem de uma fonte ilimitada, infinita em seu saber, que é a mente do próprio Deus. Já a ciência é um pensar e cogitar humano, totalmente relativo, que as vezes acerta, mas outras vezes erra.

Me responda o seguinte:
Você é um discípulo da psicologia?
Você é um ser altamente psicologizado?
Consegue discernir a diferença entre ciência e Palavra de Deus?
Está perturbado com alguns rótulos psicológicos que lhe colocaram?
Tem o costume de emitir esses rótulos sobre as outras pessoas?

Cuidado!
Uma coisa é absoluta e a outra relativa.
Não troque o ABSOLUTO pelo RELATIVO.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

VOCÊ TEM FUGIDO DA REALIDADE?

"No Senhor me refugio. Como, pois, me aconselhais, dizendo: 'Foge, como pássaro, para tal lugar?'"
Salmos 11

A realidade da vida é dura mesmo. A existência não é fácil para ninguém. Nem para aqueles que julgamos ter "vida fácil", como os ricos, por exemplo, ou os poderosos, enfim, ou qualquer pessoa que talvez possa, num primeiro olhar, parecer sofrer pouco. Porque não podemos considerar como sofrimento apenas as dores físicas e suas necessidades: doenças, sede, fome, falta de conforto em geral. Existem também as dores e sofrimentos da alma e do espírito a respeito dos quais padecem todos os seres humanos, inclusive aqueles que são considerados felizes, ou agraciados, ou privilegiados por motivos aparentemente enganosos.

Portanto, é preciso reconhecer que, nesse estado de queda, onde impera a iniqüidade, é inevitável fugir do sofrimento seja ele qual fôr.

Por esse motivo nós vamos criando maneiras de suportar a dor, ou enfrentá-la.
As vezes enfrentamos, mas muitas vezes não.
Quando não enfrentamos geralmente criamos maneiras de fugir de nossa dura realidade.
Todos nós, uns com mais freqüência que outros, fugimos da dura realidade da vida de algum ou alguns modos. Isso acontece porque sofrimento não é bom, obviamente, e não é saudável gostar de sofrer como "gostam" aqueles que denominamos de masoquistas, isto é, pessoas que sentem prazer pela via do sofrimento. O masoquismo é uma doença da alma, uma tergiversação estranha á saúde do espírito.

Existem variadas maneiras de se fugir da realidade até porque existem realidades diferentes.

Um modo muito popular de se fugir da realidade é se entregar aos vícios que também são variados porque a alma humana pode transformar qualquer coisa em vício, bastando apenas querer e atribuir áquela coisa ou atividade um status de "essencial". Uma lista de vícios eu poderia escrever agora, tanto dos mais comuns até os mais raros e sofisticados. Comuns: bebida alcoólica, comida, sono, sexo, trabalho, etc. Mais raros e sofisticados: hipocondria (vício em medicamentos), cleptomania (vício em roubo sem necessidade), etc.

Algumas pessoas até nos aconselham a fugir um pouco da realidade que é o que fizeram com o salmista dizendo-lhe, em outras palavras: "Foge, corre, saia daí; para que sofrer tanto? Por que não acabar com esse sofrimento agora? É necessário passar por isso mesmo? Você tem tantas alternativas...". Esse é um conselho sedutor para uma alma saudável pois qualquer alma saudável não gosta de sofrer e ouvir uma proposta de cessação do sofrimento é tudo o que se espera em algum momento. Entretanto, geralmente, esse tipo de conselho vem carregado de ilusão e engano, principalmente se não é fundamentado na realidade da dureza que temos de enfrentar na vida e da qual não podemos fugir, de um modo ou de outro.

É tentador fugir!
É gostoso fugir, escapar um pouco!
Eu já fugi várias vezes em diversas situações e hoje percebo que cedi ás tentações do momento.
Contudo, é preciso que nós digamos "não" a essa tentação e sejamos pessoas corajosas que ao invés de fugir, tomam a decisão de "enfrentar" tudo o que é necessário enfrentar.

Preste bem a atenção, só o que é necessário enfrentar, porque muitas vezes enfrentamos o que não precisa ser enfrentado.

Enfrentar com coragem é o oposto de fugir.
O fujão é um covarde, um frouxo, um medroso, um mijão, um cagão.

E você é o quê?


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

NARCISISMO ESPIRITUAL
"Porque resolveram adorar a criatura, ao invés do Criador"
Paulo, apóstolo, falando sobre um princípio espiritual e não apenas sobre determinados comportamentos

Tenho percebido que um dos pilares da religião é o orgulho, a presunção, a arrogância, a altivez, a auto-idolatria, que resolvi chamar de narcisismo espiritual. Narcisismo porque da mesma forma que uma pessoa narcisista admira exageradamente sua própria imagem e performance, um ser religioso se curva a sua justiça própria dia após dia pela via de um autoendeusamento.

O narcisista espiritual é um ser que se orgulha de sua espiritualidade, de sua fé, de seu amor, de sua moral, de sua ética, de seu comportamento ilibado, enfim, de todas as suas "conquistas espirituais". Digo isso com conhecimento de causa porque já fui um narcisista espiritual e espero que atualmente eu não o seja mais...kkkkkkk. Deus me livre do narcisismo espiritual! Espero que de fato Ele já tenha me livrado.

Esse narcisismo espiritual é o caminho oposto ao do Evangelho de Cristo.

Essa realidade fica clara quando Jesus ensina aos seus discípulos que mais importante que o exterior é o interior, isto é, as motivações mais profundas que nos movem, que estimulam nossos comportamentos, ações e omissões. Me refiro as palavras dele a respeito de três assuntos bem simples: oração, jejum e oferta. Ele fala - palavras registradas principalmente com ênfase no evangelho de Mateus - que esses três comportamentos espirituais podem ser totalmente maus quando as motivações forem equivocadas. Você sabe a que motivações eu me refiro? Me refiro exatamente ao que Ele se referiu. No caso ele falava da autopropaganda, isto é, de praticar essas "atividades espirituais" com uma intenção marqueteira, de aparecimento, de busca de aplauso e glória humana. Essa motivação invalida, segundo ele, qualquer atividade que pareça ou seja espiritual.

Orar em público com o objetivo de ser considerado espiritual é pior do que não orar.
Dar ofertas com o objetivo de se autopromover do mesmo modo.
Jejuar para depois se mostrar aos homens fazendo questão de que eles saibam de sua "consagração" é mau.

Podemos enganar os homens, mas o crivo de Deus é outro.
Diante do Altíssimo "o buraco é mais em baixo" se é que você me entende....

Crendo assim percebemos que a religião, sem exagero, é o oposto do Evangelho.
Oposto mesmo.
Diametralmente oposta.
E não há barganhas a fazer a respeito.

Ou você se curva a humildade do caminho estreito do Evangelho ou se infla de justiça própria e autoendeusamento produzido pela religião no ser.

Estou exagerando?
Acredito que não.
Bye.
Deus te abençoe.