quinta-feira, 14 de agosto de 2014

NARCISISMO ESPIRITUAL
"Porque resolveram adorar a criatura, ao invés do Criador"
Paulo, apóstolo, falando sobre um princípio espiritual e não apenas sobre determinados comportamentos

Tenho percebido que um dos pilares da religião é o orgulho, a presunção, a arrogância, a altivez, a auto-idolatria, que resolvi chamar de narcisismo espiritual. Narcisismo porque da mesma forma que uma pessoa narcisista admira exageradamente sua própria imagem e performance, um ser religioso se curva a sua justiça própria dia após dia pela via de um autoendeusamento.

O narcisista espiritual é um ser que se orgulha de sua espiritualidade, de sua fé, de seu amor, de sua moral, de sua ética, de seu comportamento ilibado, enfim, de todas as suas "conquistas espirituais". Digo isso com conhecimento de causa porque já fui um narcisista espiritual e espero que atualmente eu não o seja mais...kkkkkkk. Deus me livre do narcisismo espiritual! Espero que de fato Ele já tenha me livrado.

Esse narcisismo espiritual é o caminho oposto ao do Evangelho de Cristo.

Essa realidade fica clara quando Jesus ensina aos seus discípulos que mais importante que o exterior é o interior, isto é, as motivações mais profundas que nos movem, que estimulam nossos comportamentos, ações e omissões. Me refiro as palavras dele a respeito de três assuntos bem simples: oração, jejum e oferta. Ele fala - palavras registradas principalmente com ênfase no evangelho de Mateus - que esses três comportamentos espirituais podem ser totalmente maus quando as motivações forem equivocadas. Você sabe a que motivações eu me refiro? Me refiro exatamente ao que Ele se referiu. No caso ele falava da autopropaganda, isto é, de praticar essas "atividades espirituais" com uma intenção marqueteira, de aparecimento, de busca de aplauso e glória humana. Essa motivação invalida, segundo ele, qualquer atividade que pareça ou seja espiritual.

Orar em público com o objetivo de ser considerado espiritual é pior do que não orar.
Dar ofertas com o objetivo de se autopromover do mesmo modo.
Jejuar para depois se mostrar aos homens fazendo questão de que eles saibam de sua "consagração" é mau.

Podemos enganar os homens, mas o crivo de Deus é outro.
Diante do Altíssimo "o buraco é mais em baixo" se é que você me entende....

Crendo assim percebemos que a religião, sem exagero, é o oposto do Evangelho.
Oposto mesmo.
Diametralmente oposta.
E não há barganhas a fazer a respeito.

Ou você se curva a humildade do caminho estreito do Evangelho ou se infla de justiça própria e autoendeusamento produzido pela religião no ser.

Estou exagerando?
Acredito que não.
Bye.
Deus te abençoe.


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