sábado, 17 de novembro de 2012

A PRINCIPAL DROGA DESSA GERAÇÃO (PARTE 2)

Hoje pela manhã, enquanto eu tomava café em uma padaria próxima a minha casa, um assunto recorrente nos últimos tempos me veio de novo a mente, a alma e ao espírito.

Eu estava assistindo uma reportagem rápida sobre feiras tecnológicas tão comuns em nossos dias.
A reportér, como sempre, falava das novidades, do crescimento do ramo e entrevistava pessoas envolvidas no processo: clientes, empresários, funcionários das empresas, etc. Rapidamente, minha mente criou um link para um fato que aconteceu comigo ontem e que tem relação com o assunto da reportagem. Você deve estar se perguntando: o que aconteceu com ele ontem?

Aconteceu comigo um fato simples, mas que me chamou a atenção de novo, repito, para o tema.
Ontem a noite, enquanto estava no banheiro, me levantando do vaso sanitário, me inclinei para a apertar o botão da descarga e....Plaft!....o aparelho celular caiu na água, na piscina cheirosa kkkkkkkkk. Na hora então pensei: "Ainda bem que o mijo é meu!" kkkkkkkk pensamento profundo kkkkk revelador kkkkkkkk.

Brincadeiras a parte, o assunto é sério.
Sério porque é notório o vício que se instalou na alma de nossa geração.
Ela está viciada em tecnologia. Cada dia mais. Compulsivamente.
Como eu já disse em uns dois outros artigos aqui desse mesmo blog - inclusive um intitulado "Adcting Games: a principal droga dessa geração" - certa vez ouvi uma mulher exclamar: "Eu não vivo sem internet!". Fiquei assustado. Parece que a internet se tornou essencial para ela.
Esses dias também, observando a propaganda de uma operadora de celular que também oferece serviços de internet, me assustei com o slogan: "...pague R$ 0,33 ao dia, porque internet você percisa todo dia!". Então, pensei: "Será que eu preciso de internet todos os dias? Internet agora é água, comida, oxigênio?"

Mas a maioria das pessoas nem pára para pensar um pouco como eu fiz.
Elas vão consumindo, consumindo, consumindo e....sendo consumidas também.
Auto-flagelando-se.
Destruindo-se.
Estragando, definhando, enfraquecendo o corpo, a alma e o espírito.
Essa geração tem sido destruída por causa desse vício, que é só mais um, e que não é mal em si mesmo, como nenhum vício ou droga é, mas que pode ser potencializado pelas carências de almas vazias que não têm sentido para viver e vivem vagando como zumbis sem significado para abraçar.

Toda geração tem sua droga preferida e essa é a nossa droga.

Podem me achar exagerado, mas eu não me importo com o que acham ou deixam de achar e sim com o que vejo e percebo, não apenas com os olhos físicos, mas também com o espírito e a alma, fincados na Palavra e no Espírito, que não me deixam mentir.

Essa geração está entorpecida pelo veneno da tecnologia!

E eu creio de todo coração, ainda que alguém me chame de exagerado e fanático, que existem influências demoníacas estimulando a produção, vício e consumo dessa droga.

Um exemplo disso é o fato de que a tecnologização do mundo trabalha contra o amor.
Sim, esse vício é anti-amor, distanciador, separador dos homens.
Embora o discurso deles seja o contrário, pois dizem: interação, integração, socialização. As redes sociais estão aí para exemplificar a realidade do que digo.

Na reportagem que assisti hoje pela manhã um empresário do ramo disse que há uma diferença entre a tecnologia do nosso século daquela do século passado. Enquanto que a base da antiga era a transmissão, o fundamento da atual é a interação entre atividades, clientes e pessoas em geral.
Mas agora eu pergunto: que interação? Que integração? Que socialização?
O que vejo por aí é um distancimento cada dia maior entre as pessoas.
Um grande distancimento. Um gelo, uma extratificação da alma e do espírito.
Seres que se transformam de humanos em robôs, andróides, máquinas, pedaços de pedra.

É a ciência que se multiplica aceleradamente, dá vazão a iniqüidade antiga e se derrama sobre toda a terra petrificando a percepção humana a respeito de si mesmo, do próximo e de Deus.

Terrível!
Insuportável!
Você gosta disso?
Eu não, não me acostumo, nunca me acostumarei.
Vou morrer gritando essa verdade.
O que eu gosto mesmo é abraçar, beijar e cheirar as pessoas todos os dias.
Também é bom ser abraçado, beijado e cheirado; olhar olho no olho; prestar atenção nos gestos faciais e corporais que comunicam muito; o tom de voz que exprime o conteúdo da alma com exatidão; e otras cositas mas que poderia acrescentar, mas creio não serem necessárias.

Resta-me apenas fazer-lhe algumas perguntas antes de encerrar essa reflexão.

Você está viciado em tecnologia?
Você caiu nessa armadilha?
Vive horas na internet, no celular ou em qualquer outro aparelho que descomunica os seres?
Onde estão os abraços, os beijos, os cheiros, as palavras ao pé do ouvido?
Os olhares, os gestos, os gritos, os silêncios reveladores?
Você é um dependente tecnológico?