segunda-feira, 29 de julho de 2013

O REINO DE DEUS É DOS MARGINAIS

"...foi contado entre os transgressores..."
Isaías, o profeta erudito, traçando o perfil do então futuro Messias

Jesus era um marginal!

Sim, isso mesmo que você acabou de ler....

Ele era um marginal porque vivia á margem dos sistemas criados e mantidos pelos homens para controlar as pessoas, principalmente o sistema religioso terrível. Por esse motivo, ele foi tão cassado e perseguido, pois qualquer pessoa que se aventure neste planeta a não tomar a forma dos sistemas humanos haverá também de ser como Ele foi.

O perfil que o profeta traça é incrivelmente revelador e ao mesmo tempo assustador para muita gente.
Podemos enxergar Jesus mesmo que não tenhamos convivido com ele. Na verdade, através desse perfil de Isaías enxergamos muitos detalhes que nem os escritos dos evangelhos segundo os discípulos (Mateus, Marcos, Lucas e João) nos apresentam.

Sim, o profeta traça detalhes importantíssimos da manifestação do Messias.
Me falta tempo para comentar a todos, mas quero comentar pelo menos mais um.
Sua feiúra.

Jesus era feio.
Fisicamente feio.
Beleza não havia nele.
Provavelmente era magro demais, queimado do sol, barbudo, cabeludo, um pouco fedido para os padrões assépticos idiotas ocidentais modernos, um pouco corcunda e vestido de roupas um pouco sujas e amassadas.
Jesus, talvez, parecesse alguns moradores de rua que encontramos hoje em nossas cidades.
Aquela aparência ereta, branca, de olhos azuis e cabelos lisos, provavelmente, é só uma criação dos estúdios de Hollywood. Nada mais do que isso. Apenas invenção marqueteira.

Além disso, o perfil traçado pelo profeta diz que ele tinha semblante sofrido, aflito, cansado, como de um trabalhador braçal de nossos dias que se esfola diariamente para ganhar seu pão. Por esse e outros motivos, ele foi rejeitado, menosprezado, marginalizado. E por esse motivo também qualquer pessoa que decida seguí-lo mesmo, de verdade, andando como Ele andou e não como a Religião diz que Ele andou ou como ela diz que seus seguidores devem andar, também se tornará um marginal.

Você se considera um seguidor de Jesus?

Será que é mesmo?

O que te faz pensar que você é mesmo um discípulo dele?
Anda como Ele andou?
Tem coragem de assumir marginalidades no seu dia a dia?
Tem coragem de andar junto com as minorias?
Tem disposição para ser rejeitado, menosprezado, maltratado?

A maioria das pessoas que se diz ou se enxerga discípulo de Jesus não é.
Muitas outras que não são consideradas são.
A resposta é meio óbvia para quem aceita a verdade.
Basta observar com simplicidade o próprio caminho e o dos outros.

Só é do Evangelho quem é marginal.
O Evangelho só cabe dentro de peitos marginais.
Você tem coragem e disposição para assumir todas essas implicações?

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A HIPOCRISIA É UMA MERDA DAS MAIS FEDIDAS

"E quando orardes...jejuardes....ou deres esmola...não sejais como os hipócritas...."
Jesus, aos seus discípulos

Dias atrás eu estava passando em frente a um pequeno restaurante aqui do centro da cidade onde vez ou outra os donos promovem cultos evangélicos para "pregar" aos que passam pelas ruas. Dessa vez não foi diferente. Estavam eles lá, com o microfone ligado em um amplificador e o dirigente (que parecia também ser dono do estabelecimento) orava fervorosamente. O conteúdo de sua oração era uma tentativa de ensinar Deus a respeito de alguns assuntos. Parece que ele se esqueceu que o Altíssimo não precisa ser ensinado nem lembrado de nada, pois nenhuma informação precisa ser acrescentada Áquele que tudo sabe.

Mas o pior de tudo é o fato de que essa situação parece muito com essas denunciadas por Jesus em suas palavras aos discípulos. Jesus passava pelas ruas e praças e observava religiosos fazendo cultos e orações para os homens e não para Deus, pois o objetivo claro era ser notado pelos que passavam e impressionar quem os via assim tão piedosamente buscando a Deus.

Hipocrisia!

Jesus diz que o anonimato é uma das provas da genuinidade de qualquer dessas práticas espirituais: oração, ofertas, jejum. Quanto mais anônimas elas forem, mais puras serão diante de Deus. Entretanto, qualquer divulgação (a não ser que seja involuntária e por via de terceiros) já tira toda a pureza da prática e Deus a vomita porque é horrível para Deus enxergar um coração hipócrita tentando enganá-lo. Aliás, acredito que não seja "horrível" até porque Deus não se surpreende por nada visto que sabe de tudo e de todos sempre. Bem, não sei o que se passa na cabeça de Deus quando Ele porventura contemple tais situações, mas sei que Jesus condenou a hipocrisia de quem usa tais práticas para se divulgar.

Todo o valor desses exercícios espirituais vão para o esgoto quando o fazemos hipócritamente!

Hipocrisia é uma merda das mais fedidas no reino dos céus!

Deus prefere um palavrão sincero do que uma oração hipócrita!

É melhor dizer "filho da puta" com sinceridade do que "Jesus amado" com hipocrisia.

Será que nossos exercícios espirituais têm sido hipócritas?
Será que oramos, ofertamos, jejuamos ou fazemos qualquer outra atividade apenas para sermos detectados pelos homens?
Será que o fermento do religiosos levedou nosssa massa?

quinta-feira, 4 de julho de 2013

VOCÊ É UM VERDADEIRO DISCÍPULO DE JESUS?

"...o ramo não produz fruto de si mesmo..."
Jesus, usando uma analogia simples para explicar a natureza do genuíno discípulo seu

Relendo algumas palavras de Jesus registradas no Evangelho de João me maravilhei novamente.
Nos capítulos 14 á 17 ele fala profuda e simplesmente sobre a natureza de quem é verdadeiro seguidor seu ou talvez também para aqueles que queiram se candidatar.

O que mais me chamou a atenção nessa releitura foi a analogia da natureza do genuíno discípulo com a natureza de uma planta frutífera, no caso, a videira.

Jesus é muito simples.
Ele diz que ele é a videira.
Seu Pai Celeste é o agricultor.
E seus discípulos são os ramos.
Diz também que o ramo depende da seiva que sai da videira para existir e frutificar.
Para gerar frutos é necessário sugar energia e vida da fonte, que no caso, é a árvore.
Fica claro que o ramo-discípulo depende sempre da vida que flui da árvore-mestre.
Sempre. Dependência cotidiana. Contínua. Constante.
Isso significa que o discípulo precisa ter comunhão constante e íntima com Jesus para produzir frutos genuínos do Evangelho em sua vida. Ele não tem poder para auto-gerar frutos. Sem essa intimidade espiritual com Cristo haverá de se tornar um ramo seco que será queimado no futuro por causa de sua esterilidade e inutilidade. Contudo, se ele matém intimidade com o Filho e frutifica pelo menos um pouco, o Agricultor-Pai o poda, isto é, limpa e o prepara para que no futuro produza mais fruto ainda, frutos maiores, melhores, em quantidade e em qualidade.

Você sabe que frutos são esses?
Se o ramo é o discípulo, o que haverá de ser esses "frutos"?

Fica claro e óbvio nas palavras de Jesus, não apenas no capítulo 15 bem como também nos outros três capítulos, que os frutos são espirituais, virtudes que a pessoa pode possuir no seu ser. Essas virtudes são: paz, amor, alegria, entendimento, unidade, etc. Esses e outros são os frutos que provam a genuinidade de um discípulo do Senhor. Não há nenhum fruto físico, material, palpável, pegável, tocável. Todos são frutos abstratos, entretanto, reais, pois, sabemos que a realidade transcende as fisicalidades e é composta de muitas abstrações, que prefiro chamar de espiritualidade, isto é, realidades que fazem parte dos seres nos seus espíritos e que embora se manifestem e ás vezes se materializem, são, essencialmente, invisíveis.

Essa mensagem de Jesus é linda!
Elucidativa demais!
Clara como a luz do sol na sua força!
Só não entende quem não quer e só não reconhece quem não deseja.

Baseados, então, nessas palavras de Jesus e no real significado delas, será que podemos afirmar com certeza que somos discípulos de Jesus?

Você é um discípulo de Jesus?

Então, prove, pela manifestação natural dos genuínos frutos da natureza de quem segue mesmo o Mestre....

VOCÊ É UM SER PACIENTE?


(Parte 2)

"O lavrador espera com paciência o fruto da terra que foi semeada e cuidada"
Tiago, apóstolo de Jesus

Mais uma vez preciso exercitar minha paciência.
Estou desempregado há uns meses e dias atrás tentei um trabalho voluntário, para me movimentar, ajudar outros, ocupar a mente, o corpo.
Entretanto, pelo menos até agora, nem esse trabalho voluntário consegui.
Ainda não recebi a resposta definitiva a respeito dele.

Mais uma vez me lembrei da palavra que ouvi do Senhor dias atrás sobre a necessidade de se ter paciência na vida toda e, principalmente, em certos períodos mais apertados.

Mais uma vez preciso exercitar a paciência.
Paciência de lavrador, como nos lembrou nosso irmão Tiago.
Sei do que se trata, no que diz respeito a semente, pois eu já lancei.
Entretanto, ela ainda não apareceu nem como planta que dirá como fruto.
Sei que aparecerá e dali para frente haverá um desenrolamento natural de minha caminhada.
Contudo, esperar é tarefa difícil em dias de aceleramento da vida e cultivo da cultura do imediato.

Em nossos dias poucas pessoas têm paciência.
Geralmente, só tem paciência quem é obrigado a ter.
Só paramos quando não há saída; só diminuímos o ritmo quando o risco é grande e real; só esperamos no Senhor quando entramos num estado de impotência real e paralisante.

Somos assim: seres apressados, imediatistas, impacientes, egoístas, porque geralmente corremos em nosso favor, mas poucas vezes em benefício do próximo. Quando temos interesse aceleramos; quando o interesse é do outro freamos, deixamos para amanhã.

A paciência é essencial.
Principalmente em certos períodos específicos de nossas vidas, embora seja em toda ela.
Como já disse anteriormente, no primeiro artigo, e repito agora, paciência é paz-ciente e não paz-ignorante. Isso significa que paciência é uma tranqüilidade consciente da realidade e não uma serenidade ignorante ou desassociada da realidade de nossa vida.

Você consegue ser paciente mais uma vez?
De novo?
Esperar mais um dia? Uma semana? Um mês? Um ano?
Talvez a paciência seja necessária para você experimentar o melhor ao invés de se contentar com o urgente que esteja ao alcance da sua mão agora, mas que não seja tão bom quanto o que está lá na frente, no futuro, em algum lugar te esperando, apenas esperando você esperar.