segunda-feira, 24 de setembro de 2012

PARA QUÊ MAIS VELOCIDADE?

"4G é a quarta geração de telefonia móvel que usa novas técnicas de transmissão e aparelhos de última geração e atingem velocidades de até 100Mbps. Vantagens: baixar arquivos, como música e filmes, em muito menos tempo".

Li essas palavras acima ontem, enquanto trabalhava, pois elas estavam registradas na plataforma virtual que uso como suporte do atendimento que presto aos clientes todos os dias.
Elas me chamaram a atenção, não porque são uma novidade, mas porque já denotam uma realidade opressivamente antiga em nossos dias. Você sabe do que falo?

Falo de pressa, aceleração, inovação, invenção, rapidez, um surto de apressamento da vida que sempre me incomodou e continua incomodando, principalmente porque percebo que essa aceleração têm origens não apenas físicas e psicológicas, mas sobretudo espirituais, pois eu creio de todo o coração, baseado no que as Escrituras preveram para os últimos dias e também fundamentado na simples observação da vida como ela está, que esse surto de aceleração da vida não é de Deus, pelo contrário, tem mesmo é o dedo e a mente do Diabo, o pai da mentira e da invenção de necessidades.

Já estou enjoado de tecnologia. Principalmente dessa "inovação" constante.
Esse conceito nos oprime.
Parece que você é obrigado a acompanhar o ritmo frenético que inventaram.

É um espírito de pressa e ansiedade coletivo.
É terrível.
É diabólico.
É torturante.

E esse espírito se alastra.
Antes você o encontrava mais apenas nas grandes cidades, mas hoje até os interiores outrora pacatos e tranqüilos já estão sendo envenenados por esse vírus terrível.

Estou vendo um exemplo dessa realidade todos os dias na cidade onde vivo atualmente, Governador Valadares, interior de Minas Gerais. Há uma aceleração óbvia no ritmo da cidade se comparado, por exemplo, ao ritmo que havia há seis anos atrás, em 2006, quando morei aqui também. Percebi essa alteração na velocidade do trânsito. Naquela época, a movimentação era mais tranqüila, havia mais pedestres e bicicletas e menos veículos combustíveis. Hoje, você vê menos pedestres e bicicletas e um aumento considerável de carros e motos principalmente. Houve uma explosão, uma infestação deles nas ruas. Pior de tudo é que não há educação no trânsito. A maioria dos motoristas são de péssima qualidade, razão pela qual quase todos os dias eu encontro um acidente ou um quase-acidente nas ruas dessa cidade.

Já percebi situação parecida em outras cidades também.
Na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo, por exemplo, onde morei por dois anos, em 2010 e 2011, cheguei a encontrar congestionamento de veículos. Sabe quantos habitantes Votuporanga tem? Aproximadamente 90 mil. Será que é normal uma cidade pequena de apenas 90 mil habitantes sofrer de engarrafamento de veículos? Se isso é normal então eu não sou normal, porque acho um absurdo esse surto de automobilização da vida.

Você aderiu a esse espírito?
Você entrou nessa onda?
Você acelerou a vida sem perceber e sem necessitar?
Você caiu nessa armadilha que vem direto do inferno?

Cuidado, observe bem o seu ritmo e veja se está acelerando demais.

O principe deste mundo está por aí, todos os dias, soprando ansiedade e pressa nos corações humanos, para que eles apressados se esqueçam das pessoas e dos signficados mais relevantes da vida.

É difícil não entrar no esquema desse sistema.
Falo por experiência de alguém que não consegue se encaixar nessa pressa toda.
Já fui ridicularizado e perdi oportunidades trabalho por causa disso.
Já fui chamado de lento, de burro, de psicologicamente fraco e outros apelidos "carinhosos" parecidos com esses.

Mas não me engano.
Pode o mundo cair, eu permaneço devagar e sempre.
Os apressados ficam nervosos comigo.
Mas eu continuo calmo, sereno e tranqüilo, no passo do gado e no passo da criança.
Não tenho pressa de chegar, afinal, chegar onde?
Não tenho pressa de correr, até porque, correr para quê?
Sou eterno e quem se enxerga eterno não tem pressa, afinal, não morro mais.
Não acabo, permaneço.
Não findo, ressuscito.
Não sou só temporal.
Meu corpo é temporal, mas meu espírito recebeu do Criador a semente da Eternidade.
Eu nem sei definir o que é eternidade, mas se a Palavra diz que ela é real e que o Altíssimo a plantou em meu ser, então, eu creio que assim é.


Nenhum comentário:

Postar um comentário