quarta-feira, 20 de junho de 2012

A PROSPERIDADE QUE ENRIQUECE E A PROSPERIDADE QUE EMPOBRECE

"Concedeu-lhes o que pediram, mas fez-lhes definhar a alma" (Salmos 106.15)
"Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma"(3 João 2)

A prosperidade nem sempre enriquece. Isso é um fato.

Todos nós conhecemos pessoas que têm dinheiro, posses, confortos, status, cultura e são pobres de alma ou espírito. Por um outro lado, também conhecemos pessoas pobres financeiramente, que não possuem quase nenhum bem físico, que ganham dinheiro apenas suficiente para sobreviver - comer, morar e vestir - e que são muito mais generosas e ricas de alma do que tantos outros que são chamados de prósperos.

Ser próspero nas finanças nem sempre significa ter um espírito rico e generoso. Se assim fosse, todos os ricos de nossos dias seriam pessoas nobres de alma, espírito, intenções e propósitos. Mas isso não é verdade. Em nosso país hoje, por exemplo, vemos as pessoas com mais dinheiro, melhores salários, mais poder de compra e com o mesmo ou pior espírito de miséria e pobreza. O Brasil só enriqueceu financeiramente para alguns porque a alma desse povo continua pobre e miserável. A maioria desses que aumentaram sua renda só pensam em si mesmos, em comprar um carro zero, uma casa nova e roupas de melhor qualidade. Poucos aproveitam o aumento da renda para ajudar o próximo necessitado do seu lado.

Ser pobre de recursos também, como já disse, não significa ser mesquinho, medíocre e egoísta. Já fui socorrido algumas vezes na vida e na grande maioria delas quem me estendeu a mão e me deu o que eu precisava, fosse dinheiro, comida, roupa, casa, etc, foram os mais pobres, os que menos tinham. Já procurei ricos para ajudar em certas causas e encontrei uma avareza terrível, daí, percebi que aquela pessoa era próspera só de posses porque sua alma era muito pobre. Mas os pobres, muitas vezes, são nobres. São pessoas do tipo daquela viúva que Jesus observava depositando tudo quanto possuía como oferta no gazofilácio e que o Senhor elogiou dizendo que ela dera mais que todos os ricos que depositavam suas sobras. Sabe por que ela deu mais? Porque deu tudo! Porque deu o que podia e não o que sobrava depois de satisfazer vários caprichos e vaidades suas. Aquela mulher, muito provavelmente, comprometeu sua próxima refeição, ou a próxima mensalidade do aluguel, ou a roupa de inverno que necessitava no momento, isto é, produtos básicos para sua sobrevivência e proteção.

Portanto, existem esses dois tipos de prosperidades: a enriquecedora e a embobrecedora.

Os israelitas no deserto experimentaram a prosperidade empobrecedora.
Já Gaio, destinatário primordial da carta de João, experimentara a enriquecedora.

Os israelitas sentiram falta da satisfação de certos caprichos e assim perderam a alma no deserto.
Gaio, ao que tudo indica, já há muito tempo era um homem de espírito rico e nobre embora não saibamos se ela possuía riquezas físicas.

E nós, quem somos? Com quem mais nos assemelhamos?
Somos prósperos da verdadeira riqueza?
Ou cheios de uma prosperidade que nos deixa cada dia mais vazios de alma?

Essa reflexão se torna mais relevante em nossos dias visto que a teologia da prosperidade amada principalmente pelas denominações evangélicas neopentecostais têm empobrecido a alma de muitos. Eles conquistam casas, carros, empresas, negócios, dinheiro, mas perdem a alma pelo caminho, visto que o deus deles é o lucro, a soma, a poupança, Mamon, a cobiça, a ganância, a avareza.

O povo que se chama "de Deus" perdeu a alma há muito tempo!
Por isso, Deus está chamando outros muitos de variados ambientes e lugares para tomar assento na mesa do Reino do Deus da Graça, pois estes são mais cheios de alma do que aqueles religiosos cobicentos e idólatras.

E você, perdeu a sua alma?
É nobre de espírito ou pobre de alma?
Você possui os verdadeiros tesouros ocultos da sabedoria, graça, verdade e amor ou apenas os saldos ilusórios da conta bancária que lhe proporcionam falsa segurança?

De que vale GANHAR o mundo todo e PERDER o bem mais valioso?

Até mais.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário