sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A GRANDE CAUSA DO DIVÓRCIO

"Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher;"
Jesus, respondendo a alguns fariseus que o experimentavam acerca dos motivos justos para divorciar-se

Ontem a noite, liguei a TV e comecei a assistir um programa chamado "Vejam só", do canal RIT, aquele canal evangélico que pertence ao missionário R.R.Soares, da denominação neopentecostal "Igreja Internacional da Graça de Deus". Esse programa, que geralmente é de entrevista acerca de temas pré-estabelecidos e considerados interessantes, ontem, propôs a seguinte questão como tema:

"A culpa por um terço dos divórcios está nas redes sociais. 
O que fazer a respeito?"

Tal tema me chamou atenção logo de cara visto que ele - o tema - ou pelo menos a maneira pela qual ele foi redigido, é em si, muito infantil e imaturo, visto que, culpar um fenômeno da internet pelos divórcios ocorridos constantemente na sociedade é, no mínimo, não compreender nem as relações humanas quanto menos os princípios da Palavra acerca do assunto.

É óbvio que as culpas pela separações não são nem das redes sociais, nem da internet, nem da televisão, nem de qualquer outra tecnologia ou objeto a ser nomeado como responsável por esses fracassos humanos.
A culpa por todos os divórcios é - com certeza segundo Jesus - dos divorciados, dos homens e das mulheres envolvidos. Geralmente a culpa é dupla visto que ninguém se separa de um cônjuge perfeito que não cometeu algum erro ou se omitiu de alguma forma. Ás vezes pode-se até dizer que certa pessoa é MAIS culpada que outra, mas mesmo assim esse é um diagnóstico difícil de ser feito e um grande risco a ser corrido por qualquer um de nós que não conheça bem os implicados e a intimidade da relação.

Qual é, então, a grande causa dos divórcios?

Jesus ensina que o grande motivo das separações é a dureza dos corações humanos!
Sim, essa é a grande causa de todos os divórcios, independentemente dos motivos concretos e reais alegados por ambas as partes.

Essa é a raiz da questão.

Só nos separamos porque somos duros de coração, pois, obviamente, se fôssemos quebrantados, amolecidos, humildes, perdoadores, nunca nenhum casal se separaria. Portanto, como sempre ensinou Jesus, as causas e origens de tal tragédia nunca está fora de nós - em nada nem em ninguém - mas sempre dentro de nós, seja do pecador ativo que transgrediu contra o cônjuge ou o pecador passivo que não perdoou por exemplo, porventura, o arrependimento do outro quando este foi sincero.

A dureza de nosso coração se manifesta muito na hora da separação. Muita coisa vem a tona. O silêncio é rompido. Muito lixo é colocado para fora visto que ambos - ou pelo menos um - sempre pensa que não tem mais nada a perder, pois para ele já perdeu tudo, separando-se. A separação acontece porque não há conversão de um ao outro, porque ambos permanecem duros, não cedem, não perdem, não abrem mão, não se humilham, não reconhecem seus erros, etc.

Deus diz a Jeremias, o profeta, que a palavra dele é como martelo que esmiuça a penha, referindo-se a maneira como a palavra age por meio de um processo para quebrar a dureza de nosso coração. Assim, nós percebemos que somos duros demais e só uma intervenção divina drástica e constante pode nos transformar, caso contrário, mesmo que nunca nos separemos no papel, viveremos não apenas um casamento como também uma vida infeliz e miserável fundamentada apenas em aparências.

Não é a incompatibilidade de gênios que gera divórcio.
Nem uma crise financeira.
Nem a rotina, o desemprego, ou a dificuldade em criar os filhos.
Sequer o adultério sozinho consegue destruir uma relação.
Essas e outras são manifestações visíveis de um mal invisível instalado no coração tanto de quem pratica quanto de quem em havendo quebrantamento do praticante, não perdoa.

Dois corações amolecidos pelo óleo do amor de Deus nunca se separam.
Dois seres humanos humildes e quebrantados diante de Deus vivem juntos e felizes custe o que custar até que a morte os separe, com prazer, embora também com todas as dores inescapáveis da existência terrena.

Você é solteiro e pretende se casar?
Então, saiba, já agora, peça para Deus quebrantar-lhe antes, pois isso será necessário no futuro.
É casado e pensa em separar-se?
Pense bem e procure saber se esse é mesmo o mal menor, visto que nesse caso não há MELHOR a ser escolhido, mas apenas o que é MENOS MAL para ambos e filhos se houver.
Está separado?
Tenha mais cuidado ainda, pois você já sabe o que é tanto o casamento quanto a separação e, com certeza, embora possa querer provar de novo o primeiro, não quer de novo experimentar o gosto amargo do segundo.

Se todos nós internalizarmos essa verdade e nos convertermos ao amor que amolece corações, com certeza, as separações diminuirão muito, bem como os casamentos mantidos infelizes por causa da obrigação de manter as aparências diante da opinião alheia.

Esse é um caminho para vencer o fantasma real do divórcio em nossas vidas.

Que Deus nos ajude.

Thiago.

Um comentário:

  1. Parabens pelo blog, Thiago ! Seus textos estão muito bons. Abração!

    ResponderExcluir