sábado, 19 de abril de 2014

NOSSA VERDADEIRA FAMÍLIA

"Minha família, na verdade, é todo aquele que faz a vontade de meu Pai Celeste"
Jesus, a pessoas que o pressionavam para atender o chamado de seus consangüíneos

Ando percebendo que no meio religioso, principalmente no meio evangélico e católico, existe uma admiração exagerada em relação aos laços consangüíneos. O tema é constantemente pronunciado nesses meios e mobilizações até mundiais são feitas com relação a esse assunto: congressos, acampamentos e muitos tipos de eventos são realizados embalados por esse "assunto bíblico" que é considerado essencial entre esses grupos acima citados.

Entretanto, no verdadeiro Evangelho não encontramos tamanha empolgação de Deus em relação a preservação ou conservação desses laços consangüíneos. Ele criou a família bem como o significado que ela possui e isso a torna importante em muitos aspectos. Contudo, depois da queda, como foi impossível preservar a pureza original da natureza, inclusive da família sangüínea, é óbvio que o Criador e Redentor já não valoriza exacerbadamente, como o fazem "seus seguidores", essa herança genética.

No Reino de Deus é necessário transcender esse laço familiar consangüíneo!

Quem não o faz ainda não compreendeu essa importante realidade do reino, que é espiritual e que é a união espiritual de pessoas que possuem o mesmo espírito que havia em Jesus, nosso irmão mais velho que veio para reunir uma família espiritual, interligada pela fé e pelo amor e não por genética e herediatariedade.

Quem não transcende essa realidade não entende o Reino de Deus.

Jesus disse que para se tornar seu verdadeiro discípulo é necessário amar menos os familiares.
Isso significa dar eles apenas a importância e o valor que têm e não exagerar em relação a realidade do valor de cada um. Em muitas ocasiões, precisaremos discordar de nossos familiares sangüíneos e as vezes até abandoná-los de certa forma.

Eu já "abandonei" duas famílias por causa do Reino de Deus.
Sei que uma afirmação dessas provoca reações diversas em muitas pessoas.
Alguns dirão que eu não entendi a Palavra de Deus.
Outros, talvez, dirão que me falta amor ao deixar os "meus" por causa de minha fé.
Provavelmente, muitos, principalmente religiosos, me condenarão por causa de minhas atitudes e palavras.
Não me importo. Sei em quem tenho crido e a Quem estou seguindo e se precisar (não que eu queira) me separarei de quantas famílias fôr preciso para permanecer no Reino de Deus enquanto estiver caminhando por esse planeta.

Isso que digo não o faço de uma forma fria, pois Deus é minha testemunha sobre os sofrimentos que enfrentei e até hoje enfrento por causa de tais renúncias. Não é fácil. Não é moleza. É muito difícil fazer tais escolhas, mas se você compreende a Palavra de Deus sabe que elas são necessárias ao longo do nosso caminho.

Sabe quem é minha família hoje?
A mesma de Jesus, isto é, todos aqueles que fazem a vontade de Deus e o amam de todo o seu coração, independentemente se possuem meu sangue ou não, porque tal realidade consangüínea não tem mais importância do que aquela espiritual.

Quem é sua família hoje?
Apenas seus consangüíneos?
Papai, mamãe, vovô, vovó, irmãos de sangue?
Titio, titia, primos e etc?
Ou você entendeu que Deus te proporciona uma família maior e interligada por laços muito mais profundos do que o DNA?

Quem é seu pai?
Quem é sua mãe?
E seus irmãos?
O que te impede de "romper" com pessoas que só te aprisionam?
Dinheiro? Casa, comida e roupa lavada?
Carro, viagens e muita balada?

Em Cristo nossa vida toda é resignificada e isso inclui o entendimento do significado de família.

Família genuína é aquela que está ligada pelos laços do amor, da verdade e da fé.
Caso contrário, existe apenas uma associação interesseira, cômoda e superficial entre pessoas que nem escolheram se relacionar, mas são obrigadas pela sociedade a conviver e fingir que se amam.

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