sexta-feira, 9 de março de 2012

É CURANDO QUE SE FICA CURADO

"Então, romperá tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará"
Deus, ao povo doente que se entregou a vitimização
Isaías 58.8

Ontem a noite fui curado de uma torção no meu pé direito jogando futebol.

Isso mesmo que você leu: o jogo me curou!

Não foi o repouso, nem um medicamento, nem uma imobilização, nem qualquer outro tratamento indicado para um tipo de problema como esse.

Leia a história toda e a enxergue como uma ilustração da verdade que daqui a pouco nela meditaremos.
Quinta-feira da semana passada, machuquei meu pé direito, como já disse, num jogo de futebol em uma quadra de gramado sintético aqui em um clube próximo de casa. Era uma brincadeira semanal entre colegas de trabalho. Eu fui, joguei, brinquei normalmente com todos até que, quase no final da partida, ao tentar dominar uma bola e já ao mesmo tempo arrancar pela ponta direita, aterrissei com o dedão direito voltado para baixo e despejando todo o peso do meu corpo nele. Doeu muito! Pensei até que havia fraturado. O jogo acabou, fui embora mancando e o inchaço começou junto com o aumento das dores. Em certo momento não conseguia nem pisar no chão de tanta dor. Tomei um remédio para diminuir a dor e conseguir dormir. Deu certo e no dia seguinte levantei melhor. Continuei mancando, elevando o pé do chão para não sentir as dores. Aos poucos foi melhorando, dia após dia. Contudo, mais ou menos quatro dias depois, quando eu já estava quase sem dores, um outro pequeno acidente aconteceu e minha recuperação foi atrapalhada: bati o pé na parede enquanto dormia e as dores voltaram todas de novo. Fiquei irado, afinal, eu já me sentia curado. Então, dois dias depois, já na quinta-feira da próxima semana (ontem), o pessoal insistiu para que eu jogasse pelo menos no gol, para ajudá-los visto que faltava gente no elenco da "pelada". Aceitei. Fui ao jogo e me arriquei a jogar também em outras posições, na linha. Senti um pouco de dor em algumas jogadas mas insisiti até o final. Consegui chegar ao fim e fui embora já quase sem dor. Hoje, levantei com quase nenhuma dor e me senti curado, conseguindo pisar normalmente da mesma forma que faço com o outro pé.

Como disse, conto esse fato apenas como metáfora e ilustração da verdade de que muitas de nossas feridas, dores e doenças psicológicas e espirituais são curadas nos jogos da vida, na exposição aquilo que parece até um risco, e principalmente na disposição em ajudar outras pessoas de alguma forma.

Sim, nossas torções são curadas nos jogos da vida e não no repouso do banco de reservas!

É esse princípio que Deus usa para ensinar o povo fresco de Israel.

O Senhor receita para as doenças deles não repouso, meditação, oração ou jejum, que é o que estavam fazendo e não sendo curados. Deus recomenda para a cura deles a iniciativa de levar cura para outros. A cura deles estava relacionada á disposição em se doar em ajuda aos seus próximos. O Altíssimo lhes estava dizendo em outras palavras:

"É CURANDO QUE SE FICA CURADO!

É dando que se recebe, é se ajudando que se é ajudado, é entregando-se que se recebe todo o suprimento das necessidades que se tem.

Ninguém se cura de determinadas doenças sentando-se ou deitando-se e tornando-se um ser lamentativo, murmurador, reclamador, maldizente, ingrato, lambedor das próprias feridas, cheio de um sentimento de vitimização a respeito da vida, de tudo e de todos. Nenhuma de nossas doenças será curado deste modo e algumas só serão aumentadas dessa maneira. Para esse espírito de auto-vitimização o Senhor diz: "Não há esperança"; "Desse jeito continuarão sempre doentes"; "Assim tua cura não brotará".

Nesses dias em que torci o pé fui tentado a cair nesse lamento de vitimização, mas graças a Deus não cedi e venci o desejo de me tornar um fresco aviadado chorando sem necessidade visto que minha contusão era leve e pequena. Não foi uma fratura, foi uma torção, mas a vontade que dá nessa hora é de chorar como se fosse uma fratura grave, exposta, daquelas feias mesmo. Contudo, O Espírito Santo me conduziu a verdade de que se fizesse isso estaria exagerando, fazendo tempestade em copo de água, com certeza.

Será que nós temos tido a disposição de nos levantar em direção a nossa própria cura?
Será que acolhemos no nosso coração essa verdade da palavra?
Ou preferimos transferir toda nossa responsabilidade no processo de cura seja qual for a mazela?
Será que somos como aquele povo ao qual o Senhor direcionou sua palavra, um tipo de gente que faz de tudo para ser curado, menos o que precisa ser feito e de fato cura?
Será que temos vontade de vencer a preguiça que nos adoece e tomarmos decisões que nos curam?

Experimente ajudar pessoas necessitadas e você verá como sua cura começará a brotar sem detença!

Se ficar só lambendo as feridas elas só aumentarão, mas nunca se fecharão.

Está nas nossas mãos. É só querer.

THiago.

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