segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

FÉ É LANÇAR-SE NAS MÃOS DE DEUS SEM PLANO B

"É a certeza de cousas que se esperam..."
Hebreus 11

Estes dias precisei tomar mais uma atitude que demandou de mim fé: sair do trabalho onde estava.

E por que digo que "demandou fé" de mim fazer tal escolha e tomar tal atitude?

Primeiro, por que não tinha nem tenho no momento um outro trabalho, uma outra porta, uma alternativa de sustento mínimo para me apoiar e me tranqüilizar.

Além disso, tenho também mais duas pessoas que precisam de meu dinheiro para serem sustentadas em suas necessidades básicas.

Foi difícil tomar a decisão, mas como fui posto como que "na parede", encurralado pela enfermidade que chegou até mim, causada pelo prórpio trabalho e da qual eu só me veria livre mesmo, conforme autodiagnóstico, se abandonasse tal atividade no momento. Então, usei uma lógica bem simples, praticamente binária. As alternativas eram duas: ou continuava trabalhando e esperaria a enfermidade já instalada piorar (e só Deus sabe no que ia dar) ou eu saía do trabalho enquanto ainda restava-me um pouco de saúde e esperança de que tal afastamento pudesse ser a cura para o mal já instalado em minha mente, alma e corpo.

Graças a Deus meu autodiagnóstico funcionou e aquilo que eu previ aconteceu: foi só sair da empresa que comecei a melhorar e no momento estou praticamente curado dos sintomas que apareceram dias atrás. Só para você saber o que tive foi o seguinte. Tive uma espécie de crise aguda de estresse causada pela pressão e opressão recebida no ambiente de trabalho durante 5 meses. O trabalho é de atendente de call center, atividade que está classificada atualmente como uma das piores para se exercer justamente por causa da grande pressão mental exercida sobre quem o faz e também dos baixíssimos salários dados aos corajosos necessitados que se aventuram. Eu me aventurei por dois motivos: necessidade e amor. Necessidade porque não tinha outra oportunidade de trabalho e amor porque precisava ficar na cidade próximo ao meu filho.

Saí para o nada de novo, sem plano B, sem carta na manga.
E não pense que estou aqui divulgando minha fé com orgulho, só Deus sabe o que sofri e o que continuo a sofrer, porque nesse momento ainda não consegui um novo trabalho e continuo aguardando uma nova oportunidade com fé no Senhor, de que Ele abrirá alguma oportunidade não sei onde, quando nem como. Se pudesse não queria ter tomado tal atitude, pois sou homem e não posso brincar nem com minha própria vida nem com vidas que esperam receber algo de mim. Entretanto, como o fato se concretizou, aproveito agora para extrair algo de bom dele.

E o que extraio de bom, mais uma vez, é essa natureza da genuína fé que se lança sempre na confiança de que do outro lado de lá existe um Pai que cuida com amor dos seus filhotes.

Aliás, uma imagem que me acalentou esses dias atrás foi a de bebês tranqüilos nos colos de seu pais e mães, inconscientes do que lhes acontecia a volta, mas totalmente confiantes e seguros pela presença dos pais. Me senti um bebê sendo carregado pelo Pai Celeste mais uma vez, inconsciente de onde viria meu socorro, ou do que enfrentaria, ou como o dinheiro apareceria para que eu pudesse no mínimo comer e morar e ainda dar um pouco aos outros dois que me aguardam também.

Você cre no Pai Celeste a ponto de tomar uma atitude de fé sem plano B nem projeto de sobrevivência?

Por que não?

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